tag:blogger.com,1999:blog-33003271255550064582024-03-05T02:29:08.255-08:00Biblioteconomia... Bibli O quê?Biblioteconomia é a base da Ciência da Informação e é a área do conhecimento especializada em pesquisar, desenvolver e utilizar os mais eficazes métodos para o tratamento da informação, visando sua preservação, recuperação e uso. Das imagens e informações em papel aos sites e banco de dados, a biblioteconomia e seus profissionais precisam encarar o desafio das mudanças da era digital.Formação em Informaçãohttp://www.blogger.com/profile/13926515787396088838noreply@blogger.comBlogger32125tag:blogger.com,1999:blog-3300327125555006458.post-54882555950892300392009-05-23T15:26:00.000-07:002009-05-23T15:36:43.895-07:00Dragão do Mar no Ceará<p class="MsoNormal" style="margin: 0pt 6pt;"><span style="font-size:small;"><em><span style=";font-family:Arial;color:#000000;" lang="PT-BR"><br /></span></em></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(51, 0, 0); font-style: italic;"><span style="font-size:180%;"><span lang="PT-BR" style="font-family:Arial;"></span></span></div><div style="text-align: justify; color: rgb(51, 0, 0); font-style: italic;"> </div><span style="font-style: normal;font-family:Arial;font-size:7;color:#000000;" lang="PT-BR"><a linkindex="11" href="http://www.presidencia.gov.br/estrutura_presidencia/seppir"><strong></strong></a></span><span style="font-style: normal;font-family:Verdana;font-size:7;color:#000000;" lang="PT-BR"> </span><p align="center"><img alt="" src="http://www.dragaodomar.org.br/images/panoramica_cdmac.jpg" tppabs="http://www.dragaodomar.org.br/images/cdmac/panoramica_cdmac.jpg" width="470" align="middle" border="1" height="175" hspace="5" /> </p> <p>O Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura é uma infra-estrutura completa para o exercício do lazer e da arte, objetivando democratizar o acesso à cultura, gerar novos empregos e movimentar o mercado turístico cearense.<br /><br /> São 30 mil metros quadrados de área para vivenciar a arte e a cultura, com atrações como o Memorial da Cultura Cearense, o Museu de Arte Contemporânea, o Teatro Dragão do Mar, as salas de cinema do Espaço Unibanco Dragão do Mar, o anfiteatro Sérgio Mota, um Auditório e o Planetário. </p><p align="center"><img src="http://www.dragaodomar.org.br/images/fachada_002.jpg" tppabs="http://www.dragaodomar.org.br/images/cdmac/fachada_002.jpg" width="470" height="137" /> </p><p>Visitantes de todas as localidades e classes sociais, das mais variadas faixas etárias e de renda visitam o Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura.<br /> A premissa básica é a de que a programação artístico-cultural desenvolvida seja sempre plural, diversificada, inovadora e de alta qualidade, sofisticada até.<br /> Porém, o acesso é democratizado, permitindo que a população de baixa renda possa ter acesso aos bens simbólicos ofertados.<br /><br /> Assim é que, alunos de escolas públicas e pessoas de comunidades carentes acessam gratuitamente ao Memorial, Museu e Planetário, desde que agendem previamente.<br /><br /> Aos domingos a visitação ao Memorial e Museu é gratuita para toda população.<br /> A maioria dos eventos musicais é aberta ao público ou cobrada preços simbólicos, bem abaixo daqueles praticados pelo mercado.<br /><br /> Há ainda, espaços de lazer e entretenimento que estão abertos para toda a população todos os dias de funcionamento do Centro Dragão do Mar: Praça Verde Historiador Raimundo Girão, Espaço Rogaciano Leite F<sup>0</sup>, Espaço sob o Planetário, Praça Almirante Saldanha, etc.<br />O Governo do Estado do Ceará, através da Secretaria da Cultura, demonstrou ousadia e visão de futuro, ao construir o Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura.<br /><br />Não seria precipitado afirmar, com razoável grau de certeza, que se trata de um dos investimentos mais bem sucedidos em cultura no Estado e no Brasil neste final de século.<br /><br />A arquitetura do Centro Dragão do Mar se caracteriza por suas linhas arrojadas, concebidas pelos arquitetos Delberg Ponce de Leon e Fausto Nilo. Construído em uma antiga área portuária, o centro cultural possui ainda, em seu entorno, uma série de bares, restaurantes, lojas de artesanato e teatros. Sua estética arrojada contrasta-se com casarões do início do século.<br /></p><hr no="" shade="" style="font-size:78%;"> <br /><span style="font-size:85%;"><center><b>O Dragão do Mar na história do Ceará<br /><br /><br /></b></center></span><p class="MsoNormal" style="margin: 0pt 6pt; text-align: center; font-style: italic;"><span style=";font-family:Arial;color:#000000;" lang="PT-BR"><a linkindex="10" href="http://portaldaculturanegra.files.wordpress.com/2008/11/francisco_jose_do_nascimento11.jpg"><img class="alignnone size-full wp-image-141" title="francisco_jose_do_nascimento11" src="http://portaldaculturanegra.files.wordpress.com/2008/11/francisco_jose_do_nascimento11.jpg?w=239&h=292" alt="francisco_jose_do_nascimento11" width="239" height="292" /></a></span></p><br /><br /> <p align="justify"> <span style="font-size:180%;"><span style="font-weight: bold;">Liberdade.</span></span> A palavra de ordem dos idos de 1800, no Ceará, também nomeia a jangada que pertencia Francisco José do Nascimento, o Chico da Matilde. A jangada foi levada à capital do Império a bordo de um navio mercante, como símbolo da resistência popular abolicionista nas terras de Alencar. O líder dos jangadeiros cravou seu nome na história como o lendário Dragão do Mar, deflagrando a greve dos seus companheiros. Sua ousadia e coragem paralisaram o mercado escravista no porto de Fortaleza nos dias 27, 30 e 31 de janeiro de 1881. Chico, filho da Matilde tinha, então, 42 anos.<br /><br /> Boa parte dos livros de História omite que outros ancoradouros e até mesmo esparsas lideranças da elite econômica do Estado tomaram posição idêntica e interromperam o fluxo de escravos em suas regiões e nas fronteiras com outras províncias do Nordeste, como nos conta a História do Ceará,organizado pela socióloga Simone de Souza (p.179). Antes e depois da greve que eternizou o Dragão do Mar, movimentos libertários como a “Sociedade Perseverança e Porvir”, a “Sociedade Cearense Libertadora” e jornais como o Libertador se destacam pela luta contra a escravidão. Mas foi a firmeza do mulato jangadeiro Chico da Matilde que ultrapassou os limites da província e alcançou o Império, mostrando a força da resistência nordestina que consagrou o maior herói popular da história abolicionista do Ceará.<br /><br /> O Dragão do Mar é filho de Canoa Quebrada, Aracati. No dia 15/04 de 1839, o pescador Manoel do Nascimento e dona Matilde Maria da Conceição receberam com alegria o filho Chico. Poucos anos depois, aos oito anos, Chico perde o pai e vai morar com outra família. Aos 20, aprende a ler. Torna-se chefe dos catraieiros (condutores de bote), trabalha na construção do porto de Fortaleza, é marinheiro, e finalmente é nomeado prático da Capitania dos Portos. Com a deflagração da greve, em 1881, é demitido. Três anos depois, com a libertação dos escravos, Chico da Matilde leva a embarcação Liberdade no barco negreiro Espírito Santo para o Rio de Janeiro. Mas a Liberdade ganha asas e toma rumo incerto. O jornalista catarinense Raimundo Caruso, conta original versão nas páginas do seu livro <i>Aventuras dos Jangadeiros do Nordeste:</i><br /><br /> <i>“A jangada Liberdade, de Francisco José do Nascimento, era a clássica, de troncos. Símbolo de uma resistência popular vitoriosa no Ceará, foi levada à Capital do Império a bordo de um navio mercante e, mesmo viajando no porão, inaugura a rota das futuras aventuras dos jangadeiros nordestinos em direção ao Sul. A embarcação foi exibida nas ruas do Rio de Janeiro, sob os aplausos da multidão, e pouco depois é doada ao Museu Nacional, onde foi recebida como valiosa peça etnográfica (...). Em seguida a jangada foi transferida para o Museu da Marinha (...), de onde, queimada, feita em pedaços ou desmontada, desapareceu”. </i> </p> Até hoje não se sabe o destino da <i>Liberdade</i>, que uniu cearenses e permanece no imaginário de todos como a vitória concreta da solidariedade entre as raças, credos e timbres, do sertão ao litoral. Ao lado da vela, a imagem guerreira e emblemática do Dragão do Mar.<p class="MsoNormal" style="margin: 0pt;"><span lang="PT-BR"><em><span style="color: rgb(51, 102, 255);font-family:Tahoma;font-size:small;" > </span></em></span></p>Formação em Informaçãohttp://www.blogger.com/profile/13926515787396088838noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3300327125555006458.post-22237423702613046002009-05-23T14:47:00.000-07:002009-05-31T12:40:05.963-07:00Nomadismo<div id="lembrete" style="position: absolute; top: 720px; left: 560px; display: none;"><!--[if !IE]> <--> <object type="application/x-shockwave-flash" data="/img/lembrete.swf?texto=Voc%C3%AA+pode+trocar+informa%C3%A7%C3%B5es+ou+apenas+bater+um+papo+pelo+chat%21" id="LembreteAnimado" name="LembreteAnimado" width="200" height="215"> <param name="pluginurl" value="http://www.macromedia.com/go/getflashplayer"> <param name="movie" value="/img/lembrete.swf?texto=Voc%C3%AA+pode+trocar+informa%C3%A7%C3%B5es+ou+apenas+bater+um+papo+pelo+chat%21"> <param name="showMenu" value="false"> <param name="wmode" value="transparent"> <param name="flashVars" value=""> </object> <!----> <!--[endif]--></div> <script type="text/javascript"> fechaBanner = function() { $('#lembrete').hide(); return; } var f = new Flash("/img/lembrete.swf?texto=Voc%C3%AA+pode+trocar+informa%C3%A7%C3%B5es+ou+apenas+bater+um+papo+pelo+chat%21", "LembreteAnimado", "200", "215"); f.addParameter("showMenu", "false"); f.addParameter("wmode", "transparent"); f.write('lembrete')</script><span style="font-size:130%;">Nomadismo é o nome que é dado </span><span style="font-size:130%;">às pessoas que </span><span style="font-size:130%;"><span>não têm habitação fixa</span>, ou seja, vivem mudando </span><span style="font-size:130%;">de um lugar para o outro sem moradia certa. São pessoas que vivem da </span><span style="font-size:130%;">caça, e que buscam em vários outros lugares, pastos para</span><span style="font-size:130%;"> caçarem.<br /></span><br /><div style="text-align: center;"><img alt="" src="http://www.iped.com.br/sie/uploads/13418.jpg" width="230" border="0" height="150" /><br /></div><p align="justify" style="font-size:12px;"><span style="font-size:130%;"><br />Depois que descobriram <span style="font-weight: bold;">o barro</span>, os <span style="font-weight: bold;">nômades</span>, passaram a criar <span style="font-weight: bold;">animais </span>e a <span style="font-weight: bold;">fabricar</span> algumas <span style="font-weight: bold;">peças de barro e cerâmica</span> para realizarem <span style="font-weight: bold;">trocas</span>. Atualmente ainda existem grupos de pessoas assim, como<span style="font-weight: bold;"> os nómadas mongóis</span>. <span style="font-weight: bold;">Na Índia</span>, essa cultura <span style="font-weight: bold;">nômade</span> se caracterizou pela travessia <span style="font-weight: bold;">das famílias</span> com jangadas e caçavam <span style="font-weight: bold;">com arco e flecha.</span></span></p>Formação em Informaçãohttp://www.blogger.com/profile/13926515787396088838noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3300327125555006458.post-89937187658167697282009-05-23T13:57:00.000-07:002009-05-23T14:45:31.295-07:00Performance e Recepção, A Vocalidade de Paul Zumthor<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9ykl3cB5-gIynwmI__TXo7rrBoTaa9a4sKGzbFs1M3njqvcok0JgGw_sRXHoG9PwGHC1wsbfbGSoDlvZptUiETDIuXUg9XtcvR8bMLLWjDN69yfLat2rY4aOoBQb2OYEx_hGPTygeYO_s/s1600-h/6.jpg"><img style="cursor: pointer; width: 114px; height: 118px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9ykl3cB5-gIynwmI__TXo7rrBoTaa9a4sKGzbFs1M3njqvcok0JgGw_sRXHoG9PwGHC1wsbfbGSoDlvZptUiETDIuXUg9XtcvR8bMLLWjDN69yfLat2rY4aOoBQb2OYEx_hGPTygeYO_s/s320/6.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5339138320835105042" border="0" /></a><br /><div style="text-align: center;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBBuHqm5qHZbxCYF7up6K8jf6EXdLEZhLnezGW6dFP3lY3lcL-u-ZD9RVPFvJ4DcrkQPoMfq1S4wD3lZN_FenJLQ90cuhoy9_5jfJYTScwM0r9V1mDbg6um4UJyl2v0aYB3VPTsUlzwznz/s1600-h/5.jpg"><img style="cursor: pointer; width: 267px; height: 218px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBBuHqm5qHZbxCYF7up6K8jf6EXdLEZhLnezGW6dFP3lY3lcL-u-ZD9RVPFvJ4DcrkQPoMfq1S4wD3lZN_FenJLQ90cuhoy9_5jfJYTScwM0r9V1mDbg6um4UJyl2v0aYB3VPTsUlzwznz/s320/5.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5339138073596403442" border="0" /></a><br /></div><br /><br /><div style="text-align: justify;">Durante algum tempo em nosso país, o suíço Paul Zumthor foi o menos popular, o menos estudado, o menos compreendido e estimado na pesquisa literária. Suas obras sempre estiveram vinculadas às ciências da linguagem e da comunicação.<br /><br />No entanto, Zumthor, ao trazer a voz e a oralidade para dentro da escrita, oferece ao âmbito literário novas perspectivas de leitura e análise à medida que distingue o conceito de voz e de oralidade na literatura medieval.<br /><br />É precisamente isso que ele mostra em sua obra A letra e a voz: a "literatura" medieval, particularmente nos capítulos VI, VII, XI e no posfácio. O livro foi publicado pela editora Companhia das Letras, em 1993, com tradução de Amálio Pinheiro e Jerusa Pires Ferreira.<br /><br />Nesse estudo, Paul Zumthor afirma que, se houvesse uma ciência da voz, ela não estaria centralizada em uma única forma de conhecimento, pois deveria abranger, em princípio, a fonética e a fonologia, além da antropologia, da História e da psicologia da profundidade.<br /><br />Em seu estudo, o teórico refere-se à voz do ser humano real, e não à do discurso, uma vez que o texto literário é uma voz que está dentro de um suporte escrito, portanto mediado ele já é uma representação.<br /><br />Ao pesquisar algumas vozes para analisar a poesia oral e a vocal, Zumthor escolhe a Idade Média, pelo fato de esse período apresentar uma fronteira muito tênue com a voz, haja vista a literatura medieval ser contada e oralizada antes de escrita.<br /><br />A maneira com que Zumthor desenvolve o assunto nos traz um grande impacto, principalmente ao afirmar que a voz não se reduz à palavra oral. Tal conceito remete à questão da palavra oral como qualidade simbólica da voz; já o tom, o timbre e a altura se apresentam como elementos não lingüísticos e de qualidade material.<br /><br />Da mesma forma, Zumthor diferencia a voz cotidiana (popular), por sua dispersão, efemeridade e pragmatismo, ao reduzir-se, enquanto presença corporal, da voz poética (erudita), que por natureza concentra a intensidade do acontecimento para estimular e singularizar a voz enquanto presença corporal, a fim de enfatizar sua "carnalidade" (termo usado por Zumthor) e duração.<br /><br />Vale dizer que o teórico, ao tratar da voz e de suas artes, não a divide em popular e erudita, pois não existe uma supremacia entre elas. Zumthor apenas questiona o que é cultura popular e cultura erudita.<br /><br />A avaliação dos elementos que compõem os dois tipos de voz proporciona uma maior compreensão para a questão da performance.<br /><br />Diretamente vinculada à voz poética, a performance é uma ação oral- auditiva pela qual a mensagem poética é simultaneamente transmitida e percebida, no tempo presente, em que o locutor assume voz, expressão e presença corporal (física), enquanto o destinatário, que não é passivo, também se inclui como presença corporal dentro da performance. Tais relações promovem uma importante compreensão sobre a escrita poética, considerada como linguagem secundária, pois como signo gráfico representa as palavras em ação e voz, que, ao utilizar a linguagem, não fala apenas sobre algo, mas se inclui naquilo que diz, dispondo-se como presença e performance.<br /><br />Aspecto de relevância nos estudos de Zumthor são os vocalises, componentes da língua cultural que emergem da voz, do elemento vocal. Os vocalises são como "acordes" (se pudermos considerá-los assim), não lingüísticos, contudo, criadores de presença e de sentido. Esses elementos não são palavras, não são língua nem voz, porém suscitam uma presença no vazio e no silêncio. Consideramos a possibilidade do silêncio como vocalise, porque o silêncio não é ausência de informação, mas, sim, intervalo de presença, pois as probabilidades do vazio são imprescindíveis. Aliás, Zumthor acredita que a voz nasce de um espaço silencioso e depois retorna para o mesmo.<br /><br />Os vocalises, embora não sejam palavras oralizadas, têm sentido enquanto presença corporal, portanto performática.<br /><br />Outro ponto importante nos estudos de Zumthor é a presença da fala oral na enunciação, que se aproxima dos elementos palavra e voz. Dessa forma, entende-se que a fala oral se aproxima da palavra, por ser um elemento lingüístico, e da voz, por apresentar tom, ritmo e presença corporal, que na escrita apresenta diferentes implicações de enunciação.<br /><br />Como demonstra o título da obra em questão, a proposta do estudo da "letra" e da "voz", apesar de estar vinculada à literatura medieval, apresenta questões fundamentais para a compreensão da narrativa contemporânea, que advém da fala oral na enunciação. Temos como exemplo o narrador que, ao se apresentar como intérprete, investe-se da autoria e coloca em crise a mediação e a assinatura autoral.<br /><br />Essa proximidade entre narrador, intérprete e autor instaura-se pela presença do performativo, em que a história se aproxima da narração, pois através da leitura silenciosa, mediada pela escrita, a fala oral é atualizada e setorna presente no momento da leitura. Dessa forma, as relações traçadas entre escrita, voz e fala fazem com que o discurso performativo seja o próprio acontecimento; logo, o acontecer não está fora do discurso, mas sim nele mesmo, na ação que se faz presença.<br /><br />No que concerne à escritura, Zumthor estabelece uma diferenciação importante entre texto e obra, pois a obra está em constante movimento, transcende o texto pelo que é poeticamente comunicado no tempo presente da leitura – sonoridade, ritmo, elementos visuais convidam o leitor não só à leitura, mas também a interagir corporalmente com a obra, à medida que apresenta a palavra encenada num ato dialógico entre o leitor e o texto.<br /><br />Para Zumthor, o termo obra compreende a totalidade dos fatores da performance, na qual o discurso se torna gesto não-verbal, e aquilo que é palavra torna-se não-palavra.<br /><br />No caso do texto, o teórico o entende como uma estrutura fixada pela escrita impressa, que mantém o mesmo texto, cuja seqüência lingüística é fechada, legível, de sentido global e de tempo efêmero.<br /><br />Fato interessante a ser observado é que, se o texto é legível e a obra é, ao mesmo tempo, audível e visível, essas diversas qualidades não são simétricas ou comparáveis, mas estabelecem uma relação, pois, do texto, a voz em performance extrai a obra. É o texto que guarda em si as virtualidades da voz, porém só no momento de "atualização" a obra é corporificada.<br /><br />Nesse sentido, a atualização sempre implica em movência, variação entre o texto escrito e o corpo virtual, que é voz e presença, criado pelo intérprete. Na movência, o que permanece é o arquétipo (texto escrito), diretamente ligado à tradição, enquanto a atualização varia a cada nova leitura. Sendo assim, a variação acontece sempre no tempo presente, já o arquétipo não. Conclusões como essa foram possíveis após a leitura dessa obra de Zumthor, que traz as informações necessárias para um aprofundamento reflexivo mais seguro.<br /><br />Por esse contexto, entende-se que a voz só pode ser capturada em movência, no movimento entre o texto e a obra, na relação entre o que está escrito e a atualização. O texto fixado pela escrita impressa sempre será o mesmo, mas, enquanto voz e atualização, ele sofre mutações. Elemento fundamental para compreender como colher os índices de vocalidade numa escritura poética é a performance, pois a captura da voz não está no significado semântico do texto, mas na ação materializadora do discurso poético, na maneira como ele é transformado em voz.<br /><br />Além disso, Zumthor considera a intertextualidade e a intervocalidade como elementos de movência. Para o teórico, a intertextualidade não é apenas o texto escrito, mas também a presença de uma voz que "fura" o discurso e atualiza a obra. Dessa forma, o texto é o mesmo, mas a obra e a voz não.<br /><br />Já a intervocalidade implica movência do texto no espaço-tempo que o modifica na atualização. O teórico chama de intervocalidade porque o texto é o mesmo aparentemente, porém, quando atualizado, ele ultrapassa o espaço-tempo e recebe nova atualização. A intervocalidade é a voz que faz um caminho no tempo e no espaço e carrega consigo a voz da tradição, que ao atravessar os tempos apresenta outra intenção, pois o lugar de onde se olha o texto foi modificado, e a atuação vocal diante dele mudou.<br /><br />Em suma, a performance é uma fronteira tênue entre a voz e a letra, em que os diversos elementos que a compõem – oralidade, movência, texto, arquétipo, vocalidade etc. – oscilam no tempo e no espaço. Embora apenas o leitor especializado tenha contato com essas informações, a performance, por ser encenação, também envolve o leitor não-especializado na emoção da leitura. Como afirma Zumthor, "é o todo da performance que constitui o lócus emocional em que o texto vocalizado se torna arte e donde procede e se mantém a totalidade das energias que constituem a obra viva". A performance é sempre aberta ao acaso e nômade por natureza.<br /><br />Paul Zumthor mostra nessa obra não somente a trajetória dos estudos de voz e oralidade na literatura da Idade Média, mas também nos oferece suporte teórico para a compreensão das narrativas contemporâneas. O teórico, com seu pioneirismo nos estudos da performance, apresenta-nos uma obra complexa e instigante, que traz com justeza informações relevantes sobre os elementos performativos de um texto literário e, ao mesmo tempo, deixa índices para novas pesquisas e descobertas no âmbito dos estudos da voz.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">Paul Zumthor: Uma Fronteira Tênue Entre A Voz E A Letra</span><br />* Por Lilian Silva Salles<br />* Publicado 15/12/2007<br />* Resumos e Resenhas<br /></div><br /><span style="font-weight: bold;">Fonte:</span> <a href="http://http//www.webartigos.com/articles/3108/1/paul-zumthor-uma-fronteira-tenue-entre-a-voz-e-a-letra/pagina1.html">Webartigos.com | Textos e artigos gratuitos, conteúdo livre para reprodução. 1</a>Formação em Informaçãohttp://www.blogger.com/profile/13926515787396088838noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3300327125555006458.post-54123218969907811692009-05-23T12:09:00.000-07:002009-05-23T12:41:40.262-07:00João Candido- O Almirante Negro<div style="text-align: center;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhaqGgtQUA0nA5LOinfs9OhIeH8PvFvKpntxe6GL68xrcb05EdYsw9IwajSuZbv-JRTm9vJTpqOml4s_VjX7e4dU636Lbfng_NAMBHqzJQWKokYV3fO2Aa5N1bFCbeHBp8YNCaf6Mwzac28/s1600-h/2.jpg"><img style="cursor: pointer; width: 300px; height: 229px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhaqGgtQUA0nA5LOinfs9OhIeH8PvFvKpntxe6GL68xrcb05EdYsw9IwajSuZbv-JRTm9vJTpqOml4s_VjX7e4dU636Lbfng_NAMBHqzJQWKokYV3fO2Aa5N1bFCbeHBp8YNCaf6Mwzac28/s320/2.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5339099906902023810" border="0" /></a>
<br /></div><meta equiv="Content-Type" content="text/html; charset=utf-8"><meta name="ProgId" content="Word.Document"><meta name="Generator" content="Microsoft Word 9"><meta name="Originator" content="Microsoft Word 9"><link rel="File-List" href="file:///C:/DOCUME%7E1/ADMINI%7E1/CONFIG%7E1/Temp/msoclip1/01/clip_filelist.xml"><link rel="Edit-Time-Data" href="file:///C:/DOCUME%7E1/ADMINI%7E1/CONFIG%7E1/Temp/msoclip1/01/clip_editdata.mso"><!--[if !mso]> <style> v\:* {behavior:url(#default#VML);} o\:* {behavior:url(#default#VML);} w\:* {behavior:url(#default#VML);} .shape {behavior:url(#default#VML);} </style> <![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:donotoptimizeforbrowser/> </w:WordDocument> </xml><![endif]--><style> <!-- /* Style Definitions */ p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal {mso-style-parent:""; margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:12.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";} p {margin-right:0cm; mso-margin-top-alt:auto; mso-margin-bottom-alt:auto; margin-left:0cm; mso-pagination:widow-orphan; font-size:12.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";} @page Section1 {size:612.0pt 792.0pt; margin:70.85pt 3.0cm 70.85pt 3.0cm; mso-header-margin:36.0pt; mso-footer-margin:36.0pt; mso-paper-source:0;} div.Section1 {page:Section1;} --> </style><span style=";font-family:";font-size:12;" ><!--[if gte vml 1]><v:shapetype id="_x0000_t75" coordsize="21600,21600" spt="75" preferrelative="t" path="m@4@5l@4@11@9@11@9@5xe" filled="f" stroked="f"> <v:stroke joinstyle="miter"> <v:formulas> <v:f eqn="if lineDrawn pixelLineWidth 0"> <v:f eqn="sum @0 1 0"> <v:f eqn="sum 0 0 @1"> <v:f eqn="prod @2 1 2"> <v:f eqn="prod @3 21600 pixelWidth"> <v:f eqn="prod @3 21600 pixelHeight"> <v:f eqn="sum @0 0 1"> <v:f eqn="prod @6 1 2"> <v:f eqn="prod @7 21600 pixelWidth"> <v:f eqn="sum @8 21600 0"> <v:f eqn="prod @7 21600 pixelHeight"> <v:f eqn="sum @10 21600 0"> </v:formulas> <v:path extrusionok="f" gradientshapeok="t" connecttype="rect"> <o:lock ext="edit" aspectratio="t"> </v:shapetype><v:shape id="_x0000_i1025" type="#_x0000_t75" alt="" style="'width:381pt;"> <v:imagedata src="file:///C:/DOCUME~1/ADMINI~1/CONFIG~1/Temp/msoclip1/01/clip_image001.jpg" href="http://www.mns.org.br/img/candido.jpg"> </v:shape><![endif]--><!--[endif]--></span><div style="text-align: justify;"><div style="text-align: center; font-weight: bold;"><span style="font-size:180%;"><span style="color: rgb(51, 51, 255);">
<br />João Candido </span> <span style="color: rgb(51, 51, 255);">Primeiro Herói Brasileiro do Século XX</span>
<br /></span></div><meta equiv="Content-Type" content="text/html; charset=utf-8"><meta name="ProgId" content="Word.Document"><meta name="Generator" content="Microsoft Word 9"><meta name="Originator" content="Microsoft Word 9"><link rel="File-List" href="file:///C:/DOCUME%7E1/ADMINI%7E1/CONFIG%7E1/Temp/msoclip1/01/clip_filelist.xml"><!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:donotoptimizeforbrowser/> </w:WordDocument> </xml><![endif]--><style> <!-- /* Style Definitions */ p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal {mso-style-parent:""; margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:12.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";} h2 {margin-right:0cm; mso-margin-top-alt:auto; mso-margin-bottom-alt:auto; margin-left:0cm; mso-pagination:widow-orphan; mso-outline-level:2; font-size:18.0pt; font-family:"Times New Roman"; font-weight:bold;} h3 {margin-right:0cm; mso-margin-top-alt:auto; mso-margin-bottom-alt:auto; margin-left:0cm; mso-pagination:widow-orphan; mso-outline-level:3; font-size:13.5pt; font-family:"Times New Roman"; font-weight:bold;} a:link, span.MsoHyperlink {color:blue; text-decoration:underline; text-underline:single;} a:visited, span.MsoHyperlinkFollowed {color:blue; text-decoration:underline; text-underline:single;} p {margin-right:0cm; mso-margin-top-alt:auto; mso-margin-bottom-alt:auto; margin-left:0cm; mso-pagination:widow-orphan; font-size:12.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";} span.editsection {mso-style-name:editsection;} span.mw-headline {mso-style-name:mw-headline;} @page Section1 {size:612.0pt 792.0pt; margin:70.85pt 3.0cm 70.85pt 3.0cm; mso-header-margin:35.4pt; mso-footer-margin:35.4pt; mso-paper-source:0;} div.Section1 {page:Section1;} --> </style> <p style="text-align: justify;"><span style="color: black;"><span style=""></span></span><meta equiv="Content-Type" content="text/html; charset=utf-8"><meta name="ProgId" content="Word.Document"><meta name="Generator" content="Microsoft Word 9"><meta name="Originator" content="Microsoft Word 9"><link rel="File-List" href="file:///C:/DOCUME%7E1/ADMINI%7E1/CONFIG%7E1/Temp/msoclip1/01/clip_filelist.xml"><!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:donotoptimizeforbrowser/> </w:WordDocument> </xml><![endif]--><style> <!-- /* Style Definitions */ p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal {mso-style-parent:""; margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:12.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";} h2 {margin-right:0cm; mso-margin-top-alt:auto; mso-margin-bottom-alt:auto; margin-left:0cm; mso-pagination:widow-orphan; mso-outline-level:2; font-size:18.0pt; font-family:"Times New Roman"; font-weight:bold;} h3 {margin-right:0cm; mso-margin-top-alt:auto; mso-margin-bottom-alt:auto; margin-left:0cm; mso-pagination:widow-orphan; mso-outline-level:3; font-size:13.5pt; font-family:"Times New Roman"; font-weight:bold;} a:link, span.MsoHyperlink {color:blue; text-decoration:underline; text-underline:single;} a:visited, span.MsoHyperlinkFollowed {color:blue; text-decoration:underline; text-underline:single;} p {margin-right:0cm; mso-margin-top-alt:auto; mso-margin-bottom-alt:auto; margin-left:0cm; mso-pagination:widow-orphan; font-size:12.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";} span.editsection {mso-style-name:editsection;} span.mw-headline {mso-style-name:mw-headline;} @page Section1 {size:612.0pt 792.0pt; margin:70.85pt 3.0cm 70.85pt 3.0cm; mso-header-margin:36.0pt; mso-footer-margin:36.0pt; mso-paper-source:0;} div.Section1 {page:Section1;} --> </style> </p><p style="text-align: justify;"><span style="color: black;"><span style="">
<br /></span></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: black;"><span style=""> </span>Nascido na então Província do Rio Grande do Sul, no município de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Encruzilhada_do_Sul" title="Encruzilhada do Sul" linkindex="29"><span style="color: black; text-decoration: none;">Encruzilhada do Sul</span></a>, que havia sido distrito de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Pardo" title="Rio Pardo" linkindex="30"><span style="color: black; text-decoration: none;">Rio Pardo</span></a>, filho dos ex-<a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Escravatura" title="Escravatura" linkindex="31"><span style="color: black; text-decoration: none;">escravos</span></a> João Felisberto Cândido e Inácia Felisberto, apresentou-se na <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Escolas_de_Aprendizes-Marinheiros_do_Brasil" title="Escolas de Aprendizes-Marinheiros do Brasil" linkindex="32"><span style="color: black; text-decoration: none;">Escola de Aprendizes Marinheiros</span></a> com uma recomendação de "atenção especial", aos cuidados do Delegado da Capitania dos Portos em <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Porto_Alegre" title="Porto Alegre" linkindex="33"><span style="color: black; text-decoration: none;">Porto Alegre</span></a>. Esta recomendação deveu-se à iniciativa de um velho amigo e protetor de Rio Pardo, o então capitão de fragata <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Alexandrino_de_Alencar" title="Alexandrino de Alencar" linkindex="34"><span style="color: black; text-decoration: none;">Alexandrino de Alencar</span></a>, que o encaminhara àquela escola.<o:p></o:p></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="color: black;">Desse modo, numa época em que a maioria dos aprendizes era recrutada pela <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Pol%C3%ADcia" title="Polícia" linkindex="35"><span style="color: black; text-decoration: none;">polícia</span></a>, João Cândido alistou-se com o número 40 na <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Marinha_do_Brasil" title="Marinha do Brasil" linkindex="36"><span style="color: black; text-decoration: none;">Marinha do Brasil</span></a> (<a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/1894" title="1894" linkindex="37"><span style="color: black; text-decoration: none;">1894</span></a>), aos 13 anos de idade, ingressando como <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Grumete" title="Grumete" linkindex="38"><span style="color: black; text-decoration: none;">grumete</span></a> a <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/10_de_dezembro" title="10 de dezembro" linkindex="39"><span style="color: black; text-decoration: none;">10 de dezembro</span></a> de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/1895" title="1895" linkindex="40"><span style="color: black; text-decoration: none;">1895</span></a>, fazendo a sua primeira viagem como <i>Aprendiz de Marinheiro</i><sup id="cite_ref-0"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_C%C3%A2ndido#cite_note-0" title="" linkindex="41"><span style="color: black; text-decoration: none;">[1]</span></a></sup>.<o:p></o:p></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="color: black;">Em <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/1908" title="1908" linkindex="42"><span style="color: black; text-decoration: none;">1908</span></a>, para acompanhar o final da construção de navios de guerra encomendados pelo governo brasileiro, João Cândido foi enviado para a <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Inglaterra" title="Inglaterra" linkindex="43"><span style="color: black; text-decoration: none;">Inglaterra</span></a>, onde tomou conhecimento do movimento realizado pelos marinheiros britânicos entre <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/1903" title="1903" linkindex="44"><span style="color: black; text-decoration: none;">1903</span></a> e <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/1906" title="1906" linkindex="45"><span style="color: black; text-decoration: none;">1906</span></a>, reivindicando melhores condições de trabalho.<o:p></o:p></span></p> <h3 style="text-align: justify;"><span class="mw-headline"><span style="color: black;">O movimento dos marinheiros da Armada</span></span><span style="color: black;"><o:p></o:p></span></h3> <p style="text-align: justify;"><span style="color: black;">O uso da chibata como castigo na Armada brasileira já havia sido abolido em um dos primeiros atos do regime republicano, o decreto número 2, de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/16_de_Novembro" title="16 de Novembro" linkindex="47"><span style="color: black; text-decoration: none;">16 de Novembro</span></a> de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/1889" title="1889" linkindex="48"><span style="color: black; text-decoration: none;">1889</span></a>, assinado pelo então presidente marechal <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Deodoro_da_Fonseca" title="Deodoro da Fonseca" linkindex="49"><span style="color: black; text-decoration: none;">Deodoro da Fonseca</span></a>. Todavia, o castigo cruel continuava de fato a ser aplicado, a critério dos oficiais. Num contingente de 90% de negros e mulatos, centenas de marujos continuavam a ter seus corpos retalhados pela <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Chibata" title="Chibata" linkindex="50"><span style="color: black; text-decoration: none;">chibata</span></a>, como no tempo da <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Escravid%C3%A3o" title="Escravidão" linkindex="51"><span style="color: black; text-decoration: none;">escravidão</span></a>. Entre os marinheiros, insatisfeitos com os baixos soldos, com a má alimentação e, principalmente, com os degradantes castigos corporais, crescia o clima de tensão.<o:p></o:p></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="color: black;">Ainda na <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Gr%C3%A3-Bretanha" title="Grã-Bretanha" linkindex="52"><span style="color: black; text-decoration: none;">Grã-Bretanha</span></a>, e depois, ao retornarem ao Brasil, os marinheiros que lá estiveram para acompanhar a construção dos <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Encoura%C3%A7ado_Minas_Gerais" title="Encouraçado Minas Gerais" linkindex="53"><span style="color: black; text-decoration: none;">encouraçados Minas Gerais</span></a> e <a href="http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Encoura%C3%A7ado_S%C3%A3o_Paulo&action=edit&redlink=1" title="Encouraçado São Paulo (página não existe)" linkindex="54"><span style="color: black; text-decoration: none;">São Paulo</span></a>, iniciaram um movimento conspiratório com vistas a tomar uma atitude mais efetiva no sentido de acabar com a Chibata na Marinha de Guerra.<o:p></o:p></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="color: black;">As eleições presidenciais de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/1910" title="1910" linkindex="55"><span style="color: black; text-decoration: none;">1910</span></a>, embora vencidas pelo candidato situacionista marechal <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Hermes_da_Fonseca" title="Hermes da Fonseca" linkindex="56"><span style="color: black; text-decoration: none;">Hermes da Fonseca</span></a>, expressaram o descontentamento da sociedade com o regime vigente. O candidato oposicionista, <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Rui_Barbosa" title="Rui Barbosa" linkindex="57"><span style="color: black; text-decoration: none;">Rui Barbosa</span></a>, realizou intensa campanha eleitoral, reforçando a esperança de transformações do povo brasileiro.<o:p></o:p></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="color: black;">Esgotadas as tentativas pacíficas e propositivas dos marinheiros, incluindo uma audiência de João Cândido no Gabinete do presidente anterior, <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Nilo_Pe%C3%A7anha" title="Nilo Peçanha" linkindex="58"><span style="color: black; text-decoration: none;">Nilo Peçanha</span></a>, os marinheiros decidiram que iriam fazer um motim pelo fim do uso da chibata em <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/25_de_Novembro" title="25 de Novembro" linkindex="59"><span style="color: black; text-decoration: none;">25 de Novembro</span></a> de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/1910" title="1910" linkindex="60"><span style="color: black; text-decoration: none;">1910</span></a>.<o:p></o:p></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="color: black;">Entretanto, em <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/16_de_novembro" title="16 de novembro" linkindex="61"><span style="color: black; text-decoration: none;">16 de novembro</span></a>, um dia após a posse do marechal Hermes da Fonseca, o marinheiro Marcelino Rodrigues de Menezes foi punido com 250 chibatadas, que não se interromperam nem mesmo com o desmaio do mesmo, conforme noticiado pelos jornais da época, aplicadas na presença de toda a tripulação do <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Encoura%C3%A7ado_Minas_Gerais" title="Encouraçado Minas Gerais" linkindex="62"><span style="color: black; text-decoration: none;">Encouraçado Minas Gerais</span></a>, nau capitânea da Armada. Este fato antecipou a data programada para o motim, de 25 para 22 de Novembro de 1910.<o:p></o:p></span></p> <h3 style="text-align: justify;"><span class="mw-headline"><span style="color: black;">Revolta da Chibata</span></span><span style="color: black;"><o:p></o:p></span></h3> <p class="MsoNormal" style="margin-left: 36pt; text-align: justify;"><span style="color: black;"><!--[if !supportEmptyParas]--> <!--[endif]--><o:p></o:p></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="color: black;">No dia <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/22_de_novembro" title="22 de novembro" linkindex="66"><span style="color: black; text-decoration: none;">22 de novembro</span></a> de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/1910" title="1910" linkindex="67"><span style="color: black; text-decoration: none;">1910</span></a>, João Cândido deu início ao levante, assumindo o comando do Minas Gerais, pleiteando a abolição dos castigos corporais na Marinha de Guerra brasileira. Foi designado à época, pela <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Imprensa" title="Imprensa" linkindex="68"><span style="color: black; text-decoration: none;">imprensa</span></a>, como <i>Almirante Negro</i>. Por quatro dias, os navios de guerra Minas Gerais, <a href="http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Encoura%C3%A7ado_S%C3%A3o_Paulo&action=edit&redlink=1" title="Encouraçado São Paulo (página não existe)" linkindex="69"><span style="color: black; text-decoration: none;">São Paulo</span></a>, Bahia e Deodoro apontaram os seus <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Canh%C3%A3o" title="Canhão" linkindex="70"><span style="color: black; text-decoration: none;">canhões</span></a> para a Capital Federal. No ultimato dirigido ao Presidente Hermes da Fonseca, os revoltosos declararam: "<i>Nós, marinheiros, cidadãos brasileiros e republicanos, não podemos mais suportar a escravidão na Marinha brasileira</i>". Embora a rebelião tenha terminado com o compromisso do governo federal em acabar com o emprego da chibata na Marinha e de conceder anistia aos revoltosos, João Cândido e os demais implicados foram detidos.<o:p></o:p></span></p> <h3 style="text-align: justify;"><span class="mw-headline"><span style="color: black;">Expulsão da Marinha</span></span><span style="color: black;"><o:p></o:p></span></h3> <p style="text-align: justify;"><span style="color: black;">Pouco tempo depois, a eclosão de um novo levante entre os marinheiros, agora no <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Quartel" title="Quartel" linkindex="72"><span style="color: black; text-decoration: none;">quartel</span></a> da <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Ilha_das_Cobras" title="Ilha das Cobras" linkindex="73"><span style="color: black; text-decoration: none;">ilha das Cobras</span></a>, no Rio de Janeiro, em <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/9_de_Dezembro" title="9 de Dezembro" linkindex="74"><span style="color: black; text-decoration: none;">9 de Dezembro</span></a> de 1910, foi reprimida pelas autoridades.<o:p></o:p></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="color: black;">Apesar de não haver participado deste levante, João Cândido foi expulso da Marinha, sob a acusação de ter favorecido os rebeldes. Em Abril de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/1911" title="1911" linkindex="75"><span style="color: black; text-decoration: none;">1911</span></a> foi detido no <i>Hospital dos Alienados</i>, como louco e indigente, de onde foi solto em <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/1912" title="1912" linkindex="76"><span style="color: black; text-decoration: none;">1912</span></a>, absolvido das acusações juntamente com os seus companheiros. À época, o seu defensor foi o <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/R%C3%A1bula" title="Rábula" linkindex="77"><span style="color: black; text-decoration: none;">rábula</span></a> <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Evaristo_de_Moraes" title="Evaristo de Moraes" linkindex="78"><span style="color: black; text-decoration: none;">Evaristo de Moraes</span></a>, contratado pela <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_de_Nossa_Senhora_do_Ros%C3%A1rio_e_S%C3%A3o_Benedito_%28Rio_de_Janeiro%29" title="Igreja de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito (Rio de Janeiro)" linkindex="79"><span style="color: black; text-decoration: none;">Ordem de Nossa Senhora do Rosário e dos Homens Pretos</span></a>, que declinou o recebimento dos honorários que lhe eram devidos.<o:p></o:p></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="color: black;">Banido da Marinha, João Cândido sofreu grandes privações, vivendo precariamente, trabalhando como estivador e descarregando peixes na <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Pra%C3%A7a_Quinze_de_Novembro_%28Rio_de_Janeiro%29" title="Praça Quinze de Novembro (Rio de Janeiro)" linkindex="80"><span style="color: black; text-decoration: none;">Praça XV</span></a>, no centro do <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_de_Janeiro" title="Rio de Janeiro" linkindex="81"><span style="color: black; text-decoration: none;">Rio de Janeiro</span></a>.<o:p></o:p></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="color: black;">De acordo com a sua ficha, nos quinze anos em que permaneceu na Marinha, foi castigado em nove ocasiões, preso entre dois a quatro dias em celas solitárias "a pão e água", além de ter sido duas vezes rebaixado de cabo a marinheiro. A sua ficha registra ainda dez elogios por bom comportamento, o último três meses antes da revolta.<o:p></o:p></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="color: black;">A sua vida pessoal foi profundamente abalada pelo <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Suic%C3%ADdio" title="Suicídio" linkindex="82"><span style="color: black; text-decoration: none;">suicídio</span></a> de sua segunda esposa (<a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/1928" title="1928" linkindex="83"><span style="color: black; text-decoration: none;">1928</span></a>). Em <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/1930" title="1930" linkindex="84"><span style="color: black; text-decoration: none;">1930</span></a> foi novamente detido, acusado de subversão.<o:p></o:p></span></p> <h3 style="text-align: justify;"><span class="mw-headline"><span style="color: black;">Adesão ao Integralismo</span></span><span style="color: black;"><o:p></o:p></span></h3> <p style="text-align: justify;"><span style="color: black;">Em <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/1933" title="1933" linkindex="86"><span style="color: black; text-decoration: none;">1933</span></a> foi convidado e aderiu à <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/A%C3%A7%C3%A3o_Integralista_Brasileira" title="Ação Integralista Brasileira" linkindex="87"><span style="color: black; text-decoration: none;">Ação Integralista Brasileira</span></a><sup id="cite_ref-1"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_C%C3%A2ndido#cite_note-1" title="" linkindex="88"><span style="color: black; text-decoration: none;">[2]</span></a><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_C%C3%A2ndido#cite_note-2" title="" linkindex="89"><span style="color: black; text-decoration: none;">[3]</span></a></sup>, movimento <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Nacionalismo" title="Nacionalismo" linkindex="90"><span style="color: black; text-decoration: none;">nacionalista</span></a> de direita inspirado no fascismo italiano fundado em <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/1932" title="1932" linkindex="91"><span style="color: black; text-decoration: none;">1932</span></a> pelo escritor <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Pl%C3%ADnio_Salgado" title="Plínio Salgado" linkindex="92"><span style="color: black; text-decoration: none;">Plínio Salgado</span></a>, chegando a ser o líder do núcleo integralista de Gamboa, no <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_de_Janeiro" title="Rio de Janeiro" linkindex="93"><span style="color: black; text-decoration: none;">Rio de Janeiro</span></a>. Em entrevista gravada em <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/1968" title="1968" linkindex="94"><span style="color: black; text-decoration: none;">1968</span></a>, João Cândido declarou manter sua amizade com <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Pl%C3%ADnio_Salgado" title="Plínio Salgado" linkindex="95"><span style="color: black; text-decoration: none;">Plínio Salgado</span></a> e de ter orgulho em ter sido integralista, o que está evidenciado na entrevista que concedeu ao médico-historiador <a href="http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=H%C3%A9lio_Silva&action=edit&redlink=1" title="Hélio Silva (página não existe)" linkindex="96"><span style="color: black; text-decoration: none;">Hélio Silva</span></a> e que se encontra arquivada no <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Museu_da_Imagem_e_do_Som" title="Museu da Imagem e do Som" linkindex="97"><span style="color: black; text-decoration: none;">Museu da Imagem e do Som</span></a> (MIS), no Rio de Janeiro.<o:p></o:p></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="color: black;">Em <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/1959" title="1959" linkindex="98"><span style="color: black; text-decoration: none;">1959</span></a> voltou ao Sul do País para ser homenageado, mas a cerimônia foi suspensa por interferência da Marinha do Brasil.<o:p></o:p></span></p> <h3 style="text-align: justify;"><span class="mw-headline"><span style="color: black;">Falecimento</span></span><span style="color: black;"><o:p></o:p></span></h3> <p style="text-align: justify;"><span style="color: black;">Discriminado e perseguido até ao fim de sua vida, se recolheu no município de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Jo%C3%A3o_de_Meriti" title="São João de Meriti" linkindex="100"><span style="color: black; text-decoration: none;">São João de Meriti</span></a>, onde veio a defalecer de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A2ncer" title="Câncer" linkindex="101"><span style="color: black; text-decoration: none;">câncer</span></a> no <i>Hospital Getúlio Vargas</i>, no <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_de_Janeiro_%28cidade%29" title="Rio de Janeiro (cidade)" linkindex="102"><span style="color: black; text-decoration: none;">Rio de Janeiro</span></a>, pobre e esquecido, em <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/1969" title="1969" linkindex="103"><span style="color: black; text-decoration: none;">1969</span></a>, aos 89 anos de idade.<o:p></o:p></span></p> <h2 style="text-align: justify;"><span class="mw-headline"><span style="color: black;">Legado, homenagens e resgates</span></span><span style="color: black;"><o:p></o:p></span></h2> <p style="text-align: justify;"><span style="color: black;">A sua memória foi resgatada na <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/D%C3%A9cada_de_1970" title="Década de 1970" linkindex="105"><span style="color: black; text-decoration: none;">década de 1970</span></a> pelos compositores <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_Bosco_%28m%C3%BAsico%29" title="João Bosco (músico)" linkindex="106"><span style="color: black; text-decoration: none;">João Bosco</span></a> e <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Aldir_Blanc" title="Aldir Blanc" linkindex="107"><span style="color: black; text-decoration: none;">Aldir Blanc</span></a>, no samba "O mestre-sala dos mares".<o:p></o:p></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="color: black;">Em outubro de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/2005" title="2005" linkindex="108"><span style="color: black; text-decoration: none;">2005</span></a>, o deputado <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Nacionalismo" title="Nacionalismo" linkindex="109"><span style="color: black; text-decoration: none;">nacionalista</span></a> <a href="http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Elimar_M%C3%A1ximo_Damasceno&action=edit&redlink=1" title="Elimar Máximo Damasceno (página não existe)" linkindex="110"><span style="color: black; text-decoration: none;">Elimar Máximo Damasceno</span></a> (<a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/PRONA" title="PRONA" linkindex="111"><span style="color: black; text-decoration: none;">PRONA</span></a>/<a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/SP" title="SP" linkindex="112"><span style="color: black; text-decoration: none;">SP</span></a>) apresentou o <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Projeto_de_lei" title="Projeto de lei" linkindex="113"><span style="color: black; text-decoration: none;">projeto de lei</span></a> n. 5874/05, determinando inscrever o nome de João Cândido no "Livro dos Heróis da Pátria", que se encontra no <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Pante%C3%A3o_da_P%C3%A1tria_e_da_Liberdade_Tancredo_Neves" title="Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves" linkindex="114"><span style="color: black; text-decoration: none;">Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves</span></a>, na <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Pra%C3%A7a_dos_Tr%C3%AAs_Poderes" title="Praça dos Três Poderes" linkindex="115"><span style="color: black; text-decoration: none;">Praça dos Três Poderes</span></a>, em <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Bras%C3%ADlia" title="Brasília" linkindex="116"><span style="color: black; text-decoration: none;">Brasília</span></a> (<a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/DF" title="DF" linkindex="117"><span style="color: black; text-decoration: none;">DF</span></a>).<o:p></o:p></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="color: black;">Em Setembro de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/2007" title="2007" linkindex="118"><span style="color: black; text-decoration: none;">2007</span></a>, faleceu, aos 82 anos de idade, Zeelândia Cândido, filha mais nova de João Cândido, que dedicou a vida a obter a reintegração do nome de seu pai à Marinha, corporação de onde saiu sem quaisquer direitos.<o:p></o:p></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="color: black;">Em <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/22_de_Novembro" title="22 de Novembro" linkindex="119"><span style="color: black; text-decoration: none;">22 de Novembro</span></a> de 2007 (aniversário de 97 anos da Revolta), foi inaugurada uma <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Est%C3%A1tua" title="Estátua" linkindex="120"><span style="color: black; text-decoration: none;">estátua</span></a> em homenagem ao "Almirante Negro", nos jardins do <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Museu_da_Rep%C3%BAblica" title="Museu da República" linkindex="121"><span style="color: black; text-decoration: none;">Museu da República</span></a>, antigo <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Pal%C3%A1cio_do_Catete" title="Palácio do Catete" linkindex="122"><span style="color: black; text-decoration: none;">Palácio do Catete</span></a>, bombardeado durante a revolta. A estátua, de corpo inteiro, de João Cândido com o leme em suas mãos, foi afixada de frente para o mar. Como parte da solenidade, que teve a presença de autoridades, familiares e representantes dos movimentos sociais, foi exibido o filme <a href="http://www.memoriasdachibata.com.br/" title="http://www.memoriasdachibata.com.br/" linkindex="123" rel="nofollow"><i><span style="color: black; text-decoration: none;">Memórias da Chibata</span></i></a>, de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Marcos_Manh%C3%A3es_Marins" title="Marcos Manhães Marins" linkindex="124"><span style="color: black; text-decoration: none;">Marcos Manhães Marins</span></a>, e feita uma exposição fotográfica da Revolta da Chibata, sob a curadoria do cientista político e juiz de direito <a href="http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Jo%C3%A3o_Batista_Damasceno&action=edit&redlink=1" title="João Batista Damasceno (página não existe)" linkindex="125"><span style="color: black; text-decoration: none;">João Batista Damasceno</span></a>.<o:p></o:p></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="color: black;">Em <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/24_de_julho" title="24 de julho" linkindex="126"><span style="color: black; text-decoration: none;">24 de julho</span></a> de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/2008" title="2008" linkindex="127"><span style="color: black; text-decoration: none;">2008</span></a>, 39 anos depois da morte de João Cândido Felisberto, publicou-se, no <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Di%C3%A1rio_Oficial_da_Uni%C3%A3o" title="Diário Oficial da União" linkindex="128"><span style="color: black; text-decoration: none;">Diário Oficial da União</span></a>, a Lei Nº 11.756 que concedeu anistia<sup id="cite_ref-3"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_C%C3%A2ndido#cite_note-3" title="" linkindex="129"><span style="color: black; text-decoration: none;">[4]</span></a></sup> ao líder da Revolta da Chibata e a seus companheiros, idéia que partiu do Senado Federal e foi aprovada pela Câmara dos Deputados, em <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/13_de_maio" title="13 de maio" linkindex="130"><span style="color: black; text-decoration: none;">13 de maio</span></a> de 2008, dia em que se comemora a <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Aboli%C3%A7%C3%A3o_da_Escravatura" title="Abolição da Escravatura" linkindex="131"><span style="color: black; text-decoration: none;">Abolição da Escravatura</span></a> no Brasil.<o:p></o:p></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="color: black;">No entanto, a lei foi vetada na parte em que determinava a reintegração de João Cândido à Marinha do Brasil. O motivo do veto é que esse reabilitação "<i>post mortem</i>" importaria em impacto orçamentário para o qual a lei não apontou a referida fonte de custeio. Assim, uma vez que tal reconhecimento imporia à União o pagamento dos soldos atrasados e das promoções que lhe seriam devidas, bem como na concessão de aposentadoria e pensão aos seus dependentes, nesse particular a lei foi vetada por ser contrária ao interesse público, no julgamento da equipe do governo federal.<o:p></o:p></span></p><span style="color: black;"><o:p></o:p></span> <p style="text-align: justify;"><span style="color: black;"><!--[if !supportEmptyParas]--> Fonte:</span> <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%83%C2%A3o_C%C3%83%C2%A2ndido">Wikipédia, a enciclopédia livre.</a></p><p></p><p style="text-align: justify;"> </p> <table><tbody><tr><td> <a href="http://www.memoriasdachibata.com.br">FILME: MEMÓRIAS DA CHIBATA</a>
<br />
<br />Sinopse
<br />MEMÓRIAS DA CHIBATA
<br />Diretor: Marcos Manhães
<br />Ano: 2005
<br />Juca, um menino negro de 7 anos que vende balas na rua, vê seus amigos e sua mãe apanharem de seu padrasto sem nada poder fazer, mas um dia, na favela onde mora, sua avó lhe revela que ele é bisneto do líder da Revolta da Chibata, João Cândido, e inspirado por estas memórias , o menino toma uma atitude radical que pode mudar o rumo de sua vida.
<br />
<br />classificação etária: 12 anos
<br />
<br />Projeto recebeu Prêmio no Concurso Público do Ministério da Cultura
<br />
<br />Prêmio de MELHOR CURTA-METRAGEM de ficção do 15º DIVERCINE - Uruguai
<br />
<br />Prêmio de MELHOR ROTEIRO no 4º CINEAMAZÔNIA
<br />
<br />Prêmio de MELHOR ATRIZ para Léa Garcia na 33ª Jornada da Bahia
<br /></td></tr><tr><td>
<br /></td></tr></tbody></table><table width="430" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0"><tbody><tr><td class="titulo" height="30"><p><span style="font-family:Arial, Helvetica, sans-serif;font-size:100%;"><b>João Cândido, da Revolta da
<br /> Chibata, pode virar herói da pátria</b></span></p> </td> </tr> <tr align="justify"> <td class="resumo" width="428"><p><span style="font-family:Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif;font-size:130%;"><img src="http://www.vermelho.org.br/diario/2005/1011/candido.jpg" width="180" align="right" height="266" />
<br /> O líder da Revolta da Chibata de 1910, João Cândido Felisberto, poderá ter seu nome incluído no Livro dos Heróis da Pátria, que se encontra no Panteão da Liberdade e da Democracia, na praça dos Três Poderes, em Brasília.
<br />
<br /> Surpreendentemente, a iniciativa não veio das forças de esquerda no Parlamento, nem do Rio de Janeiro, onde João Cândido viveu até os 89 anos de idade, reverenciado como uma espécie de herói popular. O Projeto de Lei 5874/05 foi apresentado pelo deputado Elimar Máximo Damasceno (Prona-SP).
<br />
<br /> A Revolta da Chibata ocorreu em unidades da Marinha de Guerra brasileira baseadas no Rio de Janeiro, em novembro de 1910. Os marinheiros tomaram os principais navios da Armada, em protesto contra suas condições de trabalho, os alimentos estragados que lhes eram oferecidos, os trabalhos pesados que lhes eram impostos e principalmente o costume degradante da do castigo da chibata, herança da escravidão.
<br />
<br /> "Na época, a Marinha brasileira estava dentre as mais fortes do mundo. Já o tratamento dos marinheiros repetia as piores tradições. João Cândido, filho de escravos, liderou a revolta pela dignidade humana em nossa Marinha e em nosso país", argumentou Damasceno.</span></p> <p><span style="font-family:Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif;font-size:130%;"><b>"O Almirante Negro"</b></span></p> <p><span style="font-family:Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif;font-size:130%;">Os marinheiros tinham contato com o movimento operário e os partidos marxistas da Europa, onde iam acompanhar as fases finais de construção dos navios adquiridos pela Marinha de Guerra. O próprio João Cândido, como marinheiro de 1ª classe, seguiu para a Europa, onde assistiu ao final da construção do encouraçado Minas Gerais. Assim, a rebelião foi cuidadosamente preparada, inclusive com comitês clandestinos em cadabelonave.</span><span style="font-family:Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif;font-size:130%;">
<br />
<br /> A revolta teve início na madrugada de 23 de novembro de 1910, em resposta ao castigo de 250 chibatadas sofrido pelo marinheiro Marcelino Rodrigues de Menezes. Sob o comando de João Cândido, amotinaram-se as tripulações dos encouraçados Minas Gerais e São Paulo e também dos cruzadores Barroso e Bahia, reunindo mais de dois mil revoltosos. </span></p> <p><span style="font-family:Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif;font-size:130%;">A cidade do Rio de Janeiro, então capital da República, foi mantida por cinco dias sob a mira de canhões. João Cândido recebeu então o apelido de "o Almirante Negro", pela maestria com que comandou a frota em evoluções depa Baía da Guanabara.
<br />
<br /> O então presidente da República, Hermes da Fonseca, não encontrou saída que não fosse ceder às exigências dos marinheiros. "No dia 25 de novembro, o Congresso, apressadamente, aprovou as reivindicações dos marujos, incluindo a anistia. João Cândido, confiando nessa decisão, resolveu encerrar a rebelião, recolhendo as bandeiras vermelhas dos mastros", conta o autor da proposta.</span></p> <p><span style="font-size:130%;"><b><span style="font-family:Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif;">A revanche da reação</span></b></span></p> <p><span style="font-family:Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif;font-size:130%;">Três dias depois, porém, veio a traição. O então ministro da Marinha determinou a expulsão dos líderes do movimento. Os marinheiros tentaram reagir, mas o governo lançou violenta repressão que culminou com dezenas de mortes, centenas de deportações e a prisão de João Cândido. "O Almirante Negro" foi colocado numa masmorra da Ilha das Cobras de onde foi o único a sair vivo, de 18 marinheiros.
<br />
<br /> Solto anos depois, João Cândido passou a viver como vendedor de peixes na Praça Quinze, Rio de Janeiro. "Morreu em 1969, sem patente e na miséria. Agora é hora de a nação honrá-lo, inscrevendo seu nome no livro dos heróis da pátria", defendeu Damasceno.</span></p> <p><span style="font-size:130%;"><b><span style="font-family:Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif;">Tramitação</span></b></span><span style="font-family:Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif;font-size:130%;">
<br />
<br /> O projeto tramita em caráter conclusivo e será examinado pelas comissões de Educação e Cultura; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.</span></p> <p><span style="font-family:Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif;font-size:130%;">Com informações
<br /> da Agência Câmara
<br />
<br /> </span></p> </td> </tr> <tr align="justify"> <td class="resumo" width="428"> <p> </p><span style="font-size:130%;">
<br /></span></td></tr></tbody></table>
<br /></div>
<br />Formação em Informaçãohttp://www.blogger.com/profile/13926515787396088838noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3300327125555006458.post-86803961543163951472009-05-23T11:40:00.000-07:002009-05-23T11:49:51.376-07:00A Revolta da Chibata<div style="text-align: justify;"><blockquote class="newtxt">No ano de 1910, mais de 200 marujos agitaram a Baía de Guanabara, ao se apoderarem de navios de guerra para exigir o fim dos castigos corporais na Marinha do Brasil, herança do período imperial, onde essa arma era tida como a mais importante e dirigida pelos mais "aristocráticos" oficiais. Foi a Revolta da Chibata, liderada por João Cândido, o Almirante Negro.<br /><br /><blockquote class="photoleft"><div style="text-align: center;"><img src="http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/sala_de_aula/historia/imagens/revolta_chibata_couracado.jpg" width="250" height="156" /> <br /></div><div style="text-align: center;"> <span style="font-weight: bold;">O Minas Gerais, um dos modernos navios</span><br /><span style="font-weight: bold;">recém-adquiridos pela Marinha na época da Revolta</span><br /><br /><br /></div></blockquote> O Brasil era uma das maiores potências navais do mundo, destacando-se a sua Esquadra Branca formada pelos encouraçados Minas Gerais e São Paulo, pelos cruzadores Rio Grande do Sul e Bahia e por mais 18 navios. O Governo gastara uma fortuna para modernizar sua esquadra, mas o código disciplinar da Marinha era o mesmo do tempo da monarquia, assim como os arbitrários processos de recrutamento. Criminosos e marginais, produtos de uma sociedade que lhes negava maior sorte, eram colocados lado a lado com homens simples do interior para cumprir serviço obrigatório durante 10 a 15 anos! As desobediências ao regulamento eram punidas com chibatadas. Por isso, as revoltas ocorriam antes mesmo do ingresso na corporação.<br /><br />O decreto nº 3, de 16 de novembro de 1889, um dia após a Proclamação da República, extinguiu os castigos corporais na Armada, mas em novembro do ano seguinte o marechal Deodoro, contraditoriamente, tornou a legalizá-los: <em>"para as faltas leves prisão e ferro na solitária, a pão e água; faltas leves repetidas, idem por seis dias; faltas graves, 25 chibatadas"</em>.<br /><br />Como os reclamos dos marujos não foram ouvidos, eles passaram a conspirar. Uma primeira advertência foi feita durante a ida de uma divisão da Marinha às comemorações da Independência chilena, em que ocorreram 911 faltas disciplinares, a maioria punida com açoites: <em>"Venho por meio destas linhas pedir para não maltratar a guarnição deste navio, que tanto se esforça por trazê-lo limpo. Aqui ninguém é salteador nem ladrão"</em>, dizia um aviso ao comandante de um dos navios, assinado por um marinheiro conhecido como Mão Negra.<br /><br />Na madrugada de 16 de Novembro a Guanabara estava repleta de navios estrangeiros que aportaram para a posse do marechal Hermes da Fonseca na presidência da República. Ao raiar do dia, toda a tripulação do navio Minas Gerais foi chamada ao convés para assistir aos castigos corporais a que seria submetido o marinheiro Marcelino Rodrigues Menezes. Na noite anterior ele ferira a navalhadas o cabo Valdemar, que o havia denunciado por introduzir duas garrafas de cachaça no navio. Sua pena: 250 chibatadas e não mais 25 como vinha acontecendo.<br /><br />Junto à tripulação do navio havia também oito carrascos oficiais. Depois de examinado pelo médico de bordo e considerado em perfeitas condições físicas, Marcelino foi amarrado pelas mãos e pés e submetido ao castigo. Durante o castigo, Marcelino desmaiou de dor, mas a surra continuou. Ao fim das 250 chibatadas, suas costas estavam banhadas em sangue, lanhadas de cima para baixo. Desacordado, ele foi desamarrado, embrulhado num lençol e levado aos porões. Lá jogaram iodo em suas costas e o deixaram estrebuchando no chão.<br /><br />A Campanha Civilista de Rui Barbosa à presidência da República, as revoltas populares ocorridas no Rio de Janeiro na primeira década do século XX e o descontentamento de diversos setores da sociedade com o tipo de República liberal que foi instaurada no país, foram fatores que fizeram parte do contexto no qual se insere a Revolta da Chibata, deixando à mostra o grande descontentamento social presente no Brasil na época anterior a I Grande Guerra. Expondo assim a inserção dos marinheiros na vida social da capital federal.<br /><br />Tendo que se adicionar ainda a esse painel a falta crônica de mão-de-obra para a Marinha de Guerra, além do alistamento militar feito de maneira brutal, engajando criminosos (muitas vezes capoeiras), separando famílias e engajando homens e adolescentes por vinte anos, tempo que muitos deles não resistiam. Apesar de já existirem as primeiras Casas de Aprendiz de Marinheiros, locais destinados a órfãos e meninos pobres que eram educados para vida como praças da Marinha de Guerra, eram homens mestiços ou negros, em sua maioria, que serviam ao projeto de país e ao projeto civilizatório das massas perigosas, na visão das elites. Todavia, tais homens entrando em contato não somente com o duro labor, mas, também com populações do país inteiro sem esquecer das missões internacionais, possivelmente proporcionaram uma maior compreensão da realidade deles. Tornando cada vez mais latente e insustentável sua situação, a ponto de após a renovação de parte da esquadra de guerra, com a aquisição de encouraçados britânicos, deixou mais claro a falta de qualificação e o arcaísmo das codificações da Marinha de Guerra. Para tanto os marinheiros sublevados filtraram dos discursos políticos existentes algumas idéias para fundamentar suas revindicações como revela uma carta enviada por um marinheiro sublevado para o jornal Correio da Manhã de 25/11/1910:<br /><br /><div style="text-align: center;"><blockquote class="photoleft"><img src="http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/sala_de_aula/historia/imagens/revolta_chibata_leitura.jpg" width="200" height="152" /> <br /><br /> <span style="font-weight: bold;">Ao lado de um dos marinheiros, João</span><br /><span style="font-weight: bold;">Cândido lê o manifesto da Revolta:</span><br /><span style="font-weight: bold;"> (Agência Estado)</span><br /><br /><br /></blockquote></div> <i>“Rio de Janeiro, 22 de novembro de 1910 – Ilustrado sr. redator do Correio da Manhã – É doloroso o fato que ora se passa na nossa marinha de guerra, mas, sr. redator, quem os culpados? Justamente os superiores da referida Armada, estes que deviam encarar os seus subordinados como homens servidores da pátria; pelo contrario, eles são tratados como desprezíveis e sujeitos, á simples falta, nos castigos mais rigorosos possíveis. Têm hoje como símbolo do martírio desses infelizes a palmatória, as algemas, e o chicote, e tudo isso, ilustre sr. redator, na marinha que, conforme os plano do sr. ex-ministro dizia civilizar-se. A escravidão terminou-se a 13 de maio de 1888, com a áurea lei da liberdade, e os oficiais da nossa marinha de guerra, conquanto as leis militares tivessem abolido castigos, não ligaram importância às leis militares e à disciplina, castigando os seus subordinados com ódio com que os senhores castigavam os mãos escravos. Sr. redator, é doloroso sim, ver-se a nossa marinha de hoje passar fome e todas as privações, pelo descaso dos comandantes de navios da Armada. Com um pessoal resumido e sofredor, eles querem o serviço feito a tempo e hora, sem encarar o cansaço, isto quando em viagens longas, como se deu nestas vindas das nossas unidades da Europa para aqui.<br />Os nossos pobres marinheiros e foguistas vieram como verdadeiros escravos, passando fome e sendo constantemente castigados com os ferros, a chibata e o bolo; em um dos últimos navios chegados, o comandante, durante a viagem, em alto mar, mandava amarrar o pobre marinheiro e fazia com este fosse lavar e pintar o costado do navio. Foguistas, estes coitados, faziam 6 horas de quarto e não tinham o direito ao descanso que, pela lei, lhes toca, porque eram logo chamados para outros serviços. O verdadeiro navio negreiro. É necessário, sr. redator, que publiqueis estas mal escritas palavras, afim de que, chegando elas ao conhecimento das autoridades competentes, possam sanar o mal, e o fato igual não mais se reproduza na nossa marinha de guerra. É necessário que os oficiais da Armada compreendam que estamos no século da luz. Abaixo a chibata, as algemas e a palmatória – Um marinheiro.”</i><br /><br />O uso do açoite, como visto, continuou sendo aplicado nos marinheiros como medida disciplinar, como no tempo em que existia o pelourinho. Todos os marinheiros, na sua esmagadora maioria negros, continuavam a ser açoitados às vistas dos companheiros, por determinação da oficialidade branca.<br /><br />Os demais marujos eram obrigados a assistir à cena infamante no convéns das belonaves. Com isto, criaram-se condições de revolta no seio dos marujos. Os seus membros não aceitavam mais passivamente esse tipo de castigo. Chefiados por Francisco Dias, João Cândido e outros tripulantes do Minas Gerais, navio capitânia da esquadra, organizaram-se contra a situação humilhante de que eram vítimas. Nos outros navios a marujada também se organizava: o cabo Gregório conspirava no São Paulo, e no Deodoro havia o cabo André Avelino.<br /><br />Num golpe rápido, apoderaram-se dos principais navios da Marinha de Guerra brasileira e se aproximaram do Rio de Janeiro. Em seguida mandaram mensagem ao presidente da República e ao ministro da Marinha exigindo a extinção do uso da chibata.<br /><br />O governo ficou estarrecido. Acharam tratar-se de um golpe político das forças inimigas. O pânico apoderou-se de grande parte da população da cidade. Muitas pessoas fugiram. Somente em um dia correram 12 composições especiais para Petrópolis, levando 3 000 pessoas. Todos os navios amotinados hastearam bandeiras vermelhas. Alguns navios fiéis ao governo ainda tentaram duelar com os revoltosos, mas foram logo silenciados. Com isto os marujos criaram um impasse institucional. De um lado a Marinha, que queria a punição dos amotinados, em conseqüência da morte de alguns oficiais da armada. Do outro lado, o governo e os políticos, que sabiam não ter forças para satisfazer essa exigência. Mesmo porque os marinheiros estavam militarmente muito mais fortes do que a Marinha de Guerra, pois comandavam, praticamente, a armada e tinham os canhões das belonaves apontados para a capital da República.<br /><br />Depois de muitas reuniões políticas, nas quais entrou, entre outros, Rui Barbosa, que condenou os “abusos com os quais, na gloriosa época do abolicionismo, levantamos a indignação dos nossos compatriotas”, foi aprovado um projeto de anistia para os amotinados. Com isto, os marinheiros desceram as bandeiras vermelhas dos mastros dos seus navios. A revolta havia durado cinco dias e terminava vitoriosa. Desaparecia, assim, o uso da chibata como norma de punição disciplinar na Marinha de Guerra do Brasil.<br /><br />As forças militares, não-conformadas com a solução política encontrada para a crise, apertaram o cerco contra os marinheiros. João Cândido, sentindo o perigo, ainda tentou reunir o Comitê Geral da revolução, inutilmente. Procuraram Rui Barbosa e Severino Vieira, que defenderam a anistia em favor deles, mas sequer foram recebidos por esses dois políticos. Uniram-se, agora, civis e militares para desafrontar os “brios da Marinha de Guerra” por eles atingidos. Finalmente veio um decreto pelo qual qualquer marinheiro podia ser sumariamente demitido. A anistia fora uma farsa para desarmá-los.<br /><br />São acusados de conspiradores, espalharam boatos de que haveria uma outra sublevação. Finalmente, afirmaram que a guarnição da ilha das Cobras havia se sublevado. Pretexto para que a repressão se desencadeasse violentamente sobre os marinheiros negros. O presidente Hermes da Fonseca necessitava de um pretexto para decretar o estado de sítio, a fim de sufocar os movimentos democráticos que se organizavam. As oligarquias regionais tinham interesse em um governo forte. Os poucos sublevados daquela ilha propuseram rendição incondicional, o que nãofoi aceito. Seguiu-se uma verdadeira chacina. A ilha foi bombardeada até ser arrasada. Estava restaurada a honra da Marinha.<br /><br /> <blockquote class="photoleft"><div style="text-align: center;"> <img src="http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/sala_de_aula/historia/imagens/revolta_chibata_prisao.jpg" width="250" height="260" /><br /></div><div style="text-align: center;"> <span style="font-weight: bold;">João Cândido é escoltado para a prisão</span><br /><span style="font-weight: bold;">(Agência Estado)<br /><br /></span></div></blockquote> João Cândido e os seus companheiros de revolta foram presos incomunicáveis, e o governo e a Marinha resolveram exterminar fisicamente os marinheiros. Embarcaram-nos no navio Satélite rumo ao Amazonas.<br /><br />Os 66 marujos que se encontravam em uma masmorra do Quartel do Exército e mais 31, que se encontravam no Quartel do 1º Regimento de Infantaria, foram embarcados junto com assassinos, ladrões e marginais para serem descarregados nas selvas amazônicas. Os marinheiros, porém, tinham destino diferente dos demais embarcados. Ao lado dos muitos nomes da lista entregue ao comandante do navio, havia uma cruz vermelha, feita a tinta, o que significava a sua sentença de morte. Esses marinheiros foram sendo parceladamente assassinados: fuzilados sumariamente e jogados ao mar.<br /><br />João Cândido, embora não tenha participado do novo levante, também é preso e enviado para a prisão subterrânea da Ilha das Cobras, na noite de Natal de 1910, com mais 17 companheiros. Os 18 presos foram jogados em uma cela recém-lavada com água e cal. A cela ficava em um túnel subterrâneo, do qual era separada por um portão de ferro. Fechava-a ainda grossa porta de madeira, dotada de minúsculo respiradouro. O comandante do Batalhão Naval, capitão-de-fragata Marques da Rocha, por razões que ninguém sabe ao certo, levou consigo as chaves da cela e foi passar a noite de Natal no Clube Naval, embora residisse na ilha.<br /><br />A falta de ventilação, a poeira da cal, o calor, a sede começaram a sufocar os presos, cujos gritos chamaram a atenção da guarda na madrugada de Natal. Por falta das chaves, o carcereiro não podia entrar na cela. Marques da Rocha só chegou à ilha às oito horas da manhã. Ao serem abertos os dois portões da solitária, só dois presos sobreviviam, João Cândido e o soldado naval João Avelino. O Natal dos demais fora paixão e morte.<br /><br />O médico da Marinha, no entanto, diagnosticou a causa da morte como sendo "insolação". Marques da Rocha foi absolvido em Conselho de Guerra, promovido a capitão-de mar-e-guerra e recebido em jantar pelo presidente da República.<br /><br />João Cândido continuou na prisão, às voltas com os fantasmas da noite de terror. O jornalista Edmar Morel registrou assim seu depoimento pessoal: "Depois da retirada dos cadáveres, comecei a ouvir gemidos dos meus companheiros mortos, quando não via os infelizes, em agonia, gritando desesperadamente, rolando pelo chão de barro úmido e envoltos em verdadeiras nuvens da cal. A cena dantesca jamais saiu dos meus olhos.<br /><br />João Cândido enlouqueceu, sendo internado no Hospital dos Alienados.<br /><br />Ele e os companheiros só seriam absolvidos das acusações em 1912. Tuberculoso e na miséria, conseguiu, contudo, restabelecer-se física e psicologicamente. Perseguido constantemente, morreu como vendedor no Entreposto de Peixes da cidade do Rio de Janeiro, sem patente, sem aposentadoria e até sem nome, este herói que um dia foi chamado, com mérito, de Almirante Negro.<br /><br />Os que fizeram a Revolta da Chibata morreram ou foram presos, desmoralizados e destruídos. Seu líder, como visto, terminou sem patente militar, sem aposentadoria e semi-ignorado pela História oficial. No entanto, o belíssimo samba "O Mestre-Sala dos Mares", de João Bosco e Aldir Blanc, composto nos anos 70, imortalizou João Cândido e a Revolta da Chibata. Como diz a música, seu monumento estará para sempre "nas pedras pisadas do cais". A mensagem de coragem e liberdade do "Almirante Negro" e seus companheiros resiste.<br /><br /><strong>HOMENAGEM DE JOÃO BOSCO E ALDIR BLANC À "REVOLTA DA CHIBATA"</strong><br /><br />"Mestre-Sala dos Mares", de João Bosco e Aldir Blanc, composto nos anos 70, imortalizou João Cândido e a Revolta da Chibata.<br /><br />Sobre a censura à música, o compositor Aldir Blanc conta:<br /><br /><em>"Tivemos diversos problemas com a censura. Ouvimos ameaças veladas de que a Marinha não toleraria loas a um marinheiro que quebrou a hierarquia e matou oficiais etc. Fomos várias vezes censurados, apesar das mudanças que fazíamos, tentando não mutilar o que considerávamos as idéias principais da letra. Minha última ida ao Departamento de Censura, então funcionando no Palácio do Catete, me marcou profundamente. Um sujeito, bancando o durão, (...) mãos na cintura, eu sentado numa cadeira e ele de pé, com a coronha da arma no coldre há uns três centímetros do meu nariz. Aí, um outro, bancando o "bonzinho", disse mais ou menos o seguinte:<br />- Vocês não então entendendo... Estão trocando as palavras como revolta, sangue etc. e não é aí que a coisa tá pegando...<br />Eu, claro, perguntei educadamente se ele poderia me esclarecer melhor. E, como se tivesse levado um "telefone" nos tímpanos, ouvi, estarrecido a resposta, em voz mais baixa, gutural, cheia de mistério, como quem dá uma dica perigosa:<br />- O problema é essa história de negro, negro, negro...</em>"<br /><br /><table style="font-size: 12px;" width="95%" border="1" cellpadding="3" cellspacing="3"> <tbody><tr valign="top"> <td width="49%" bgcolor="#dbdbb7"><strong>O Mestre Sala dos Mares</strong><br /> (João Bosco / Aldir Blanc)<br /><br />(letra original sem censura)<br /><br /> Há muito tempo nas águas da Guanabara<br />O dragão do mar reapareceu<br />Na figura de um bravo marinheiro<br />A quem a história não esqueceu<br /><br />Conhecido como o almirante negro<br />Tinha a dignidade de um mestre sala<br />E ao navegar pelo mar com seu bloco de fragatas<br />Foi saudado no porto pelas mocinhas francesas<br />Jovens polacas e por batalhões de mulatas<br /><br />Rubras cascatas jorravam das costas<br />dos negros pelas pontas das chibatas<br />Inundando o coração de toda tripulação<br />Que a exemplo do marinheiro gritava então<br /><br />Glória aos piratas, às mulatas, às sereias<br />Glória à farofa, à cachaça, às baleias<br /><br />Glória a todas as lutas inglórias<br />Que através da nossa história<br />Não esquecemos jamais<br /><br />Salve o almirante negro<br />Que tem por monumento<br />As pedras pisadas do cais<br />Mas faz muito tempo </td> <td width="51%" bgcolor="#eeeeee"><strong>O Mestre Sala dos Mares</strong><br /> (João Bosco / Aldir Blanc)<br /><br />(letra após censura durante ditadura militar)<br /><br />Há muito tempo nas águas da Guanabara<br />O dragão do mar reapareceu<br /> Na figura de um bravo <strong>feiticeiro</strong><br />A quem a história não esqueceu<br /><br /> Conhecido como o <strong>navegante</strong> negro<br />Tinha a dignidade de um mestre sala<br /> E ao acenar pelo mar <strong>na alegria das regatas</strong><br /> Foi saudado no porto pelas mocinhas francesas<br />Jovens polacas e por batalhões de mulatas<br /><br />Rubras cascatas jorravam das costas<br /> dos <strong>santos</strong> entre cantos e chibatas<br /> Inundando o coração do <strong>pessoal do porão</strong><br /> Que a exemplo do <strong>feiticeiro</strong> gritava então<br /><br />Glória aos piratas, às mulatas, às sereias<br />Glória à farofa, à cachaça, às baleias<br /><br />Glória a todas as lutas inglórias<br />Que através da nossa história<br />Não esquecemos jamais<br /><br /> Salve o <strong>navegante</strong> negro<br />Que tem por monumento<br />As pedras pisadas do cais<br />Mas faz muito tempo </td> </tr> </tbody></table><br />Fonte: <i>História do Negro Brasileiro</i>, Clóvis Moura, São Paulo: Editora Ática S.A., 1992 | <i>CEFET (SP)</i></blockquote></div>Formação em Informaçãohttp://www.blogger.com/profile/13926515787396088838noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3300327125555006458.post-14239569098802908862009-05-17T10:27:00.000-07:002009-05-17T11:03:31.720-07:00Esculturas de Areia (Muito Bem Trabalhadas)<div id="HOTWordsTxt" name="HOTWordsTxt">Postado Por:<br /><a href="http://:www.mundogump.com.br/incriveis-esculturas-de-areia/"><br />Mundo Grump</a><br /><br />Você pode não acreditar nas imagens que verá neste post. São as mais incríveis obras de arte, feitas apenas com areia. Testemunhas efêmeras que mostram o poder incomensurável de criação do ser humano. <p>Anualmente, festivais de diversos países elegem os melhores escultores de areia do mundo.</p> <p style="text-align: center;"><img class="aligncenter" src="http://i52.photobucket.com/albums/g37/philipe3d/Picture1.jpg" alt="" /></p> <p>São pessoas obstinadas e de incrível talento que se reúnem em times ou trabalham sozinhas, em obras de areia que vão de pequenas cestas de batatas ultra-realistas a verdadeiros castelos de sonho.</p> <p style="text-align: center;"><img class="aligncenter" src="http://i52.photobucket.com/albums/g37/philipe3d/wdl-4.jpg" alt="" /></p> <p>Obras faraônicas que em pouco tempo se vão com o vento e a chuva, mas que ficam guardados eternamente em nossas memórias.</p> <p>A seleção mostrada aqui envolve o trabalho de centenas de pessoas de diversos lugares do mundo.<br /></p> <p><span id="more-3378"></span></p> <p style="text-align: center;"><img class="aligncenter" src="http://i52.photobucket.com/albums/g37/philipe3d/a400_s3.jpg" alt="" /></p> <p style="text-align: center;"> <img class="aligncenter" src="http://i52.photobucket.com/albums/g37/philipe3d/10-2.jpg" alt="" /></p> <p style="text-align: center;"><img class="aligncenter" src="http://i52.photobucket.com/albums/g37/philipe3d/101751.jpg" alt="" width="490" height="367" /></p> <p style="text-align: center;"><img class="aligncenter" src="http://i52.photobucket.com/albums/g37/philipe3d/108.jpg" alt="" /></p> <p style="text-align: center;"><img class="aligncenter" src="http://i52.photobucket.com/albums/g37/philipe3d/12.jpg" alt="" /></p> <p style="text-align: center;"><img class="aligncenter" src="http://i52.photobucket.com/albums/g37/philipe3d/1215315690.png" alt="" /></p> <p style="text-align: center;"><img class="aligncenter" src="http://i52.photobucket.com/albums/g37/philipe3d/18-belgium-sea-sculpture-070208.jpg" alt="" /></p> <p style="text-align: center;"><img class="aligncenter" src="http://i52.photobucket.com/albums/g37/philipe3d/1_3.jpg" alt="" /></p> <p style="text-align: center;"><img class="aligncenter" src="http://i52.photobucket.com/albums/g37/philipe3d/2188528181_c0efc33991_o.jpg" alt="" width="503" height="334" /></p> <p style="text-align: center;"><br /></p> <p style="text-align: center;"><img class="aligncenter" src="http://i52.photobucket.com/albums/g37/philipe3d/2191701521_7501df96ea_o.jpg" alt="" width="547" height="364" /></p> <p style="text-align: center;"><img class="aligncenter" src="http://i52.photobucket.com/albums/g37/philipe3d/2194279689_d22b59d391_o.jpg" alt="" width="493" height="328" /></p> <p style="text-align: center;"><img class="aligncenter" src="http://i52.photobucket.com/albums/g37/philipe3d/26571_3_468.jpg" alt="" /></p> <p style="text-align: center;"><img class="aligncenter" src="http://i52.photobucket.com/albums/g37/philipe3d/2679690665_4e02a91131.jpg" alt="" /></p> <p style="text-align: center;"><img class="aligncenter" src="http://i52.photobucket.com/albums/g37/philipe3d/2qx70vp.jpg" alt="" /></p> <p style="text-align: center;"><img class="aligncenter" src="http://i52.photobucket.com/albums/g37/philipe3d/3.jpg" alt="" /></p> <p style="text-align: center;"><img class="aligncenter" src="http://i52.photobucket.com/albums/g37/philipe3d/3586365.jpg" alt="" /></p> <p style="text-align: center;"><img class="aligncenter" src="http://i52.photobucket.com/albums/g37/philipe3d/38394.jpg" alt="" width="502" height="301" /></p> <p style="text-align: center;"><img class="aligncenter" src="http://i52.photobucket.com/albums/g37/philipe3d/410.jpg" alt="" /></p> <p style="text-align: center;"><img class="aligncenter" src="http://i52.photobucket.com/albums/g37/philipe3d/726600467_5bf8e41026.jpg" alt="" /></p> <p style="text-align: center;"><img class="aligncenter" src="http://i52.photobucket.com/albums/g37/philipe3d/800px-Torre_de_Belm_in_sand_-_FIESA.jpg" alt="" width="534" height="399" /></p> <p style="text-align: center;"> </p><p style="text-align: center;"><img class="aligncenter" src="http://i52.photobucket.com/albums/g37/philipe3d/a400_s14.jpg" alt="" /></p> <p style="text-align: center;"> </p><p><img src="http://i52.photobucket.com/albums/g37/philipe3d/a400_s5.jpg" alt="" /></p> <p style="text-align: center;"><img class="aligncenter" src="http://i52.photobucket.com/albums/g37/philipe3d/asandsculpture-russian.jpg" alt="" width="519" height="346" /></p> <p style="text-align: center;"><img class="aligncenter" src="http://i52.photobucket.com/albums/g37/philipe3d/at.jpg" alt="" width="472" height="286" /></p> <p style="text-align: center;"><img class="aligncenter" src="http://i52.photobucket.com/albums/g37/philipe3d/ATT00026.jpg" alt="" /></p> <p style="text-align: center;"><img class="aligncenter" src="http://i52.photobucket.com/albums/g37/philipe3d/ATT00068.jpg" alt="" /></p> <p style="text-align: center;"><img class="aligncenter" src="http://i52.photobucket.com/albums/g37/philipe3d/dan-belcher-4.jpg" alt="" /></p> <p style="text-align: center;"><img class="aligncenter" src="http://i52.photobucket.com/albums/g37/philipe3d/ATT2.jpg" alt="" /></p> <p style="text-align: center;"><img class="aligncenter" src="http://i52.photobucket.com/albums/g37/philipe3d/Brugge_carvers.jpg" alt="" /></p> <p style="text-align: center;"><img class="aligncenter" src="http://i52.photobucket.com/albums/g37/philipe3d/carvers.jpg" alt="" /></p> <p style="text-align: center;"><img class="aligncenter" src="http://i52.photobucket.com/albums/g37/philipe3d/dan-belcher-3.jpg" alt="" /></p> <p style="text-align: center;"><img class="aligncenter" src="http://i52.photobucket.com/albums/g37/philipe3d/denevan3.jpg" alt="" /></p> <p style="text-align: center;"><img class="aligncenter" src="http://i52.photobucket.com/albums/g37/philipe3d/Dino_02.jpg" alt="" /></p> <p style="text-align: center;"><img class="aligncenter" src="http://i52.photobucket.com/albums/g37/philipe3d/DSC01204.jpg" alt="" /></p> <p style="text-align: center;"><img class="aligncenter" src="http://i52.photobucket.com/albums/g37/philipe3d/fairytale.jpg" alt="" /></p> <p style="text-align: center;"><img class="aligncenter" src="http://i52.photobucket.com/albums/g37/philipe3d/fat_man_sitting.jpg" alt="" /></p> <p style="text-align: center;"><img class="aligncenter" src="http://i52.photobucket.com/albums/g37/philipe3d/gal_sandsculpture_1.jpg" alt="" /></p> <p style="text-align: center;"><img class="aligncenter" src="http://i52.photobucket.com/albums/g37/philipe3d/gal_sandsculpture_3.jpg" alt="" /></p> <p style="text-align: center;"> </p><p><img class="aligncenter" src="http://i52.photobucket.com/albums/g37/philipe3d/gal_sandsculpture_4.jpg" alt="" /></p> <p style="text-align: center;"><img class="aligncenter" src="http://i52.photobucket.com/albums/g37/philipe3d/gal_sandsculpture_9.jpg" alt="" width="456" height="341" /></p> <p style="text-align: center;"><img class="aligncenter" src="http://i52.photobucket.com/albums/g37/philipe3d/human-sand-sculpture_CNSbf_59.jpg" alt="" /></p> <p style="text-align: center;"><img class="aligncenter" src="http://i52.photobucket.com/albums/g37/philipe3d/imgB1170860768img45c9eae032645.jpg" alt="" /></p> <p style="text-align: center;"><img class="aligncenter" src="http://i52.photobucket.com/albums/g37/philipe3d/imgH1170860787img45c9eaf3d8a32.jpg" alt="" /></p> <p style="text-align: center;"><img class="aligncenter" src="http://i52.photobucket.com/albums/g37/philipe3d/incrivel.jpg" alt="" /></p> <p style="text-align: center;"><img class="aligncenter" src="http://i52.photobucket.com/albums/g37/philipe3d/kingsandsculpture.jpg" alt="" /></p> <p style="text-align: center;"><img class="aligncenter" src="http://i52.photobucket.com/albums/g37/philipe3d/kingsand4.jpg" alt="" /></p> <p style="text-align: center;"><img class="aligncenter" src="http://i52.photobucket.com/albums/g37/philipe3d/p7230007_mid.jpg" alt="" /></p> <p style="text-align: center;"><img class="aligncenter" src="http://i52.photobucket.com/albums/g37/philipe3d/p7230010_mid.jpg" alt="" width="482" height="361" /></p> <p style="text-align: center;"><img class="aligncenter" src="http://i52.photobucket.com/albums/g37/philipe3d/Picture3.jpg" alt="" /></p> <p style="text-align: center;"><img class="aligncenter" src="http://i52.photobucket.com/albums/g37/philipe3d/Picture4.png" alt="" /></p> <p style="text-align: center;"><br /></p> <p style="text-align: center;"><img class="aligncenter" src="http://i52.photobucket.com/albums/g37/philipe3d/Sand.jpg" alt="" /></p> <p style="text-align: center;"><img class="aligncenter" src="http://i52.photobucket.com/albums/g37/philipe3d/sand-castle.jpg" alt="" /></p> <p style="text-align: center;"><img class="aligncenter" src="http://i52.photobucket.com/albums/g37/philipe3d/sand-castle-contest.jpg" alt="" /></p> <p style="text-align: center;"><img class="aligncenter" src="http://i52.photobucket.com/albums/g37/philipe3d/sand13-520x314.jpg" alt="" width="441" height="266" /></p> <p style="text-align: center;"><img class="aligncenter" src="http://i52.photobucket.com/albums/g37/philipe3d/Sand_sculpture.jpg" alt="" /></p> <p style="text-align: center;"> </p><p><img class="aligncenter" src="http://i52.photobucket.com/albums/g37/philipe3d/sand_sculpture_1.jpg" alt="" /></p> <p style="text-align: center;"><img class="aligncenter" src="http://i52.photobucket.com/albums/g37/philipe3d/sand_sculpture_10.jpg" alt="" /></p> <p style="text-align: center;"><img class="aligncenter" src="http://i52.photobucket.com/albums/g37/philipe3d/Sand_Sculptures_27.jpg" alt="" /></p> <p style="text-align: center;"><img class="aligncenter" src="http://i52.photobucket.com/albums/g37/philipe3d/Sand_Sculptures_55.jpg" alt="" /></p> <p style="text-align: center;"><img class="aligncenter" src="http://i52.photobucket.com/albums/g37/philipe3d/sandcastle_to_sun_1sfw.jpg" alt="" /></p> <p style="text-align: center;"><img class="aligncenter" src="http://i52.photobucket.com/albums/g37/philipe3d/sandlatvia5.jpg" alt="" /></p> <p style="text-align: center;"><img class="aligncenter" src="http://i52.photobucket.com/albums/g37/philipe3d/sandology.jpg" alt="" /></p> <p style="text-align: center;"><img class="aligncenter" src="http://i52.photobucket.com/albums/g37/philipe3d/sandscu3.jpg" alt="" /></p> <p style="text-align: center;"><img class="aligncenter" src="http://i52.photobucket.com/albums/g37/philipe3d/sandsculpt_lead.jpg" alt="" /></p> <p style="text-align: center;"><img class="aligncenter" src="http://i52.photobucket.com/albums/g37/philipe3d/SandSculptures09.jpg" alt="" /></p> <p style="text-align: center;"><img class="aligncenter" src="http://i52.photobucket.com/albums/g37/philipe3d/SandSculptures25.jpg" alt="" /></p> <p><img src="http://i52.photobucket.com/albums/g37/philipe3d/sculp.jpg" alt="" /></p> <p style="text-align: center;"><img class="aligncenter" src="http://i52.photobucket.com/albums/g37/philipe3d/tn_sandsculptures-in-vienna-49.jpg" alt="" /></p> <p style="text-align: center;"><img class="aligncenter" src="http://i52.photobucket.com/albums/g37/philipe3d/warriorsandsculpture.jpg" alt="" /></p> <p style="text-align: center;"><img class="aligncenter" src="http://i52.photobucket.com/albums/g37/philipe3d/wdl-7.jpg" alt="" /></p> <p style="text-align: center;"><img class="aligncenter" src="http://i52.photobucket.com/albums/g37/philipe3d/worldrecordsandcastle.jpg" alt="" /></p> <p style="text-align: center;"> </p><p style="text-align: center;"><img class="aligncenter" src="http://i52.photobucket.com/albums/g37/philipe3d/zand066.jpg" alt="" /></p> <p style="text-align: center;"><img class="aligncenter" src="http://i52.photobucket.com/albums/g37/philipe3d/Zeebrugge_1997.jpg" alt="" /></p> <p style="text-align: center;"><img class="aligncenter" src="http://i52.photobucket.com/albums/g37/philipe3d/zand.jpg" alt="" /></p> <p style="text-align: center;"><img class="aligncenter" src="http://i52.photobucket.com/albums/g37/philipe3d/md1hub.jpg" alt="" /></p> <p style="text-align: center;">E aí? Gostou? Comenta aí.</p> </div>Formação em Informaçãohttp://www.blogger.com/profile/13926515787396088838noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3300327125555006458.post-28457072146276842942009-05-05T16:38:00.000-07:002009-05-09T19:34:26.534-07:00Discutindo o texto...<div style="text-align: center;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrGnPOqZipZIMHoJg4BxYuqMh2nzFMcKzZfD0-_3B_mfCAZ-ec-k7Z3GgUIiRLuVUX2ptJ4A11AZhqrVb9P-b4j5uQpy40i5J_5L6BYHDqKRiDGypR6vbqgThSAyPjTBiNPBa3gY0S5l9n/s1600-h/9.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 93px; height: 124px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrGnPOqZipZIMHoJg4BxYuqMh2nzFMcKzZfD0-_3B_mfCAZ-ec-k7Z3GgUIiRLuVUX2ptJ4A11AZhqrVb9P-b4j5uQpy40i5J_5L6BYHDqKRiDGypR6vbqgThSAyPjTBiNPBa3gY0S5l9n/s320/9.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5332501287511087730" border="0" /></a><br /></div><br /><span style="font-size:130%;"> </span><div style="text-align: justify;"><span style="font-size:130%;"><span style="font-weight: bold;">1.Como e por que diferentes tecnologias intelectuais geram estilos de pensamentos diferentes?</span></span><br /></div><br /><div style="text-align: justify;">É inerente ao ser humano o fato de estar em constante crescimento intelectual e aprimoramento cultural e tecnológico, os três tempos do espírito segundo Piery Levi (Oralidade, Escrita e Informática), não só pertencem a<span style="font-size:130%;"> </span><span style="color: rgb(102, 0, 204); font-weight: bold;font-size:130%;" >épocas diferentes</span><span style="font-size:130%;">,</span> como também <span style="font-weight: bold; color: rgb(51, 51, 255);font-size:130%;" >as carcterizam</span> e por esse motivo é possível dizer que em cada tempo ou momento da intelectualidade o homem se encontra em estágios diferentes, para cada etapa concebe um pensamento, sendo que na oralidade ele forma principios, na escrita registra sua história e na era da informática consegue globalizar suas idéias e expandir sua comunicação.<br /><br />Os três se entrelaçam, pois são contínuos, porém se distinguem não só pelo contexto em que estão inseridos mas também pelos recursos que dispõem em cada etapa, portanto o homem muda o seu pensamento porque pretende evoluir e para isso deve quebrar paradigmas<span style="font-weight: bold;">,</span> nesse caso este não é apenas mais um produto da sociedade mais formador da mesma.<br /><br /></div><br /><div style="text-align: justify;"><span style="font-size:130%;"><span style="font-weight: bold;">2. Quais são as representações que têm mais chance de sobreviver nas ecologias cognitivas essencilamente compostas por memórias humanas?</span></span><br /></div><br /><div style="text-align: justify;">As represntações orais ao serem manifestadas conseguem traduzir o contexto histórico de um povo e desperta-lhe sua perspectiva de mundo,pois premitem que uma geração transmita a outra os marcos de seu passado e os traços encontrados no presente norteando-o para o povir, vemos que o oral independe de suportes eletrônicos ou até mesmo de registros escritos, seu arquivo ou sua fonte são o próprio homem , nele se encontram as perguntas e respostas do seu próprio dilema, onde os valores e/ou costumes são compostos e preservados unicamente na memória humana.<br /><span style="font-size:130%;"><br /></span></div><span style="font-size:130%;"><span style="font-weight: bold;">3. Qual seria o tempo secretado pela informatização?</span><br /></span><br /><div style="text-align: justify; color: rgb(51, 102, 102);">É possível dizer que nenhum dos três, porque como já foi dito, a informatização não vem para ocultar valores, ou desmintir os outros tempos (oralidade e escrita),mas para <span style="font-weight: bold; color: rgb(51, 51, 255);font-size:130%;" >evidenciá-los</span> e aliada a estes propagar um novo momento da história: o surgimento da Sociedade da Informação.<br /></div>Formação em Informaçãohttp://www.blogger.com/profile/13926515787396088838noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3300327125555006458.post-74535715301077843142009-05-03T14:36:00.000-07:002009-05-03T14:40:22.642-07:00Câmara debate projeto da Lei do Preço Único para os livros no Brasil<p style="text-align: justify;">A Frente Parlamentar Mista de Leitura promoveu no dia 02 de abril deste ano audiência pública para analisar as vantagens e desvantagens do Brasil adotar a Lei do Preço Único para regulamentar a venda de livros no Brasil. A proposta da Lei do Preço Único é defendida pela Associação Nacional de Livrarias (ANL) e por outras entidades do setor, como a Associação Estadual de Livrarias do Rio de Janeiro (AEL). Mas o projeto encontra resistência por parte do Sindicato Nacional de Editores de Livros (SNEL) e é criticada por entidades de defesa do consumidor, já que a proposta acabará com as promoções de preços dos sites de compras.<br /><br />“Temos muitos argumentos e pouco entendimento. Por isso, marcamos essa audiência pública para analisar profundamente a matéria. Nosso objetivo é o de encontrar a melhor solução para estimular a leitura no país, fortalecendo todos os elos da cadeia produtiva do livro”, explica o deputado federal Marcelo Almeida (PMDB-PR), presidente da Frente Parlamentar do Livro.<br /><br />A mesa de debates da audiência pública foi composta pelo deputado Marcelo Almeida, pelo presidente da ANL, Vitor Tavares, pela presidente da AEL, Milena Duchiade, pelo vice-presidente do SNEL, Mauro Koogan Lorch e pelo economista Fábio de Sá Earp. Rosely Boschini, presidente da Câmara Brasileira do Livro, e Jorge Yunes, presidente do Instituto Pró-Livro e da Associação Brasileira dos Editores de Livros (Abrelivros), também participaram da audiência, assim como os economistas George Edward Kornis e Luiz Carlos Delorme Prado.<br /><br />O preço fixo do livro existe desde 1888 na Europa. Há uma grande variedade de sistemas para preços de livro operando nos mercados livreiros Europeus. A França, Espanha, Portugal e Grécia têm uma legislação de fixação de preços de livros, que torna, ilegal e uma ofensa, oferecer descontos em preços de livro de varejo, que tinham sido determinados por editores, exceto em limites e circunstancias pré determinados.<br /><br />Outros países, como Alemanha, Áustria, Holanda, Itália, Dinamarca e Noruega, possuem sistemas de fixação de preço, mas estes são operados como acordos comerciais. Tais acordos restritivos, que na maior parte das formas de comércio são ilegais, nestes países são aceitos pelos respectivos governos para o comércio de livros, mas estão sujeitos a revisões regulares para reavaliação dos benefícios.<br /><br />O Reino Unido abandonou o preço fixo há poucos anos e a Irlanda não o aplica mais depois de que se declarou não conforme com as regras de concorrência das autoridades judiciárias irlandesas. A Suécia e a Finlândia não têm mais preço fixo desde o começo dos anos 70.<br /><br />Na América Latina, México, Equador e Argentina têm leis do preço único.<br /><br />“Temos que analisar de forma criteriosa os prós e contras dessa proposta, tendo como principal foco a melhoria dos índices de leitura no país e a qualidade do que é lido por crianças, jovens e adultos. Esse é o principal objetivo do trabalho da Frente Parlamentar da Leitura e sei que essa audiência pública resultará numa grande contribuição para todos”, destaca o deputado Marcelo Almeida.</p>Formação em Informaçãohttp://www.blogger.com/profile/13926515787396088838noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3300327125555006458.post-85445809062000601152009-05-03T13:51:00.000-07:002009-05-03T14:05:36.946-07:00Livro falado, uma questão de cidadania<p style="text-align: justify;"><strong><span style="font-weight: bold; color: rgb(51, 51, 255);">Olá biblioamigos, falando em <span style="color: rgb(51, 51, 51);">oralidade</span> e defendendo-a como <span style="color: rgb(0, 0, 0);">tecnologia</span> sempre atual e um fator fundamental da comunicação, vemos que Pierry Levi foi muito feliz quando afirmou que o <span style="color: rgb(0, 0, 102);">tempo da escrita e o tempo virtual </span><span style="color: rgb(102, 51, 51);"><span style="color: rgb(0, 0, 102);">vieram aprimorar e não substituí-la</span></span> (a oralidade) conseguimos relacioná-la perfeitamente com a novidade abaixo:</span><br /></strong></p><p><strong>Fonte:Prêmio Vivaleitura 2007<br /></strong><br /><em>Fotos: Daniela Dacorso, Denis Ferreira Neto e Futura Press</em><br /></p><div style="text-align: center;"><img alt="" src="http://www.brasilquele.com.br/images/20080402192706.jpg" align="baseline" border="0" hspace="0" /><br /></div><p><em>A produção de livros falados envolveu 46 alunos da Escola Palmares e um conjunto de ações<br /><br /></em></p><div style="text-align: justify;">Quando Vanessa Ribeiro, professora de Língua Portuguesa contou a seus alunos da 7ª série do Ensino Fundamental, da escola privada Palmares, de Curitiba, que colaborava para aumentar o acervo de livros falados da Biblioteca Pública do Paraná, logo eles se interessaram em conhecer a experiência. Foram levados à seção de audiolivros da biblioteca, criada para pessoas portadoras de eficiências visuais. Ficaram impressionados com a diferença entre as gravações feitas com voz humana e aquelas produzidas com vozes sintetizadas. Os livros digitalizados, ao contrário dos gravados com voz humana, lhes pareceram frios e distantes, sem expressar nenhuma emoção. Conheceram, assim, os aspectos técnicos que limitam a produção de livros falados e a falta de voluntários para essa tarefa. Ao perceberem a oportunidade de contribuir para o aumento desse acervo, o entusiasmo foi geral.<br /></div><p><br /><img alt="" src="http://www.brasilquele.com.br/images/20080402192752.jpg" align="baseline" border="0" hspace="0" /><br /><em>Adequadamente preparados, os alunos participam da gravação - na foto, Camila da 7.ª série<br /><br /></em></p><div style="text-align: justify;">O projeto Livro falado, iniciado em 2006, teve a participação de 46 alunos na sua segunda edição e contabiliza muitos ganhos. Do ponto de vista da aprendizagem específica da disciplina, os alunos desenvolveram a oralidade, treinaram o ritmo de leitura, a entonação e as pausas relativas à pontuação e aos parágrafos. Foram incentivados também a ler mais e melhor, além de aprender a pesquisar e selecionar textos com a finalidade de atender a um público específico. A biblioteca pública, por sua vez, aumentou o acervo de livros falados, em especial de literatura infanto-juvenil, que representava sua maior carência.<br /></div><p><br /><img alt="" src="http://www.brasilquele.com.br/images/20080402192831.jpg" align="baseline" border="0" hspace="0" /><br /><em>Usuário portador de deficiência visual, confere o resultado do trabalho<br /></em><br /></p><div style="text-align: justify;">Assim, todos saíram ganhando. Foram feitas gravações de livros interessantes, com leituras de qualidade. Os alunos da professora Vanessa lêem cada vez mais e os usuários da Biblioteca Municipal de Curitiba passaram a ter mais opções de livros falados.<br /><br /><span style="color: rgb(51, 51, 255); font-weight: bold;">E em Juazeiro do Norte, por que não?</span><br /></div>Formação em Informaçãohttp://www.blogger.com/profile/13926515787396088838noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3300327125555006458.post-16626471177859990092009-05-03T13:45:00.000-07:002009-05-03T13:47:18.823-07:00Cordel: Rimas que encantam<p><strong>Portal Prêmio Vivaleitura</strong><br /><br /></p><div style="text-align: justify;">Francisca das Chagas Menezes Sousa é professora da 8ª série de uma escola rural em São Gonçalo do Amarante, interior do Ceará. Sua premissa é de que não existem alunos sem interesse pela leitura. Acredita que isso depende muito do assunto abordado no texto.<br /></div><p><br /></p><div style="text-align: center;"><img alt="" src="http://www.brasilquele.com.br/images/20070614101328.jpg" align="baseline" border="0" hspace="0" /><br /></div><p><br /></p><div style="text-align: justify;">Como sabia do gosto de seus alunos pela embolada (textos declamados rapidamente sobre notas repetidas), resolveu fazer uma experiência com o cordel. Escolheu essa forma poética por um interesse que ela própria cultiva desde a infância. Quando ia visitar seus avós no interior do Piauí, seu avô, analfabeto, abria a chamada “caixinha de romance” para que a neta lesse os cordéis que ele guardava ali. A menina foi ficando fascinada por essas histórias e sua peculiar forma narrativa.<br /></div><div style="text-align: justify;"><br />Hoje, em suas aulas, Francisca utiliza o cordel como referência para trabalhos de leitura e escrita, propiciando aos alunos uma boa diversidade de situações didáticas. Eles atuam como protagonistas e não apenas como executores de tarefas. Aprenderam a ler em voz alta. Tomaram contato com a história de seus antepassados e mergulharam a fundo nas tradições do lugar onde vivem. A comunidade também participou do projeto.<br /><br />Estudando a literatura de cordel, os alunos de Francisca aprenderam a trabalhar com as rimas e a métrica. Pesquisaram na biblioteca e organizaram, com sucesso, uma “noitada cordelista” na escola. Além disso, criaram o Cordel Ambulante, em que se deslocam pela comunidade para ler literatura de cordel para os moradores.<br /></div><p><br /><img alt="" src="http://www.brasilquele.com.br/images/20070614101513.jpg" align="baseline" border="0" hspace="0" /></p>Formação em Informaçãohttp://www.blogger.com/profile/13926515787396088838noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3300327125555006458.post-79170240217326549572009-05-03T13:40:00.001-07:002009-05-03T13:40:49.991-07:00Ano da França no Brasil<p>A abertura oficial do <strong><span style="color: rgb(255, 102, 0);"><a linkindex="24" href="http://iurirubim.blog.terra.com.br/2009/05/02/ba-ano-da-franca-no-brasil-enfatiza-a-mesticagem/www.anodafrancanobrasil.cultura.gov.br/">Ano da França no Brasil - França.Br</a></span></strong>, no dia 21 de abril, inaugurou uma temporada de imersão dos brasileiros na cultura francesa. Calcula-se que a extensa programação - que vai desde residências artísticas a exposições e desfiles de moda - possa atingir entre 30 e 40 milhões de pessoas, em 15 cidades do país.</p> <p>Calcula-se que o país receberá aproximadamente 400 atividades até o final de 2009. Cerca de 50 delas devem acontecer na Bahia.</p> <p>A forte influência da matriz africana no Estado edificou uma ponte sobre o Atlântico, diretamente para a África francófona. Assim, a versão baiana do França.Br tem a mestiçagem como uma de suas principais características, incorporando as influências do continente negro (<strong><span style="color: rgb(255, 102, 0);"><a linkindex="25" href="http://www.cultura.ba.gov.br/conteudo/programas/sistema_estadual_cultura/downloads/programacao-ano-da-franca-no-brasil-2013-edicao-bahia/attachment_download/file">veja programação</a></span></strong>).</p> <p>Isso não quer dizer, é claro, que a cultura francesa clássica não esteja presente com escritores, instrumentistas eruditos e até mesmo uma oficina de formação de luthiers (profissionais especializados em reparo e restauração de instrumentos musicais).</p> <p><strong>Programação mestiça</strong></p> <p>Iniciada antes mesmo da abertura oficial do França.Br, a residência artística Culturas Crioulas - Olhares Cruzados promoveu de jovens artistas das Escolas de Belas Artes de Salvador e da Ilhas de Reunião, departamento francês no Oceano Índico. A residência durou 20 dias, entre 3 e 23 do mês passado.</p> <p>Também no dia 23 foi apresentado o espetáculo de dança “#im3″, da Cia Toufik Oudrhiri Idrissi. A companhia do coreógrafo e intéprete marroquino Toufik trabalha ainda num processo de criação conjunta com a <strong><span style="color: rgb(255, 102, 0);"><a linkindex="26" href="http://www.teatrovilavelha.com.br/teatro/viladanca/viladanca.htm">Cia Viladança</a></span></strong>, cujo resultado será apresentado no mês de setembro.</p> <p><a linkindex="27" href="http://iurirubim.blog.terra.com.br/files/2009/05/02052009_logo.jpg"><img class="aligncenter size-medium wp-image-1869" src="http://iurirubim.blog.terra.com.br/files/2009/05/02052009_logo-300x73.jpg" alt="" width="300" height="73" /></a></p> <p>O universo da dança também é representado pelo coreógrafo e dançarino da Costa do Marfim <strong><span style="color: rgb(255, 102, 0);"><a linkindex="28" href="http://www.ladanse.com/momboye/">Georges Momboye</a></span></strong>. Radicado no país de Napoleão desde 1992, Momboye propõe uma visão da França mestiça contemporânea.</p> <p>Símbolo máximo da ligação entre França, África e Bahia, o antropólogo francês Pierre Verger é tema de três atividades previstas no programa. Em junho, o fotógrafo do Benin Charles Placide Toussou faz residência artística na <strong><span style="color: rgb(255, 102, 0);"><a linkindex="29" href="http://www.pierreverger.org/">Fundação Pierre Verger</a></span></strong>, intitulada “Sobre os Vestígios de Pierre Verger”.</p> <p>Durante o “Agosto da Fotografia”, as obras do antropólogo francês fazem parte da exposição “À procura de um olhar: fotógrafos franceses e brasileiros revelam o Brasil”.</p> <p>Já no dia 15 de setembro, é aberta a exposição “Paris de Pierre Verger”, sobre o ambiente cultural e artístico parisiense dos anos 30, com fotografias do próprio Verger e de outros fotógrafos franceses.</p> <p>Com atores baianos, os espetáculos teatrais “Combate de Negro e de Cães” e “Tabataba”, do diretor francês Philip Boulay percorrerão espaços públicos e cidades do interior da Bahia durante quase quatro meses, entre 21/8 e 15/11.</p> <div id="attachment_1870" class="wp-caption aligncenter" style="width: 210px;"><a linkindex="30" href="http://iurirubim.blog.terra.com.br/files/2009/05/02052009_toufik.jpg"><img class="size-medium wp-image-1870" src="http://iurirubim.blog.terra.com.br/files/2009/05/02052009_toufik-200x300.jpg" alt="A Cia. Troufik OI criará espetáculo em conjunto com companhia de dança baiana " width="200" height="300" /></a><p class="wp-caption-text">A Cia. Troufik OI criará espetáculo com companhia de dança baiana </p></div> <p>Em outubro, a mostra “50 Anos do Cinema da África Francófona: olhares em reconstrução e identidades reinventadas” traz à Bahia uma seleção de obras clássicas do cinema africano, algumas jamais exibidas no Brasil.</p> <p>A coroação do elogio à cultura mestiça no programa baiano da França.Br é a inauguração do Centro de Músicas Negras, no dia 13 de novembro, seguida imediatamente pelo Festival de Músicas Mestiças (13 e 14/11), uma edição especial do Festival de Angouleme de Musique Mestisses. Ambas atividades ocorrem no <strong><span style="color: rgb(255, 102, 0);"><a linkindex="31" href="http://carlinhosbrown.com.br/universo/museu-du-ritmo/">Museu du Ritmo</a></span></strong>, espaço cultural do músico baiano Carlinhos Brown.</p> <p>(fotos: Site Oficial Georges Momboye [1]; João Garcia [2])</p>Formação em Informaçãohttp://www.blogger.com/profile/13926515787396088838noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3300327125555006458.post-52060352737737314812009-05-03T13:22:00.000-07:002009-05-03T13:35:13.528-07:00A maior biblioteca comunitária do mundo<div style="text-align: center;"><div style="text-align: right;"><strong><img alt="" src="http://www.brasilquele.com.br/images/20080409223534.jpg" align="baseline" border="0" hspace="0" /></strong><br /></div><strong></strong></div><br />Muitos dos moradores de São José do Paiaiá, distrito de <a linkindex="27" href="http://www.google.com/maps?f=q&hl=pt-BR&geocode=&q=Nova+Soure,+BA&ie=UTF8&ll=-11.856599,-38.995972&spn=3.778687,5.108643&z=8" target="_blank">Nova Soure (BA)</a>, sequer sabiam o que era uma biblioteca até a inauguração da <a linkindex="28" href="http://www.geocities.com/mnpbiblio/pg_1.swf" target="_blank">Biblioteca Comunitária Maria das Neves Prado</a>, em 2002.<br /><br />Hoje, a instituição tem quase 50 mil livros e seus fundadores a classificam como a maior biblioteca comunitária do mundo instalada em comunidades rurais com até 50 mil habitantes.<br /><br /><img alt="" src="http://www.brasilquele.com.br/images/20080409223641.jpg" align="baseline" border="0" hspace="0" /><br /><br />A chegada da biblioteca transformou o pequeno povoado que fica a 320 quilômetros de Salvador num oásis em pleno semi-árido. A comunidade, um povoado com população inferior a mil pessoas e apenas uma rua pavimentada, passou até a receber visitantes de cidades próximas.<br /><br />São 450 usuários por mês na incansável biblioteca, que funciona todos os dias, das 8 às 21h, inclusive domingos e feriados.<br /><br /><img alt="" src="http://www.brasilquele.com.br/images/20080409223707.jpg" align="baseline" border="0" hspace="0" /><br /><br />A biblioteca comunitária estampa em sua fachada uma epígrafe do dramaturgo alemão Bertold Brecht: “O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos...”.<br /><br />Além de extenso, o acervo tem cerca de 2 mil obras raras. Lá é possível encontrar preciosidades como a primeira edição de “Casa Grande & Senzala”, de Gilberto Freyre, a obra completa de João Cabral de Melo Neto – autografada pelo escritor – e a edição de 1732 (em francês) da obra completa de Molière.<br /><br /><img alt="" src="http://www.brasilquele.com.br/images/20080409223745.jpg" align="baseline" border="0" hspace="0" /><br /><br />Os usuários podem ainda assistir a DVDs ou consultar os 10 mil periódicos disponíveis. A Biblioteca Maria das Neves também diversifica as suas atividades, promovendo cursos e debates sobre meio ambiente, desenvolvimento local, cidadania etc.<br /><br />A criação da biblioteca é fruto da iniciativa de um ex-morador de São José do Paiaiá, que sonhava em ser médico, embora sua mãe dissesse que aquilo “era apenas sonho de pobre”.<br /><br /><img alt="" src="http://www.brasilquele.com.br/images/20080409223803.jpg" align="baseline" border="0" hspace="0" /><br /><br />Geraldo Prado, hoje com 67 anos e pesquisador do CNPq, conta como a biblioteca está oferecendo oportunidades que ele nunca teve:<br /><br />- Seis meninos que estudaram na biblioteca passaram em universidades públicas da Bahia e de Sergipe. Acho que dois deles já estão se formando.<br /><br /><img alt="" src="http://www.brasilquele.com.br/images/20080409223831.jpg" align="baseline" border="0" hspace="0" /><br /><br />Geraldo seguiu a sina de seus conterrâneos e tantos outros nordestinos: ir para São Paulo em busca de emprego. Chegou lá em 1962, apenas tendo completado o primário.<br /><br />Foi faxineiro e porteiro num prédio no centro da cidade, "na zona do baixo meretrício". Fez supletivo morando na casa de máquinas do elevador do prédio e precisou escolher a menor concorrência (Curso de Português-Chinês) para passar no vestibular da USP.<br /><br />Recorda que só conheceu uma biblioteca quando tinha 14 anos, em Salvador, no Colégio Central da Bahia. “Lembro que fiquei parado olhando para tantos livros, porque até então eu só tinha um (Na Sombra do Arco-Íris, de Malba Tahan), presente da professora Maria Ivete Dias (mãe de Ivete Sangalo)”.<br /><br /><img alt="" src="http://www.brasilquele.com.br/images/20080409223911.jpg" align="baseline" border="0" hspace="0" /><br /><br />Ao longo dos anos, Geraldo acumulou uma coleção de 30 mil livros, mesmo que isso significasse sacrifícios.<br /><br />- Se passasse por um sebo ou por uma livraria e tivesse um livro que me agradasse, e eu só tivesse o dinheiro da comida ou da passagem do ônibus, preferia ficar com fome e voltar para casa a pé, mas comprava o livro – diz.<br /><br />Geraldo, como a Asa Branca, voltou para o sertão para compartilhar com pessoas que “não sabiam o que era uma biblioteca” sua paixão pelos livros. O nome da biblioteca é uma homenagem à sua irmã (Sinhá Prado), que o alfabetizou.<br /><br /><img alt="" src="http://www.brasilquele.com.br/images/20080409223954.jpg" align="baseline" border="0" hspace="0" /><br /><br />Hoje, conduz uma pesquisa sobre bibliotecas comunitárias para o CNPq, com foco no semi-árido. Criou inclusive um blog sobre o assunto.<br /><br />Entrevistei este empreendedor do conhecimento. Leia <a linkindex="29" href="http://iurirubim.blog.terra.com.br/as_pessoas_nao_sabiam_o_que_era_uma_bibl" target="_blank">aqui</a> e saiba como os livros da biblioteca quase são confundidos com livros roubados do arquivo do Itamaraty.Formação em Informaçãohttp://www.blogger.com/profile/13926515787396088838noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3300327125555006458.post-78220674095544108622009-05-02T15:50:00.000-07:002009-05-02T18:33:54.204-07:00Ilusão de ótica,uma leitura diferente<div style="text-align: center;"><a href="http://buratto.org/otica/Indice.htm" onmouseover="window.status='Índice';return true;" onmouseout="window.status=' ';"><img src="http://buratto.org/otica/Index2.gif" alt="CLIQUE AQUI PARA INICIAR" width="369" border="0" height="204" /></a><br /></div><p><br /></p><p style="font-weight: bold;"><span style="font-size:180%;"><br /></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-weight: bold;font-size:180%;" >SOMOS PRISIONEIROS</span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-weight: bold;font-size:180%;" > DOS NOSSOS OLHOS? </span><br /></p><br /><div style="text-align: justify;">Olá biblioamigos, vamos falar sobre leitura? Só que dessa vez é na prática, o site<span style="font-weight: bold;"> ILUSÃO DE ÓTICA </span><a href="http://ilusaodeotica.com/">www.ilusaodeotica.com </a>é encabeçado com a pergunta acima, e lança o desafio: a<span style="font-weight: bold;"> INTERPRETAÇÃO, </span>selecionei algumas imagens para que pratiquem,divirtam-se:<br /></div><br /><br /><script language="JavaScript">window.defaultStatus = "Imagem Dupla 5"</script> <center> <p><img src="http://buratto.org/otica/Duas05.gif" alt="É um homem ou são dois homens?" width="260" align="center" border="0" height="348" /><br /><span style="font-weight: bold;"> É um homem ou são dois homens?</span></p><p><br /><span style="font-weight: bold;"></span></p><p> <script language="JavaScript">window.defaultStatus = "Imagem Dupla 6"</script> </p><center> <p><img src="http://buratto.org/otica/Duas06.gif" alt="Um pato ou um coelho ?" width="360" align="center" border="0" height="200" /><br /></p><p><b><span style="font-family:Verdana;"><span style="color: rgb(255, 255, 255);">Um pato ou um coelho?</span></span></b><br /><span style="font-weight: bold;">É um pato ou um coelho?<br /></span></p><p> </p><center> <p> </p><center><a href="http://buratto.org/otica/Duas55.html" onmouseover="Y1()" onmouseout="R1()"><img src="http://buratto.org/otica/Duas55.gif" name="blinker" alt="Uma senhora idosa ou uma princesa ?" width="357" border="0" height="357" /></a></center><span style="font-weight: bold;">Uma Senhora Idosa ou uma princesa?<br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /></span> <center> <p> </p><center><a href="http://buratto.org/otica/Duas55.html" onmouseover="Y1()" onmouseout="R1()"><img src="http://buratto.org/otica/Duas55a.gif" name="blinker" alt="Uma senhora idosa ou uma princesa ?" width="357" border="0" height="357" /></a></center> <center><div style="text-align: left;"><a href="http://www.dali-gallery.com/" target="blank" onmouseover="Y1()" onmouseout="R1()"><img style="width: 504px; height: 400px;" src="http://buratto.org/otica/Duas65a.jpg" name="blinker" alt="http://www.dali-gallery.com" border="0" /></a><br /></div><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /></center> <center><div style="text-align: left;"><a href="http://www.dali-gallery.com/" target="blank" onmouseover="Y1()" onmouseout="R1()"><img style="width: 510px; height: 400px;" src="http://buratto.org/otica/Duas65.jpg" name="blinker" alt="http://www.dali-gallery.com" border="0" /></a><br /></div><br /><br /><br /><center> <p> </p><center><div style="text-align: left;"><a href="http://buratto.org/otica/Duas48.html" onmouseover="Y1()" onmouseout="R1()"><img src="http://buratto.org/otica/Duas48.gif" name="blinker" alt="Um palhaço ou um circo ?" width="399" border="0" height="399" /></a><br /></div><span style="font-weight: bold;"><br /></span><div style="text-align: left;"><span style="font-weight: bold;">Um palhaço ou um circo?</span><br /></div></center></center> <script language="JavaScript">window.defaultStatus = "Imagem Dupla 48"</script> <script language="JavaScript1.1"> function right(e) { if (navigator.appName == 'Netscape' && (e.which == 3 || e.which == 2)) { alert("Desculpe, mas este comando do Netscape está desabilitado nesta página."); return false; } else if (navigator.appName == 'Microsoft Internet Explorer' && (event.button == 2 || event.button == 3)) { alert("Desculpe, mas este comando do Internet Explorer está desabilitado nesta página."); return false; } return true; } document.onmousedown=right; if (document.layers) window.captureEvents(Event.MOUSEDOWN); window.onmousedown=right; </script> <script src="http://buratto.org/otica/topmsg.js"></script><br /><center> <p> </p><span style="text-decoration: underline;"><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /></span> <center> <p> </p><div style="text-align: left;"><center><a href="http://buratto.org/otica/Duas48.html" onmouseover="Y1()" onmouseout="R1()"><img src="http://buratto.org/otica/Duas48a.gif" name="blinker" alt="Um palhaço ou um circo ?" width="399" border="0" height="399" /></a></center></div><br /><br /><br /><center> <p> </p><center><div style="text-align: left;"><a href="http://buratto.org/otica/Duas81.html" onmouseover="Y1()" onmouseout="R1()"><img style="width: 498px; height: 549px;" src="http://buratto.org/otica/Duas81a.gif" name="blinker" border="0" /></a><br /></div><br /><div style="text-align: left;"><span style="font-weight: bold;">Um gato?</span><br /></div><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><center> <p> </p><center><div style="text-align: left;"><a href="http://buratto.org/otica/Duas81.html" onmouseover="Y1()" onmouseout="R1()"><img style="width: 516px; height: 549px;" src="http://buratto.org/otica/Duas81.gif" name="blinker" border="0" /></a><br /></div><br /><br /><center> <p> </p><center><div style="text-align: left;"><a href="http://buratto.org/otica/Duas90.html" onmouseover="Y1()" onmouseout="R1()"><img style="width: 328px; height: 342px;" src="http://buratto.org/otica/Duas90.gif" name="blinker" border="0" /></a><br /></div><span style="font-weight: bold;"> </span><br /><div style="text-align: left;"><span style="font-weight: bold;">Um jovem casal?</span><br /></div><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><center> <p> </p><center><div style="text-align: left;"><a href="http://buratto.org/otica/Duas90.html" onmouseover="Y1()" onmouseout="R1()"><img style="width: 323px; height: 342px;" src="http://buratto.org/otica/Duas90a.gif" name="blinker" border="0" /></a><br /></div><br /></center><span style="font-family:Verdana;"><span style="font-family:Verdana;"><span style=""><br /><br /></span></span></span> <center><a href="http://www.dali-gallery.com/" target="blank" onmouseover="Y1()" onmouseout="R1()"><img src="http://buratto.org/otica/Duas63a.jpg" name="blinker" alt="http://www.dali-gallery.com" width="352" border="0" height="557" /></a><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><center><a href="http://www.dali-gallery.com/" target="blank" onmouseover="Y1()" onmouseout="R1()"><br /></a><p><br /></p><center><a href="http://www.dali-gallery.com/" target="blank" onmouseover="Y1()" onmouseout="R1()"><img src="http://buratto.org/otica/Duas63.jpg" name="blinker" alt="http://www.dali-gallery.com" width="352" border="0" height="557" /></a><br /><br /><br /><br /><br /><center><div style="text-align: left;"><img style="width: 412px; height: 313px;" src="http://buratto.org/otica/Duas74.jpg" alt="Esquerda ou direita ?" border="0" /><br /></div><br /><span style="font-weight: bold;">Esquerda ou direita?</span><br /><br /><center> <p> </p><center><div style="text-align: left;"><a href="http://buratto.org/otica/Duas87.html" onmouseover="Y1()" onmouseout="R1()"><img style="width: 429px; height: 450px;" src="http://buratto.org/otica/Duas87.jpg" name="blinker" border="0" /></a><br /></div><br /><span style="font-weight: bold;font-size:130%;" >Antes, e depois do Casamento...</span><br /></center><span style="font-family:Verdana;"><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /></span> <center> <p> </p><center><div style="text-align: left;"><a href="http://buratto.org/otica/Duas87.html" onmouseover="Y1()" onmouseout="R1()"><img style="width: 447px; height: 450px;" src="http://buratto.org/otica/Duas87a.jpg" name="blinker" border="0" /></a><br /></div><br /><br /></center> <script language="JavaScript">window.defaultStatus = "Imagem Dupla 87"</script> <script language="JavaScript1.1"> function right(e) { if (navigator.appName == 'Netscape' && (e.which == 3 || e.which == 2)) { alert("Desculpe, mas este comando do Netscape está desabilitado nesta página."); return false; } else if (navigator.appName == 'Microsoft Internet Explorer' && (event.button == 2 || event.button == 3)) { alert("Desculpe, mas este comando do Internet Explorer está desabilitado nesta página."); return false; } return true; } document.onmousedown=right; if (document.layers) window.captureEvents(Event.MOUSEDOWN); window.onmousedown=right; </script> <script src="http://buratto.org/otica/topmsg.js"></script> <script language="JavaScript">window.defaultStatus = "Imagem Dupla 26"</script> <center> <p><a href="http://www.del-prete.ch/projekt/" target="blank"><img src="http://buratto.org/otica/Duas26.jpg" alt="Original de Sandro Del Prete." width="464" align="center" border="0" height="650" /></a><br /><br /></p><p> <script language="JavaScript">window.defaultStatus = "Imagem Dupla 27"</script> </p><center> <p><img src="http://buratto.org/otica/Duas27.jpg" alt="É realmente uma mulher ?" width="442" align="center" border="0" height="480" /><br /></p><p><span style="font-weight: bold;">A mulher está realmente desenhada?</span></p><p><br /></p><p> <script language="JavaScript">window.defaultStatus = "Imagem Dupla 49"</script> </p><center><div style="text-align: left;"><img src="http://buratto.org/otica/Duas49.jpg" alt="Golfinhos ?" width="363" align="center" border="0" height="520" /><br /></div><br /><script language="JavaScript">window.defaultStatus = "Imagem Dupla 49"</script> <center><div style="text-align: left;"> <script language="JavaScript">window.defaultStatus = "Imagem Dupla 10"</script> </div><center><div style="text-align: left;"> </div><p></p><div style="text-align: left;"><img src="http://buratto.org/otica/Duas10.jpg" alt="Pode ser uma cachoeira ?" width="360" align="center" border="0" height="415" /><br /></div><p style="text-align: left;"><span style="font-weight: bold;">Pode ser uma cachoeira e o que mais?</span><br /></p></center></center><br /></center> <script language="JavaScript1.1"> function right(e) { if (navigator.appName == 'Netscape' && (e.which == 3 || e.which == 2)) { alert("Desculpe, mas este comando do Netscape está desabilitado nesta página."); return false; } else if (navigator.appName == 'Microsoft Internet Explorer' && (event.button == 2 || event.button == 3)) { alert("Desculpe, mas este comando do Internet Explorer está desabilitado nesta página."); return false; } return true; } document.onmousedown=right; if (document.layers) window.captureEvents(Event.MOUSEDOWN); window.onmousedown=right; </script> <script src="http://buratto.org/otica/topmsg.js"></script> </center> <script language="JavaScript1.1"> function right(e) { if (navigator.appName == 'Netscape' && (e.which == 3 || e.which == 2)) { alert("Desculpe, mas este comando do Netscape está desabilitado nesta página."); return false; } else if (navigator.appName == 'Microsoft Internet Explorer' && (event.button == 2 || event.button == 3)) { alert("Desculpe, mas este comando do Internet Explorer está desabilitado nesta página."); return false; } return true; } document.onmousedown=right; if (document.layers) window.captureEvents(Event.MOUSEDOWN); window.onmousedown=right; </script> <script src="http://buratto.org/otica/topmsg.js"></script> <script language="JavaScript">window.defaultStatus = "Imagem Dupla 26"</script></center></center><span style="font-family:Verdana;"></span></center><br /><span style="text-decoration: underline;"></span></center> <script language="JavaScript">window.defaultStatus = "Imagem Dupla 74"</script> <script language="JavaScript1.1"> function right(e) { if (navigator.appName == 'Netscape' && (e.which == 3 || e.which == 2)) { alert("Desculpe, mas este comando do Netscape está desabilitado nesta página."); return false; } else if (navigator.appName == 'Microsoft Internet Explorer' && (event.button == 2 || event.button == 3)) { alert("Desculpe, mas este comando do Internet Explorer está desabilitado nesta página."); return false; } return true; } document.onmousedown=right; if (document.layers) window.captureEvents(Event.MOUSEDOWN); window.onmousedown=right; </script> <script src="http://buratto.org/otica/topmsg.js"></script> <script language="JavaScript">window.defaultStatus = "Imagem Dupla 16"</script> <center><div style="text-align: left;"> </div><p style="text-align: left;"><img src="http://buratto.org/otica/Duas16.jpg" alt="Pierrô e Colombina ?" width="350" align="center" border="0" height="500" /> <span style="text-decoration: underline;"></span></p><p style="font-weight: bold; text-align: left;">Pierrô e colombina?</p> <script language="JavaScript">window.defaultStatus = "Imagem Dupla 09"</script> <center> <p><a href="http://www.amazingartimages.com/ARTISTS/OCAMPO/octavio_ocampo_thumbz.htm" target="blank"><img src="http://buratto.org/otica/Duas09.jpg" alt="Clique na imagem para ver o site de Octavio Ocampo" width="392" align="center" border="0" height="500" /></a><br /></p><span style="font-weight: bold;">Várias pessoas são encontradas nessa imagem.</span><br /><span style="text-decoration: underline;"></span></center> <script language="JavaScript1.1"> function right(e) { if (navigator.appName == 'Netscape' && (e.which == 3 || e.which == 2)) { alert("Desculpe, mas este comando do Netscape está desabilitado nesta página."); return false; } else if (navigator.appName == 'Microsoft Internet Explorer' && (event.button == 2 || event.button == 3)) { alert("Desculpe, mas este comando do Internet Explorer está desabilitado nesta página."); return false; } return true; } document.onmousedown=right; if (document.layers) window.captureEvents(Event.MOUSEDOWN); window.onmousedown=right; </script> </center> <script language="JavaScript1.1"> function right(e) { if (navigator.appName == 'Netscape' && (e.which == 3 || e.which == 2)) { alert("Desculpe, mas este comando do Netscape está desabilitado nesta página."); return false; } else if (navigator.appName == 'Microsoft Internet Explorer' && (event.button == 2 || event.button == 3)) { alert("Desculpe, mas este comando do Internet Explorer está desabilitado nesta página."); return false; } return true; } document.onmousedown=right; if (document.layers) window.captureEvents(Event.MOUSEDOWN); window.onmousedown=right; </script> <script src="http://buratto.org/otica/topmsg.js"></script><br /><center> <p> </p><center><a href="http://buratto.org/otica/Duas58.html" onmouseover="Y1()" onmouseout="R1()"><img src="http://buratto.org/otica/Duas58.jpg" name="blinker" alt="Um cavalo ?" width="320" border="0" height="450" /></a></center><br /><span style="font-weight: bold;">Um cavalo?</span><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><center> <p> </p><center><a href="http://buratto.org/otica/Duas58.html" onmouseover="Y1()" onmouseout="R1()"><img src="http://buratto.org/otica/Duas58a.jpg" name="blinker" alt="Um cavalo ?" width="320" border="0" height="450" /></a></center><br /><center><div style="text-align: left;"><img style="width: 431px; height: 450px;" src="http://buratto.org/otica/Duas82.gif" alt="Quantas pernas ?" border="0" /><br /></div><br /><div style="text-align: left;"><span style="font-weight: bold;">Quantas pernas?</span><br /></div></center><br /><script language="JavaScript">ndow.defaultStatus = "Imagem Dupla 82"</script> <script language="JavaScript1.1"> function right(e) { if (navigator.appName == 'Netscape' && (e.which == 3 || e.which == 2)) { alert("Desculpe, mas este comando do Netscape está desabilitado nesta página."); return false; } else if (navigator.appName == 'Microsoft Internet Explorer' && (event.button == 2 || event.button == 3)) { alert("Desculpe, mas este comando do Internet Explorer está desabilitado nesta página."); return false; } return true; } document.onmousedown=right; if (document.layers) window.captureEvents(Event.MOUSEDOWN); window.onmousedown=right; </script> <script src="http://buratto.org/otica/topmsg.js"></script> <script language="JavaScript">window.defaultStatus = "Imagem Dupla 18"</script> <center><div style="text-align: left;"> </div><p style="text-align: left;"><a href="http://www.amazingartimages.com/ARTISTS/OCAMPO/octavio_ocampo_thumbz.htm" target="blank"><img src="http://buratto.org/otica/Duas18.jpg" alt="Outra versão" width="349" align="center" border="0" height="450" /></a><br /></p><p style="text-align: left;"><span style="font-weight: bold;">Uma caveira?</span></p><p> <script language="JavaScript">window.defaultStatus = "Imagem Dupla 8"</script> </p><div style="text-align: left;"><center> <p><img style="width: 413px; height: 435px;" src="http://buratto.org/otica/Duas08.gif" alt="É um pato ou é um coelho?" align="center" border="0" /><br /></p></center></div><span style="font-weight: bold;">É um pato ou um coelho?</span><br /><br /><script language="JavaScript">window.defaultStatus = "Imagem Dupla 7"</script> <center> <p><img src="http://buratto.org/otica/Duas07.jpg" alt="Outro pato ?" width="350" align="center" border="0" height="236" /></p></center></center><span style="font-weight: bold;">Outro pato?</span><br /><span style="font-weight: bold;"> </span><br /><span style="font-weight: bold;"> </span> <script language="JavaScript">window.defaultStatus = "Imagem Dupla 7"</script> <center><a href="http://buratto.org/otica/Geo50.html" target="blank" onmouseover="Y1()" onmouseout="R1()"><img src="http://buratto.org/otica/Geo50.gif" name="blinker" alt="" width="450" border="0" height="315" /></a></center> <script language="JavaScript">window.defaultStatus = "Geométrico 50"</script> <script language="JavaScript1.1"> function right(e) { if (navigator.appName == 'Netscape' && (e.which == 3 || e.which == 2)) { alert("Desculpe, mas este comando do Netscape está desabilitado nesta página."); return false; } else if (navigator.appName == 'Microsoft Internet Explorer' && (event.button == 2 || event.button == 3)) { alert("Desculpe, mas este comando do Internet Explorer está desabilitado nesta página."); return false; } return true; } document.onmousedown=right; if (document.layers) window.captureEvents(Event.MOUSEDOWN); window.onmousedown=right; </script> <script src="http://buratto.org/otica/topmsg.js"></script><br /><span style="font-weight: bold;"> O arco preto forma um circulo com o azul ou com o vermelho?</span><br /></center><span style="font-family:Verdana;"><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /></span> <center><a href="http://buratto.org/otica/Geo50.html" target="blank" onmouseover="Y1()" onmouseout="R1()"><img src="http://buratto.org/otica/Geo50a.gif" name="blinker" alt="" width="450" border="0" height="315" /></a><br /><br /></center> <script language="JavaScript">window.defaultStatus = "Geométrico 16"</script> <center><div style="text-align: left;"> </div><p style="text-align: left;"><img style="width: 408px; height: 500px;" src="http://buratto.org/otica/Geo16.gif" alt="É um cubo ou não?" /><br /><span style="font-weight: bold;"> </span></p><span style="font-weight: bold;">É um cubo ou não?</span><br /><br /><br /><span style="font-size:180%;"><span style="font-weight: bold; color: rgb(255, 102, 0);">O que está escondido nessas imagens?</span></span><br /><br /><script language="JavaScript">window.defaultStatus = "Imagem Oculta 10"</script> <center><div style="text-align: left;"> </div><p style="text-align: left;"><img src="http://buratto.org/otica/Oculta10.jpg" alt="A resposta está na ultima página." width="429" height="634" /><br /></p><p> <script language="JavaScript">window.defaultStatus = "Imagem Oculta 13"</script> </p><center><div style="text-align: left;"> </div><p style="text-align: left;"><img src="http://buratto.org/otica/Oculta13.jpg" alt="A resposta está na ultima página." width="456" height="450" /><br /></p><script language="JavaScript1.1">function right(e) { if (navigator.appName == 'Netscape' && (e.which == 3 || e.which == 2)) { alert("Desculpe, mas este comando do Netscape está desabilitado nesta página."); return false; } else if (navigator.appName == 'Microsoft Internet Explorer' && (event.button == 2 || event.button == 3)) { alert("Desculpe, mas este comando do Internet Explorer está desabilitado nesta página."); return false; } return true; } document.onmousedown=right; if (document.layers) window.captureEvents(Event.MOUSEDOWN); window.onmousedown=right; </script> <script src="http://buratto.org/otica/topmsg.js"></script><br /></center> <center><div style="text-align: left;"><img style="width: 402px; height: 442px;" src="http://buratto.org/otica/Oculta23.jpg" alt="A resposta está na última página." border="0" /><br /></div><br /><center><div style="text-align: left;"><img src="http://buratto.org/otica/Oculta22.jpg" alt="A resposta está na última página." width="433" border="0" height="500" /><br /></div><br /><script language="JavaScript">window.defaultStatus = "Imagem Oculta 20"</script> <center><div style="text-align: left;"> </div><p style="text-align: left;"><img style="width: 425px; height: 550px;" src="http://buratto.org/otica/Oculta20.jpg" alt="A resposta está na ultima página." /><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p> <script language="JavaScript">window.defaultStatus = "Impossível 1"</script> </p><center><div style="text-align: left;"> </div><p></p><div style="text-align: left;"><img style="width: 384px; height: 237px;" src="http://buratto.org/otica/Imposs01.gif" alt="É um objeto impossível." border="0" /><br /></div><p style="text-align: left;"><span style="font-weight: bold;"> </span><span style="font-weight: bold;font-size:130%;" >É um tridente?</span><br /></p></center> <script language="JavaScript1.1"> function right(e) { if (navigator.appName == 'Netscape' && (e.which == 3 || e.which == 2)) { alert("Desculpe, mas este comando do Netscape está desabilitado nesta página."); return false; } else if (navigator.appName == 'Microsoft Internet Explorer' && (event.button == 2 || event.button == 3)) { alert("Desculpe, mas este comando do Internet Explorer está desabilitado nesta página."); return false; } return true; } document.onmousedown=right; if (document.layers) window.captureEvents(Event.MOUSEDOWN); window.onmousedown=right; </script> </center> <script language="JavaScript1.1"> function right(e) { if (navigator.appName == 'Netscape' && (e.which == 3 || e.which == 2)) { alert("Desculpe, mas este comando do Netscape está desabilitado nesta página."); return false; } else if (navigator.appName == 'Microsoft Internet Explorer' && (event.button == 2 || event.button == 3)) { alert("Desculpe, mas este comando do Internet Explorer está desabilitado nesta página."); return false; } return true; } document.onmousedown=right; if (document.layers) window.captureEvents(Event.MOUSEDOWN); window.onmousedown=right; </script> <script src="http://buratto.org/otica/topmsg.js"></script><br /><br /><script language="JavaScript">window.defaultStatus = "Escadas 4"</script> <center><div style="text-align: left;"> </div><p style="text-align: left;"><img style="width: 461px; height: 999px;" src="http://buratto.org/otica/Escada04.jpg" alt="Original de Maurits Cornelis Escher." align="center" border="0" /><br /></p><p> <script language="JavaScript">window.defaultStatus = "Escadas 8"</script> </p><center><br /><p><img src="http://buratto.org/otica/Escada08.gif" alt="Onde termina a escada ?" width="323" align="center" border="0" height="130" /><br /></p><p><span style="font-weight: bold;">Onde termina a escada?</span></p><p> <script language="JavaScript">window.defaultStatus = "Curiosos 15"</script> </p><center> <p><img src="http://buratto.org/otica/Curioso15.jpg" alt="Quantos telhados e casas ?" width="408" height="450" /><br /><br /></p><p><span style="font-weight: bold;">Quantos telhados e casas?</span><script language="JavaScript1.1">Name == 'Netscape' && (e.which == 3 || e.which == 2)) { alert("Desculpe, mas este comando do Netscape está desabilitado nesta página."); return false; } else if (navigator.appName == 'Microsoft Internet Explorer' && (event.button == 2 || event.button == 3)) { alert("Desculpe, mas este comando do Internet Explorer está desabilitado nesta página."); return false; } return true; } document.onmousedown=right; if (document.layers) window.captureEvents(Event.MOUSEDOWN); window.onmousedown=right; </script> <script src="http://buratto.org/otica/topmsg.js"></script> </p><p style="font-weight: bold; color: rgb(102, 51, 255);"><span style="font-size:180%;"><br /></span></p><p><span style="color: rgb(102, 51, 255);font-size:180%;" ><span style="font-weight: bold;">Movimente os olhos:</span></span><br /></p></center> <script language="JavaScript1.1"> function right(e) { if (navigator.appName == 'Netscape' && (e.which == 3 || e.which == 2)) { alert("Desculpe, mas este comando do Netscape está desabilitado nesta página."); return false; } else if (navigator.appName == 'Microsoft Internet Explorer' && (event.button == 2 || event.button == 3)) { alert("Desculpe, mas este comando do Internet Explorer está desabilitado nesta página."); return false; } return true; } document.onmousedown=right; if (document.layers) window.captureEvents(Event.MOUSEDOWN); window.onmousedown=right; </script> <script src="http://buratto.org/otica/topmsg.js"></script> <p> <script language="JavaScript">window.defaultStatus = "Curiosos 15"</script> </p> <script language="JavaScript1.1"> function right(e) { if (navigator.appName == 'Netscape' && (e.which == 3 || e.which == 2)) { alert("Desculpe, mas este comando do Netscape está desabilitado nesta página."); return false; } else if (navigator.appName == 'Microsoft Internet Explorer' && (event.button == 2 || event.button == 3)) { alert("Desculpe, mas este comando do Internet Explorer está desabilitado nesta página."); return false; } return true; } document.onmousedown=right; if (document.layers) window.captureEvents(Event.MOUSEDOWN); window.onmousedown=right; </script> <script src="http://buratto.org/otica/topmsg.js"></script> </center> <script language="JavaScript1.1"> function right(e) { if (navigator.appName == 'Netscape' && (e.which == 3 || e.which == 2)) { alert("Desculpe, mas este comando do Netscape está desabilitado nesta página."); return false; } else if (navigator.appName == 'Microsoft Internet Explorer' && (event.button == 2 || event.button == 3)) { alert("Desculpe, mas este comando do Internet Explorer está desabilitado nesta página."); return false; } return true; } document.onmousedown=right; if (document.layers) window.captureEvents(Event.MOUSEDOWN); window.onmousedown=right; </script> </center> <script language="JavaScript1.1"> function right(e) { if (navigator.appName == 'Netscape' && (e.which == 3 || e.which == 2)) { alert("Desculpe, mas este comando do Netscape está desabilitado nesta página."); return false; } else if (navigator.appName == 'Microsoft Internet Explorer' && (event.button == 2 || event.button == 3)) { alert("Desculpe, mas este comando do Internet Explorer está desabilitado nesta página."); return false; } return true; } document.onmousedown=right; if (document.layers) window.captureEvents(Event.MOUSEDOWN); window.onmousedown=right; </script> </center></center></center> <img src="http://buratto.org/otica/Geo46.jpg" alt="Movimente os olhos." width="800" height="600" /><br /><br /><br /><script language="JavaScript">window.defaultStatus = "Geométrico 46"</script> <center> </center><span style="font-size:180%;"><span style="color: rgb(51, 51, 255);">Gostaram? Acessem: </span><a style="color: rgb(51, 51, 255);" href="http://ilusaodeotica.com/">www.ilusaodeotica.com<br /></a><br /><br /><span style="color: rgb(51, 51, 255);">Tchau...Até a próxima;</span><br /></span></center> <script language="JavaScript1.1"> function right(e) { if (navigator.appName == 'Netscape' && (e.which == 3 || e.which == 2)) { alert("Desculpe, mas este comando do Netscape está desabilitado nesta página."); return false; } else if (navigator.appName == 'Microsoft Internet Explorer' && (event.button == 2 || event.button == 3)) { alert("Desculpe, mas este comando do Internet Explorer está desabilitado nesta página."); return false; } return true; } document.onmousedown=right; if (document.layers) window.captureEvents(Event.MOUSEDOWN); window.onmousedown=right; </script> <script src="http://buratto.org/otica/topmsg.js"></script><br /><br /><br /><br /><br /><span style="font-family:Verdana;"><br /></span><br /></center> <script language="JavaScript">window.defaultStatus = "Imagem Dupla 58"</script> <script language="JavaScript1.1"> function right(e) { if (navigator.appName == 'Netscape' && (e.which == 3 || e.which == 2)) { alert("Desculpe, mas este comando do Netscape está desabilitado nesta página."); return false; } else if (navigator.appName == 'Microsoft Internet Explorer' && (event.button == 2 || event.button == 3)) { alert("Desculpe, mas este comando do Internet Explorer está desabilitado nesta página."); return false; } return true; } document.onmousedown=right; if (document.layers) window.captureEvents(Event.MOUSEDOWN); window.onmousedown=right; </script> <script src="http://buratto.org/otica/topmsg.js"></script> <span style="font-family:Verdana;"><br /><br /></span><br /><br /></center></center></center></center></center></center></center></center></center></center></center></center></center></center></center></center></center> <script language="JavaScript1.1"> function right(e) { if (navigator.appName == 'Netscape' && (e.which == 3 || e.which == 2)) { alert("Desculpe, mas este comando do Netscape está desabilitado nesta página."); return false; } else if (navigator.appName == 'Microsoft Internet Explorer' && (event.button == 2 || event.button == 3)) { alert("Desculpe, mas este comando do Internet Explorer está desabilitado nesta página."); return false; } return true; } document.onmousedown=right; if (document.layers) window.captureEvents(Event.MOUSEDOWN); window.onmousedown=right; </script>Formação em Informaçãohttp://www.blogger.com/profile/13926515787396088838noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3300327125555006458.post-83569892363236636122009-05-01T17:49:00.000-07:002009-05-01T18:57:25.263-07:00Fotos da IV SEMANA DO LIVRO E DA BIBLIOTECA Senac Crato<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcRysOpi9q48oPWmPZf9HJiKQmx-fq8p75hH_EdBGJwr8Q6ihgtlJkH0V5iulY1FFHnmCJHiOA4jWjmCHQMhzo2CBsrFuTP1eFf9miowQvv16YjVuqa7Zrlo5ucX3-5nhjAU2snbT22b3k/s1600-h/9.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcRysOpi9q48oPWmPZf9HJiKQmx-fq8p75hH_EdBGJwr8Q6ihgtlJkH0V5iulY1FFHnmCJHiOA4jWjmCHQMhzo2CBsrFuTP1eFf9miowQvv16YjVuqa7Zrlo5ucX3-5nhjAU2snbT22b3k/s320/9.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5331028806294708866" border="0" /></a><br /><br /><br /><br /><span style="font-weight: bold; color: rgb(51, 51, 255);">Nos bastidores do evento...</span><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqEs73TLB9Jg_tOY3VRjvd7gBgz3zRwb2RAZXyyPPyJHQEcr09psmefwLkTcaaSftYpBi6xdVok7atewts4fDFHiwwLvpZQ8YUn_sCa2pmvkd2cyMIEittK5KaoRe3xM86ntECraH3_Ow2/s1600-h/8.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqEs73TLB9Jg_tOY3VRjvd7gBgz3zRwb2RAZXyyPPyJHQEcr09psmefwLkTcaaSftYpBi6xdVok7atewts4fDFHiwwLvpZQ8YUn_sCa2pmvkd2cyMIEittK5KaoRe3xM86ntECraH3_Ow2/s320/8.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5331028436511502258" border="0" /></a><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><span style="font-weight: bold; color: rgb(255, 0, 0);">Entre amigos...</span><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3szwLEIHwtID3HPa7Xx0I9FBL4jAXKF3dqBFTYI9f8TXjQpFhCTxzq7KFZ4F0XMXjJAjcM6nLI2Cu1k4XfvR0UFKDMzsPBXgqNjMFxe6jpcvAv_TnTY5zLzFcnKUcZbe9M7QxqenSR34e/s1600-h/7.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3szwLEIHwtID3HPa7Xx0I9FBL4jAXKF3dqBFTYI9f8TXjQpFhCTxzq7KFZ4F0XMXjJAjcM6nLI2Cu1k4XfvR0UFKDMzsPBXgqNjMFxe6jpcvAv_TnTY5zLzFcnKUcZbe9M7QxqenSR34e/s320/7.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5331027434050332754" border="0" /></a><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><span style="font-weight: bold; color: rgb(51, 204, 0);">Oiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!</span><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglJaFlFhdn3h3QnJFCSSAAa70fh5tTMSEHKFUxTUTy-YV4MhMtolr7YSdSasY-mDtwh3YbubkDwQ-e9NiA-32D2Hit6YR3AEulAGzt9cJzDpfiVrybnuqUXE72toSQ7OQ6-3vfhSlWX6B1/s1600-h/10.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglJaFlFhdn3h3QnJFCSSAAa70fh5tTMSEHKFUxTUTy-YV4MhMtolr7YSdSasY-mDtwh3YbubkDwQ-e9NiA-32D2Hit6YR3AEulAGzt9cJzDpfiVrybnuqUXE72toSQ7OQ6-3vfhSlWX6B1/s320/10.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5331026912270364514" border="0" /></a><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><span style="font-weight: bold; color: rgb(51, 51, 255);">Uma foto com o coordenador do evento, nosso biblioamigo Carlos!</span><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjP-XPwxQLJctQR9zfyaeCPgcZoWk18WtpiMSdawZTWR8KTPeDGgjacWdVlheguYmIEGehgf3HNPEP8alubinfxmf0XPYTBmeecPgddRHrJcNl3lSBHP-3gLK3Z4sdPXNjSxrP1ytq_dkcg/s1600-h/4.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjP-XPwxQLJctQR9zfyaeCPgcZoWk18WtpiMSdawZTWR8KTPeDGgjacWdVlheguYmIEGehgf3HNPEP8alubinfxmf0XPYTBmeecPgddRHrJcNl3lSBHP-3gLK3Z4sdPXNjSxrP1ytq_dkcg/s320/4.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5331025684180006354" border="0" /></a><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><span style="color: rgb(0, 0, 102); font-weight: bold;"> O debate...</span><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVfiMApH1qXPg8xszkmLP_Qkd3s9hPVNiFtIVkXaFhBKgVd3o8Pr4JkHLNJ7hH2wGEkPVVqkwUlAu4X7RbULmvnf1je41x3Vl3L9U4rC_P97ihasmymLDNAn8DftVuAxBJewjzvilAugsg/s1600-h/3.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVfiMApH1qXPg8xszkmLP_Qkd3s9hPVNiFtIVkXaFhBKgVd3o8Pr4JkHLNJ7hH2wGEkPVVqkwUlAu4X7RbULmvnf1je41x3Vl3L9U4rC_P97ihasmymLDNAn8DftVuAxBJewjzvilAugsg/s320/3.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5331024465653635602" border="0" /></a><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 153, 0);">"Seu dotô (Patativa) me dê licença"</span><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_A1KLMeJdZEWHCfSAXuk1C51ih27rP-LrY85wF1mEzMPfEECsnyiUSm7QaBTowRgODx6M5piHDdQJoW85XWOA3MlbQYm2BelefHwb12KE-f6j3gm8ynoHXuw72ycuvouuTCOTpZFeUdou/s1600-h/1.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_A1KLMeJdZEWHCfSAXuk1C51ih27rP-LrY85wF1mEzMPfEECsnyiUSm7QaBTowRgODx6M5piHDdQJoW85XWOA3MlbQYm2BelefHwb12KE-f6j3gm8ynoHXuw72ycuvouuTCOTpZFeUdou/s320/1.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5331022758909193874" border="0" /></a><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><span style="color: rgb(255, 102, 0); font-weight: bold;font-size:180%;" ><span style="font-family:times new roman;">Apresentando, <span style="color: rgb(0, 0, 0);">FECHANDO </span>e dizendo: "Com licença, obrigado!"</span></span><br /><br /><span style="font-weight: bold; color: rgb(102, 51, 0);">.....Aplausos!</span><br /><br /><span style="font-weight: bold; color: rgb(102, 51, 0);">rsrsrsrs</span>Formação em Informaçãohttp://www.blogger.com/profile/13926515787396088838noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3300327125555006458.post-30918094280581559282009-04-29T14:54:00.000-07:002009-04-29T15:50:03.783-07:00Democratizar a informação....<div style="text-align: center;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNHp5OarJ8Yh-37H3YE6JBKOXkGnku6OYfi5I1sCaOG4_Aj7x7BuI5n5gAjA_jU4xYDceLWlKmpM_pLEeFCb4YFmJDGmiB6P9vHqufTqDWlaTmgk3JeTqiDiDzPr9lN7z_qUnv1cPPgmOf/s1600-h/3.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 133px; height: 150px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNHp5OarJ8Yh-37H3YE6JBKOXkGnku6OYfi5I1sCaOG4_Aj7x7BuI5n5gAjA_jU4xYDceLWlKmpM_pLEeFCb4YFmJDGmiB6P9vHqufTqDWlaTmgk3JeTqiDiDzPr9lN7z_qUnv1cPPgmOf/s320/3.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5330243435581262274" border="0" /></a>
<br /></div>
<br />
<br /> <div class="internasTitulo" style="border-right: medium none; margin-bottom: 10px; font-weight: bold;"><span style="font-size:180%;">Brasil vai ter bibliotecas públicas em todos os municípios até julho </span></div><meta equiv="Content-Type" content="text/html; charset=utf-8"><meta name="ProgId" content="Word.Document"><meta name="Generator" content="Microsoft Word 9"><meta name="Originator" content="Microsoft Word 9"><link rel="File-List" href="file:///C:/DOCUME%7E1/ADMINI%7E1/CONFIG%7E1/Temp/msoclip1/01/clip_filelist.xml"><!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:donotoptimizeforbrowser/> </w:WordDocument> </xml><![endif]--><style> <!-- /* Font Definitions */ @font-face {font-family:Verdana; panose-1:2 11 6 4 3 5 4 4 2 4; mso-font-charset:0; mso-generic-font-family:swiss; mso-font-pitch:variable; mso-font-signature:536871559 0 0 0 415 0;} /* Style Definitions */ p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal {mso-style-parent:""; margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:12.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";} p.MsoBodyText, li.MsoBodyText, div.MsoBodyText {margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; text-align:center; mso-pagination:widow-orphan; font-size:36.0pt; mso-bidi-font-size:12.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman"; font-weight:bold;} p.MsoBodyText2, li.MsoBodyText2, div.MsoBodyText2 {margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; text-align:center; mso-pagination:widow-orphan; font-size:60.0pt; mso-bidi-font-size:12.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman"; font-weight:bold;} a:link, span.MsoHyperlink {color:blue; text-decoration:underline; text-underline:single;} a:visited, span.MsoHyperlinkFollowed {color:purple; text-decoration:underline; text-underline:single;} p {margin-right:0cm; mso-margin-top-alt:auto; mso-margin-bottom-alt:auto; margin-left:0cm; mso-pagination:widow-orphan; font-size:12.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";} p.western, li.western, div.western {mso-style-name:western; margin-right:0cm; mso-margin-top-alt:auto; mso-margin-bottom-alt:auto; margin-left:0cm; mso-pagination:widow-orphan; font-size:12.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";} @page Section1 {size:612.0pt 792.0pt; margin:70.85pt 3.0cm 70.85pt 3.0cm; mso-header-margin:35.4pt; mso-footer-margin:35.4pt; mso-paper-source:0;} div.Section1 {page:Section1;} --> </style> <p style="text-align: justify; color: rgb(153, 153, 153);"><span style="font-size:130%;">O<span style="color: rgb(102, 102, 102);"> Ministério da Cultura estabeleceu julho como prazo para cumprir a meta de ter pelo menos uma biblioteca em cada um dos 5.562 municípios brasileiros. Atualmente, 331 cidade do país ainda não têm qualquer tipo de biblioteca, seja municipal ou em escolas públicas. Para o coordenador de Articulação Federativa do Programa Mais Cultura, Fabiano dos Santos, o marco é importante, mas também é preciso olhar para as condições desses espaços.</span><o:p></o:p></span></p> <p class="western" style="text-align: justify; color: rgb(153, 153, 153);"><span style="font-size:130%;">“Zerar o número de municípios sem biblioteca no Brasil é uma dívida social centenária que temos com a sociedade brasileira. É fundamental que o país consiga alcançar essa meta, mas é preciso criar uma rede articulada para que essas bibliotecas se tornem um espaço de formação de leitura”, disse Santos, em entrevista à<strong> </strong>Agência Brasil<strong>.</strong><o:p></o:p></span></p> <p class="western" style="text-align: justify; color: rgb(153, 153, 153);"><span style="font-size:130%;">Segundo ele, nos meses de maio e junho será feita a entrega dos últimos <em>kits</em> para os municípios, com um acervo de 2,5 mil livros, equipamentos eletrônicos e mobiliário. A data para inauguração desses espaços está marcada para 25 de julho, quando será promovido pelo ministério o <em>Dia D da Leitura</em> em todo o país. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve ir a uma dessas localidades para a inauguração de uma biblioteca.<o:p></o:p></span></p> <p class="western" style="text-align: justify; color: rgb(153, 153, 153);"><span style="font-size:130%;">Para o pesquisador do Instituto Pró-Livro, Galeno Amorim, a notícia deve ser comemorada. “A biblioteca tem um papel extraordinário no desenvolvimento e na formação de leitores. Não existe um único país do mundo que tenha conseguido chegar à condição de desenvolvido sem ter antes resolvido o seu problema de acesso à educação e aos livros”, aponta. Mas ele lembra que é fundamental criar estratégias nacionais para que as bibliotecas funcionem de maneira adequada.<o:p></o:p></span></p> <p class="western" style="text-align: justify; color: rgb(153, 153, 153);"><span style="font-size:130%;">Além de implantar a biblioteca em locais em que ela não existe, Santos conta que o ministério está modernizando outros equipamentos em 400 municípios. De acordo com Galeno, o país tem hoje 6 mil bibliotecas municipais e 60 mil escolares, além das comunitárias. Mas muitas delas estão em situação precária, o que acaba afastando o leitor em potencial.<o:p></o:p></span></p> <p class="western" style="text-align: justify; color: rgb(153, 153, 153);"><span style="font-size:130%;">“Apenas um em cada 10 brasileiros vai com freqüência a um biblioteca. Quando o leitor vai uma, duas, três vezes à biblioteca e não encontra o livro, ele começa a se desinteressar. Eles acham que de alguma maneira podem estar perdendo tempo e se afastam da biblioteca”, explica. Uma das principais estratégias para atrair o público é garantir um horário de funcionamento da biblioteca para além do expediente comercial e, além disso, garantir que haja profissionais habilitados trabalhando nesses espaços, além de acervos periodicamente atualizados.<o:p></o:p></span></p> <p class="western" style="text-align: justify; color: rgb(153, 153, 153);"><span style="font-size:130%;">Para receber um <em>kit</em> biblioteca do Ministério da Cultura, a prefeitura precisa criar a biblioteca por lei, estabelecer dotação orçamentária e quadro funcional para a manutenção do espaço, além de prever uma programação cultural para o local. “O que está por trás disso tudo é um conceito de biblioteca como centro de produção e difusão da arte e da cultura, como espaço dinâmico e interativo, não apenas de ser um depósito de livros, mas um espaço de acesso aos bens culturais e formação de leitura”, explica Santos.<o:p></o:p></span></p> <p class="western" style="text-align: justify; color: rgb(153, 153, 153);"><span style="font-size:130%;">A maioria dos pouco mais de 300 municípios que ainda não têm biblioteca são da Região Norte e Nordeste. Mas, segundo Santos, é possível que o número seja maior. “Isso porque os sistemas nacionais e estaduais de bibliotecas, utilizados para fazer esse levantamento, apontam que em um local há uma biblioteca, mas ela pode ter sido fechada”, diz. De acordo com o coordenador, o ministério está fazendo uma pesquisa <em>in loco</em> para checar o funcionamento desses espaços.<o:p></o:p></span></p> <p class="western" style="text-align: justify; color: rgb(153, 153, 153);"><span style="font-size:130%;">Santos conta, ainda, que em alguns municípios a prefeitura diz não ter interesse em receber uma biblioteca. “Como eles têm que ter o espaço, além de criar a biblioteca, alguns prefeitos têm resistência. Eles não consideram que seja um equipamento importante para a cidade”, diz. Ele pede aos moradores de cidades sem biblioteca que entrem em contato com o ministério para informar a situação. Um <a href="http://mais.cultura.gov.br/2009/04/14/cada-cidade-uma-biblioteca/" target="_self" linkindex="27"><em><span style="font-family:Verdana;">link</span></em></a> no <em>site</em> do ministério permite o acesso a um formulário para que o problema seja comunicado.<o:p></o:p></span></p> <p class="western" style="text-align: justify; color: rgb(153, 153, 153);"><span style="font-size:130%;">Galeno Amorim, do Instituto Pró-Livro, sugere que, nesses casos, a sociedade pressione as autoridades locais para exigir o que é um direito, o acesso à cultura.<o:p></o:p></span></p> <p class="western" style="text-align: justify; color: rgb(153, 153, 153);"><span style="font-size:130%;">Da Agência Brasil</span></p><meta equiv="Content-Type" content="text/html; charset=utf-8"><meta name="ProgId" content="Word.Document"><meta name="Generator" content="Microsoft Word 9"><meta name="Originator" content="Microsoft Word 9"><link rel="File-List" href="file:///C:/DOCUME%7E1/ADMINI%7E1/CONFIG%7E1/Temp/msoclip1/01/clip_filelist.xml"><link rel="Edit-Time-Data" href="file:///C:/DOCUME%7E1/ADMINI%7E1/CONFIG%7E1/Temp/msoclip1/01/clip_editdata.mso"><!--[if !mso]> <style> v\:* {behavior:url(#default#VML);} o\:* {behavior:url(#default#VML);} w\:* {behavior:url(#default#VML);} .shape {behavior:url(#default#VML);} </style> <![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:donotoptimizeforbrowser/> </w:WordDocument> </xml><![endif]--><style> <!-- /* Style Definitions */ p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal {mso-style-parent:""; 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<br /><span style="font-size:130%;"><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 12pt; text-align: justify; font-weight: bold; color: rgb(51, 204, 0);"><!--[if !supportEmptyParas]--><span style="font-size:130%;"> <o:p></o:p></span><!--[endif]--></p> <!-- .replace(‘ <p>‘,‘‘).replace(‘</p> ‘,‘‘) --> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; font-weight: bold; color: rgb(51, 204, 0);"><!--[if !supportEmptyParas]--><span style="font-size:130%;"> <o:p></o:p></span><!--[endif]--></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; font-weight: bold; color: rgb(51, 204, 0);"><!--[if !supportEmptyParas]--><span style="font-size:130%;"> <o:p></o:p></span><!--[endif]--></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; font-weight: bold; color: rgb(51, 204, 0);"><!--[if !supportEmptyParas]--><span style="font-size:130%;"> <o:p></o:p></span><!--[endif]--></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; font-weight: bold; color: rgb(51, 204, 0);"><!--[if !supportEmptyParas]--><span style="font-size:130%;"> <o:p></o:p></span><!--[endif]--></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; font-weight: bold; color: rgb(51, 204, 0);"><!--[if !supportEmptyParas]--><span style="font-size:130%;"> <o:p></o:p></span><!--[endif]--></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; font-weight: bold; color: rgb(51, 204, 0);"><!--[if !supportEmptyParas]--><span style="font-size:130%;"> <o:p></o:p></span><!--[endif]--></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; font-weight: bold; color: rgb(51, 204, 0);"><!--[if !supportEmptyParas]--><span style="font-size:130%;"> <o:p></o:p></span><!--[endif]--></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; font-weight: bold; color: rgb(51, 204, 0);"><!--[if !supportEmptyParas]--><span style="font-size:130%;"> <o:p></o:p></span><!--[endif]--></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; font-weight: bold; color: rgb(51, 204, 0);"><!--[if !supportEmptyParas]--><span style="font-size:130%;"> <o:p></o:p></span><!--[endif]--></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; font-weight: bold; color: rgb(51, 204, 0);"><span style="font-size:130%;"><span style=""> </span></span></p> Formação em Informaçãohttp://www.blogger.com/profile/13926515787396088838noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3300327125555006458.post-32438691300404475582009-04-25T11:02:00.000-07:002009-04-25T11:13:46.549-07:00Quem foi Gutenber?<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHBSq_9FyalAhyYpZRsGWN9QqXQzr94UdKBSRQuzewMtGrrUJXnlCc2JWXXduC0O9RWHDRdDJlHiC2zY0LRRYGIZKEeZSrU7j5HkYzxbbBoCsTmvjXt4xkTnFICM53vwB5ZSz5xqmv3F4d/s1600-h/1.gif"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 90px; height: 109px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHBSq_9FyalAhyYpZRsGWN9QqXQzr94UdKBSRQuzewMtGrrUJXnlCc2JWXXduC0O9RWHDRdDJlHiC2zY0LRRYGIZKEeZSrU7j5HkYzxbbBoCsTmvjXt4xkTnFICM53vwB5ZSz5xqmv3F4d/s320/1.gif" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5328693804346188786" border="0" /></a><br /><div style="text-align: center;"><table style="width: 165px; height: 52px;" cellpadding="6" cellspacing="6"><tbody><tr><td colspan="2" valign="top" width="100%" bgcolor="#e5e5e5" height="20"><br /></td> </tr> <tr> <td valign="top" width="50%" bgcolor="#e5e5e5"><br /></td> <td valign="top" width="50%" bgcolor="#e5e5e5"><br /></td></tr></tbody></table></div><table width="100%" cellpadding="6" cellspacing="6"><tbody><tr style="color: rgb(102, 0, 204);"><td colspan="2" bg="" valign="top" width="100%" height="20"><p align="justify"> <span style="color: rgb(155, 155, 155);"><a name="gutenberg1"><span style="font-size:6;"><strong>G</strong></span><span style="font-size:100%;"><strong>UTENBERG, Johann Gensfleish (1397 ?-1468)</strong></span></a><span style="font-size:100%;"> - Nascido na cidade de Móguncia (Alemanha), no seio de uma família bastante próspera, é a ele que se deve a criação do processo de impressão com caracteres móveis - "a tipografia". Tanto o seu pai como o tio eram funcionários da Casa da Moeda do arcebispo de Móguncia, sendo provavelmente ali que Joahann aprendeu a arte da precisão em trabalhos de metal. Em 1428, Gutenberg parte para Estrasburgo onde procedeu às primeiras tentativas de imprimir com caracteres móveis e onde deu a conhecer a sua ideia. Nesta cidade terá, provavelmente, em 1442, impresso o primeiro exemplar na sua prensa original - um pedaço de papel, com onze linhas.</span></span> </p> </td> </tr> <tr> <td bg="" style="color: rgb(51, 51, 51);" valign="top" width="50%"> <p align="justify"> <span style="font-size:100%;"> Em 1448 voltou a Mogúncia. Aqui, em 1450, conhece Johann Fust, homem de dinheiro, que lhe terá emprestado 800 ducados, exigindo-lhe a participação nos lucros da empresa que então formaram e a que deram o nome de "Das Werk der Buchei" (Fábrica de Livros). A sociedade ganhou pouco tempo depois um novo sócio, Pedro Schoffer. Terá sido este que descobriu o modo de fundir e fabricar caracteres, aliando o chumbo ao antimónio, devendo-se a ele também uma tinta composta de negro de fumo. Mas é a Gutenberg que a história atribui o mérito principal da invenção da imprensa, não só pela ideia dos tipos móveis mas também pelo aperfeiçoamento da prensa (a prensa já era conhecida e utilizava-se para cunhar moedas, espremer uvas, fazer impressões em tecido e acetinar o papel). Nos primeiros impressos então produzidos contam-se várias edições do "Donato" e bulas de indulgências concedidas pelo Papa Nicolau V. No início da década de 1450, Gutenberg iniciou a impressão da célebre Bíblia de quarenta e duas linhas (em duas colunas). Com cada letra composta à mão, e com cada página laboriosamente colocada na impressora, tirada, seca e depois impressa no verso, parece quase impossível que alguém tivesse coragem para começar.</span></p> </td> <td bg="" style="color: rgb(229, 229, 229);" valign="top" width="50%"> <p align="justify"><span style="font-size:100%;"> <span style="color: rgb(51, 51, 51);">Ao que parece Gutenberg estaria a imprimir trezentas folhas por dia, utilizando seis impressoras. A Bíblia têm 641 páginas, e pensa-se que foram produzidas cerca de trezentas cópias, das quais existem cerca de quarenta. Nem todas as cópias são iguais, tendo algumas no início de novos capítulos, letras pintadas à mão, em caixa alta. Os peritos reconhecem que a Bíblia foi impressa em dez secções, o que significa que Gutenberg deve ter possuído tipos suficientes para imprimir cerca de 130 páginas de cada vez.</span><br /><span style="color: rgb(51, 51, 51);">Mais tarde, em 1455, depois de realizada esta impressão, a sociedade desfez-se por diferenças de interesses e direitos, suscitando-se entre Fust e Gutenberg tal dissidência que a justiça teve que intervir. Como consequência do julgamento e como compensação pela dívida, Fust ficou com a impressora, os tipos e as bíblias já completas, ou seja, todo o negócio de Gutenberg. Terá sido também em 1455 o ano de publicação da "Bíblia de quarenta e duas lin</span><span style="color: rgb(0, 0, 0);">has".</span></span></p></td></tr></tbody></table>Formação em Informaçãohttp://www.blogger.com/profile/13926515787396088838noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3300327125555006458.post-63502183128504787162009-04-25T10:59:00.000-07:002009-04-25T11:00:28.329-07:00A longa caminhada do papel eletrônico<div style="text-align: justify;">Colunista destaca principais avanços na busca do dispositivo flexível que pode revolucionar a leitura<br /><br />Aautor: Carlos Alberto dos Santos<br />Fonte: Ciência Hoje On-line. Data: 27/03/2009.<br />URL: <a linkindex="47" href="http://cienciahoje.uol.com.br/141468">http://cienciahoje.uol.com.br/141468</a><br /><br />Um objeto semelhante a uma folha flexível, capaz de "carregar" diferentes configurações de textos e imagens? É isso o que promete o papel eletrônico, inovação que pode se tornar uma realidade muito antes do que você imagina (imagem: reprodução). Imagine-se sentado em um banco de praça, quando alguém ao seu lado retira de um fino canudo uma folha retrátil e transparente de tamanho A4. De repente, letras e imagens aparecem naquela folha, como se fosse uma página impressa. O contraste e a visibilidade das letras em diferentes ângulos lembram uma folha de papel. Isso ainda é uma cena de ficção. Você não encontra esse produto na loja da esquina, mas Epson, Fujitsu, HP, Hitachi, IBM, Kodak, Motorola, Philips, Pioneer, Samsung, Siemens, Sony e Xerox, para citar apenas empresas conhecidas do grande público, trabalham para que isso não demore a acontecer. O papel eletrônico – a folha transparente da cena imaginária – já existe em diversos produtos. Falta apenas ele aparecer no design imaginado acima e com um preço compatível com a renda de boa parte da população. Nos laboratórios de pesquisa, os trabalhos que viabilizaram o papel eletrônico já têm uma longa história. Podemos dizer que a saga remonta aos anos 1950, quando propriedades elétricas foram descobertas em alguns polímeros e as primeiras imagens xerográficas foram obtidas com o processo conhecido como eletroforese. Na década seguinte, com a descoberta dos polímeros semicondutores, estava aberta a estrada para se chegar ao papel eletrônico. Mas a evolução da ciência e da tecnologia não é assim tão certinha. Tropeços metodológicos e estratégias comerciais entortaram o rumo dessa história. Passados mais de 40 anos, ainda estamos à espera do papel eletrônico com as propriedades que teoricamente consideramos adequadas. E quais são essas propriedades? Para se assemelhar ao papel impresso em funcionalidade e disponibilidade, o papel eletrônico deve ter bom contraste, de modo a ser lido até na claridade da luz solar. Isso implica que as imagens deverão ser visualizadas por reflexão da luz e não por transmissão, como ocorre nas usuais telas de computadores e de televisores. É claro que isso não impede que um fabricante possa fazer um papel eletrônico que emita luz, mas essa não é a alternativa que está fazendo a cabeça da indústria. Assim como o papel convencional, de celulose, o eletrônico também deve ser flexível, de modo que possa ser encurvado e guardado em um canudo. Tem que apresentar baixo consumo de energia e, sobretudo, ter preço de venda compatível com o orçamento de grande parte da população. Ainda não se conseguiu um produto que atenda a todas essas exigências. Vejamos alguns dos caminhos seguidos pelos pesquisadores para chegar a elas. Tinta e suporte<br /><br />Folha enrolada de Gyricon, papel eletrônico desenvolvido pelo Centro de Pesquisa da Xerox. O dispositivo foi batizado a partir da expressão grega que significa "rotação de imagem" (foto: Eugeni Pulido). O papel eletrônico tem basicamente dois componentes: a tinta e o suporte flexível. A este associa-se o sistema eletrônico, capaz de imprimir e apagar texto e imagens. Cada um desses componentes é parte de uma grande área de pesquisa, agraciada com alguns prêmios Nobel pelo caminho. O principal modo de preparação da tinta eletrônica, por exemplo, utiliza a eletroforese, fenômeno cuja descoberta em 1937 valeu o Nobel de Química de 1948 ao sueco Arne Tiselius (1902-1971). Antes de abordarmos os métodos atuais, vale a pena recordar a primeira ideia de uma tinta eletrônica. Ela foi inventada por Nicholas Sheridon em 1974, quando era pesquisador do Centro de Pesquisa da Xerox, em Palo Alto, naquela região da Califórnia conhecida como Vale do Silício. O processo foi batizado de Gyricon, palavra grega que significa “rotação de imagem”. Essencialmente o processo funciona assim: esferas de plástico microscópicas são fabricadas com um hemisfério pintado de branco e outro de preto. Cada um deles tem uma carga elétrica diferente – digamos que o hemisfério branco seja negativo, enquanto o preto é positivo. Milhares dessas esferas são dispersas em um líquido entre duas camadas de material flexível. Uma delas é necessariamente transparente. Se uma voltagem positiva for aplicada na camada transparente, as esferas giram e exibem o hemisfério negativo (branco). Letras e imagens são então produzidas com uma distribuição adequada de voltagens na camada transparente. O processo foi abandonado pela Xerox em dezembro de 2005, quando seus competidores avançavam na técnica de eletroforese. No processo de eletroforese, por sua vez, existem duas alternativas. Na primeira, algumas esferas são brancas, enquanto outras são pretas. Esferas de uma cor são carregadas positivamente, e as outras, negativamente. Na segunda alternativa, apenas um tipo de esfera é disperso em um líquido colorido e que apresente um bom contraste com a cor das esferas – esferas brancas em um líquido azul, por exemplo. Em ambos os casos, a formação da imagem é similar ao processo do Gyricon: a distribuição de voltagens é que define a imagem. No caso de esferas brancas carregadas negativamente, uma voltagem positiva na superfície visível apresenta uma imagem branca, pois as esferas são atraídas pela voltagem. No caso de uma voltagem negativa, elas são repelidas, e a imagem fica azul. Esse mecanismo é aplicado em cada ponto da imagem. Ou seja, cada pixel tem um conjunto de esferas e uma conexão ao sistema eletrônico. Vejamos um dos processos utilizados para formar cada pixel. A tinta eletrônica do MIT<br /><br />A tinta eletrônica desenvolvida no MIT se baseia no princípio da eletroforese. O dispositivo conta com milhares de micropartículas esféricas de cor preta e branca, cada tipo carregada com um sinal diferente. Em função da carga elétrica aplicada, muda a disposição das microesferas na superfície do suporte flexível. O rearranjo dessas partículas permite formar diferentes textos e imagens (arte: Gerald Senarclens de Grancy). Esse método foi inventado por Joseph Jacobson e colaboradores, no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês), entre 1997 e 1998. Milhares de micropartículas com diâmetro em torno de 5 micrômetros, metade brancas e metade pretas, são encapsuladas numa esfera de material transparente, com diâmetro entre 30 e 300 micrômetros. As micropartículas brancas podem ser obtidas com dióxido de titânio, e as pretas, com pigmentos inorgânicos. Cada espécie de micropartícula é carregada com um sinal diferente. Existem procedimentos químicos para evitar que haja atração entre as cargas de sinais contrários. Outra alternativa é usar um único tipo de partícula em um fluido dielétrico cuja cor contraste com a das micropartículas. Milhares de cápsulas formando um líquido como uma tinta comum são fixadas em uma folha de polímero semicondutor. Uma vez fixada, a tinta é manipulada pelo sistema eletrônico para a formação de imagens. Antes de descrever o sistema eletrônico, convém adiantar que este é o principal responsável pela esperada popularização do papel eletrônico. A base polimérica permite a flexibilidade do papel, e o baixo custo de produção dos circuitos integrados redundará em produtos baratos. O sistema eletrônico Para a fabricação de circuitos integrados baseados no silício são necessários ambientes de alto vácuo, sofisticados e caros. No caso de polímeros semicondutores, filmes finos podem ser formados a partir de soluções líquidas, por intermédio de um processo de auto-organização em pressão atmosférica – uma espécie de impressão de jato de tinta. Embora simples, o processo não deixa de ter suas exigências em termos de precisão. Um circuito integrado é formado por milhares de transistores. Em cada um deles, existem partes ocupadas pelo elemento ativo – no caso, o polímero – e partes ocupadas por contatos elétricos passivos. Em transistores de polímeros, a distância entre alguns contatos é inferior a 5 micrômetros.<br /><br />Não é fácil controlar gotas d'água que se esparramam sobre uma superfície. De forma análoga, o controle da forma como se esparramam as gotas da solução polimérica usada no papel eletrônico foi um dos desafios no seu desenvolvimento (foto: Dan Shirley). A deposição da solução polimérica no substrato do circuito deve ter resolução suficiente para não cobrir esses contatos. Ocorre que os processos mais simples de deposição não conseguem resolução inferior a 20 micrômetros. Isso é consequência da dificuldade de se controlar o fluxo e a tendência das gotas de polímero se esparramarem pela superfície do substrato. Uma solução interessante para restringir o espalhamento das gotas de polímero foi inventada por Henning Sirringhaus e colaboradores no Laboratório Cavendish, da Universidade de Cambridge (Reino Unido), há menos de cinco anos. Eles simplesmente colocaram um produto hidrofóbico nas regiões proibidas. Como as gotas de polímero contêm água, elas não conseguem penetrar naquelas regiões hidrofóbicas. Em escala de laboratório o avanço é extraordinário. A empresa americana E Ink Corporation tem contribuído significativamente para isso. Já em 2003 eles apresentaram, em associação com a Philips, um pequeno painel (12,7 centímetros na diagonal), utilizando a tinta eletrônica do MIT. Dois anos depois eles apresentaram o primeiro protótipo no tamanho de uma folha A4. Esse protótipo usa 100 vezes menos energia do que um monitor de cristal líquido convencional. A razão – válida para todos os dispositivos desse tipo – é que, uma vez formada a imagem, ela permanece na tela mesmo na ausência do campo elétrico que a formou. Por outro lado, como sua visualização se dá por reflexão da luz incidente no painel, não há necessidade de bateria para manter a exibição da imagem. Esta será utilizada apenas para acionar o sistema eletrônico nos momentos em que se desejar formar ou apagar imagens. Uma perspectiva mais ampla Quando se fala em papel eletrônico, geralmente vem à mente a imagem do início desta coluna. Nesse sentido, ele seria uma evolução dos atuais livros eletrônicos. No entanto, a indústria tem uma perspectiva mais ampla quando se refere a esse produto. Não devemos esquecer que papel eletrônico é qualquer coisa que seja flexível, possa exibir imagens por reflexão de luz, apresente baixo consumo de energia e, se possível, tenha grande capacidade de armazenamento. Assim, o leque de assemelhados se abre extraordinariamente. Teremos, por exemplo, papel eletrônico em etiquetas de produtos nas prateleiras de lojas e supermercados. Os dados ali contidos poderão ser alterados por um sistema de comunicação sem fio. Teremos papel eletrônico em grandes painéis, a um custo bem inferior aos atuais. No que se refere ao sonho de consumo de muitos leitores, voltemos à cena inicial: um canudo com 1 centímetro de diâmetro e 15 a 20 centímetros de comprimento. Lá dentro, uma folha retrátil, com milhares de livros gravados e conexão sem fio para buscar conteúdo em repositórios na internet e um sistema que permita uso de mensagens eletrônicas. Tudo isso por não mais do que 250 reais, e em futuro mais próximo do que muitos imaginam! </div>Formação em Informaçãohttp://www.blogger.com/profile/13926515787396088838noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3300327125555006458.post-57273711763827998702009-04-25T10:45:00.000-07:002009-04-25T10:50:47.378-07:00Biblio o quê?<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPbJdVpkHKQ8Zf6wtRRS9hayF3YJ61wu9kfaW_Db7gnDVE07JlTyNP2WoCl_As_qp-0IuJ_LG4xIdO2gWWLxEBGE-vcJKkoFztiHilzOk0fPgefjZLA2vHNo7sczOInkzObiNkk8__xbkH/s1600-h/5.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 300px; height: 150px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPbJdVpkHKQ8Zf6wtRRS9hayF3YJ61wu9kfaW_Db7gnDVE07JlTyNP2WoCl_As_qp-0IuJ_LG4xIdO2gWWLxEBGE-vcJKkoFztiHilzOk0fPgefjZLA2vHNo7sczOInkzObiNkk8__xbkH/s320/5.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5328687237537232530" border="0" /></a><br /><div style="text-align: justify;"><span style="color: rgb(255, 102, 0); font-weight: bold;font-size:180%;" ><span><br /></span></span><div style="text-align: left;"><span style="color: rgb(255, 102, 0); font-weight: bold;font-size:180%;" ><span><span style="color: rgb(51, 51, 255);"><br /><br /><br /><br /></span></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: rgb(255, 102, 0); font-weight: bold;font-size:130%;" ><span><span style="color: rgb(51, 51, 255);">Biblioteconomia</span></span><span style="color: rgb(51, 51, 255);"> é a área do conhecimento especializada em pesquisar, desenvolver e utilizar os mais eficazes métodos para o tratamento da informação, visando sua preservação, recuperação e uso. Das imagens e informações em papel aos sites e banco de dados, a biblioteconomia e seus profissionais precisam encarar o desafio das mudanças da era digital.</span></span></div></div></div>Formação em Informaçãohttp://www.blogger.com/profile/13926515787396088838noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3300327125555006458.post-42628165759990636722009-04-25T10:39:00.000-07:002009-04-25T11:14:52.158-07:00Que profissionais queremos ser? Ou seremos...<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSh6VjQLBVCTd0rnF0hz84lGWIDdMaMvR7g8fT4OnDLNlRGEE1BGtfo-RHthgbL1fNq1GfG5OisrDXEyTVV5sd3HVV5yokAl_nRH9aE-JUKXS9CIQcC26o9Felbz0CEGburSxpFep2FJXZ/s1600-h/2.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 320px; height: 276px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSh6VjQLBVCTd0rnF0hz84lGWIDdMaMvR7g8fT4OnDLNlRGEE1BGtfo-RHthgbL1fNq1GfG5OisrDXEyTVV5sd3HVV5yokAl_nRH9aE-JUKXS9CIQcC26o9Felbz0CEGburSxpFep2FJXZ/s320/2.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5328685768227938338" border="0" /></a><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><h5>por A.Berbe em 25.11.08<br /></h5><p style="text-align: justify;">O <a linkindex="10" href="http://infocultura.info/erebd/">EREBD SE/CO 2008</a>, realizado em São Paulo, já acabou. No entanto, ficaram idéias e perguntas no ar.</p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;">O legal desses eventos são os contatos com as pessoas de outros cursos de biblioteconomia, o que dá uma noção de como são as realidades em cada região.</p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;">Também é preciso destacar as mesas redondas que foram de alto nível e o empenho dos organizadores em disponibilizar o conteúdo das palestras na internet, ao vivo. Isso demonstra a preocupação dessa turma com o acesso à informação e o uso da internet para a disseminação de conteúdos. São futuros bibliotecários versão 2.0. <img src="http://wl.blog.br/wp-includes/images/smilies/icon_biggrin.gif" alt=":-D" class="wp-smiley" /> </p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;">Apesar de não estar presente em corpo, não perdi as mesas redondas de Virtualidade e Contestação pela internet. Havia muitos nomes de peso: <a linkindex="11" href="http://www.luli.com.br/">Luli Radfahrer</a> (professor da ECA/USP), Maria Aquino (professora da FFLCH/USP), <a linkindex="12" href="http://www.ofaj.com.br/">Oswaldo Francisco de Almeida Júnior</a> (professor da UEL) e Luís Milanesi (professor da ECA/USP).</p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;">Toda boa palestra faz uma agitação na cabeça de idéias e questões sobre o assunto tratado. De maneira geral, acho que as palestras pegaram numa questão muito relevante para a nossa área e que é dúvida de todos: que profissionais queremos ser?</p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;">A seguir, seguem algumas anotações do que foi levantado nas falas dos palestrantes:</p><div style="text-align: justify;"> </div><ul style="text-align: justify;"><li>Os bibliotecários são responsáveis pela preservação da informação;</li></ul><div style="text-align: justify;"> </div><ul style="text-align: justify;"><li>Muitas vezes, o que os alunos aprendem na faculdade não refletem os problemas encontrados numa biblioteca real. Os profissionais precisam identificar as necessidades de seus clientes e buscar atendê-los;</li></ul><div style="text-align: justify;"> </div><ul style="text-align: justify;"><li>Pensar na internet como solução universal para acesso a qualquer tipo de informação é um equívoco. A web representa ainda uma pequena parte de toda informação existente;</li></ul><div style="text-align: justify;"> </div><ul style="text-align: justify;"><li>Os serviços de informação e bibliotecas, em geral, se encontram burocraticamente engessadas. Falta inovação, falta iniciativas de “fazer melhor e diferente”;</li></ul><div style="text-align: justify;"> </div><ul style="text-align: justify;"><li>É necessário pensar numa “semântica social”: investir na relação entre as pessoas na internet para compartilhamento de idéias. Para isso, <a linkindex="13" href="http://wl.blog.br/archives/480">devemos aprender a utilizar as ferramentas sociais</a> (blogs, wikis, etc.);</li></ul><div style="text-align: justify;"> </div><ul style="text-align: justify;"><li>Os bibliotecários adoram normas, regras e hierarquias muito bem estruturadas. Às vezes, isso é um empecilho. Não devemos olhar feio para a folksonomia. Devemos apropriá-la;</li></ul><div style="text-align: justify;"> </div><ul style="text-align: justify;"><li>A cabeça dos atuais alunos e novos profissionais está mudando, mas como mudar a cabeça dos antigos profissionais? E como mudar a “cabeça” de instituições que não dão valor às bibliotecas e seus profissionais?</li></ul><div style="text-align: justify;"> </div><ul style="text-align: justify;"><li>Não há canais de informação alternativos à televisão, rádio e internet. As bibliotecas deveriam assumir o seu lado contestador como recurso de informação voltado à população e como local de transformação do conhecimento;</li></ul><div style="text-align: justify;"> </div><ul style="text-align: justify;"><li>Sobre as publicações disponíveis na área de ciência da informação e biblioteconomia, é fato: lemos mais do mesmo. É interessante buscar leituras de outras áreas relacionadas. Só assim podemos transformar, melhorar e inovar;</li></ul><div style="text-align: justify;"> </div><ul style="text-align: justify;"><li>Não vivemos numa sociedade da informação ou sociedade do conhecimento. Vivemos numa sociedade do excesso de informação ou numa sociedade da pseudo-acessibilidade da informação (depende do ponto de vista e do otimismo de cada um);</li></ul><div style="text-align: justify;"> </div><ul style="text-align: justify;"><li><span class="entry-content">Para trabalhar com informação especializada, hoje, não precisa ser mais um profissional da informação. Basta saber pesquisar;</span><span class="entry-content"><br /></span></li></ul><div style="text-align: justify;"> </div><ul style="text-align: justify;"><li><span class="entry-content">O bibliotecário que trabalha em biblioteca escolar precisa conhecer mais <a linkindex="14" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Piaget">Piaget</a> que <a linkindex="15" href="http://en.wikipedia.org/wiki/Melvil_Dewey">Dewey</a>. E isso vale para qualquer área;</span><span class="entry-content"><br /></span></li></ul><div style="text-align: justify;"> </div><ul style="text-align: justify;"><li><span class="entry-content">Existe uma forte e natural relação entre informação e comunicação. O bibliotecário precisa pensar mais como comunicador, embora as faculdades não estejam preparadas para formar um profissional com essa característica;</span><span class="entry-content"><br /></span></li></ul><div style="text-align: justify;"> </div><ul style="text-align: justify;"><li><span class="entry-content">Já passou o tempo de disseminar a informação. Precisamos começar a mediar a informação.</span></li></ul><div style="text-align: justify;"> <span class="entry-content">(Imagem: <a linkindex="16" href="http://www.flickr.com/photos/orionoir/1984206001/">orionoir</a>, no Flickr)</span></div>Formação em Informaçãohttp://www.blogger.com/profile/13926515787396088838noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3300327125555006458.post-55648267074248187292009-04-25T10:36:00.000-07:002009-04-25T10:38:42.263-07:00As bibliotecas em uma nova era<h5>por A.Berbe em 30.05.08</h5><br /><br /><br /> <p>Robert Danton, da <a linkindex="10" href="http://lib.harvard.edu/">University Library at Harvard</a>, escreveu um <a linkindex="11" href="http://www.nybooks.com/articles/21514">artigo para o New York Review of Books</a> sobre o papel das bibliotecas nesse mundo altamente conectado e “dominado” pelo Google, em referência ao status adquirido por esse sistema de busca em relação à recuperação de informação.</p> <p>O autor faz a seguinte questão: qual a posição das bibliotecas perante as “maravilhas tecnológicas” iguais ao <a linkindex="12" href="http://www.google.com.br/">Google</a>?</p> <p>Após fazer um breve passeio pela história dos livros e das tecnologias de informação, Danton é categórico: <strong>a biblioteca não deve se tornar um museu ou um armazém de livros empoeirados</strong> (o adjetivo “empoeirados” eu coloquei para enfatizar a idéia de abandono ou proibição de acesso, o que acontece com muitos acervos). E convida as instituições para compartilharem seus acervos, oferecendo formas para que seus usuários possam utilizá-los. A digitalização de acervos tornando-os realmente público é algo benéfico, uma forma de oferecer acesso quase que universal a determinados conhecimentos que antes seriam impossíveis de usufruí-los.</p> <p>Isso tudo foi dito para dizer que, embora as tecnologias de informação e sites como Google possam facilitar o acesso à informação, as bibliotecas merecem o papel central como instituições que preservam o passado e orientam o desenvolvimento do futuro.</p> <p>Eu concordo. E acredito que muitos conscientes profissionais tenham a mesma opinião.</p> <p><br /></p>Formação em Informaçãohttp://www.blogger.com/profile/13926515787396088838noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3300327125555006458.post-43285724317583286562009-04-25T10:35:00.000-07:002009-04-25T10:36:03.031-07:00O ESCAFANDRO E A BORBOLETA<a href="http://www.grupocasulo.blogger.com.br/borboleta.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; width: 320px; text-align: center;" alt="" src="http://www.grupocasulo.blogger.com.br/borboleta.jpg" border="0" /></a><br /><div align="justify"><br />Dando continuidade ao tema sobre a consciência, discutiremos este foco em “O escafandro e a borboleta”, filme de Julian Schnabel (EUA, 2007) baseado no livro homônimo,que aborda a história real de Jean Dominique Bauby, editor da revista Elle até o momento do acidente. Bauby tinha 43 anos quando sofreu um AVC, de etiologia desconhecida, com seqüelas neurológicas de uma síndrome específica denominada Locked-In:<br /><br />“Conhecido como síndrome de desconexão cerebromedullospinale, pseudocoma ou ventral Pontina síndrome. Ao contrário do <a title="Persistente estado vegetativo" href="http://64.233.179.104/translate_c?hl=pt-BR&sl=it&u=http://it.wikipedia.org/wiki/Stato_vegetativo_persistente&prev=/search%3Fq%3Dsindrome%2Blocked-in%26hl%3Dpt-BR%26lr%3D&usg=ALkJrhhvBV7Z-nladNM6tqca10ggHZkexg"><span style="color: rgb(0, 0, 0);">estado vegetativo persistente</span><span style="color: rgb(0, 0, 0);">,</span> </a>em que a parte superior do cérebro são danificadas e as porções menores sejam preservadas, esta síndrome é causada por danos causados às partes específicas do cérebro e tronco cerebral inferior, sem danos para o cérebro superior (diencefalo e telencéfalo).” (Wikipédia)<br /><br />Pacientes que apresentam a síndrome Locked-In estão plenamente conscientes. Eles sabem exatamente onde estão os seus braços e pernas e, ao contrário dos pacientes paralisados ainda pode receber sensações tátil e de dor. Alguns pacientes têm a capacidade para mover alguns músculos faciais. A maioria dos pacientes com a síndrome Locked-In, não recuperam o controle motor, mas diferentes equipamentos estão disponíveis para ajudá-los a se comunicar.<br /></div><br /><div align="justify">Os doentes com a síndrome Locked-In dizem que se sentem na maior parte bastante calma, e alguns afirmam estar um pouco "triste”. Este é o oposto de pânico e de terror que poderia ser assumida em pessoas conscientes de que não podem mover ou falar. Estes dados indicam que as <a title="Emoções" href="http://64.233.179.104/translate_c?hl=pt-BR&sl=it&u=http://it.wikipedia.org/wiki/Emozioni&prev=/search%3Fq%3Dsindrome%2Blocked-in%26hl%3Dpt-BR%26lr%3D&usg=ALkJrhiNSX1aYllrB4Wm2b_YfIr4PXjxBg"><span style="color: rgb(0, 0, 0);">emoções</span></a> são devidos a interpretações das<span style="color: rgb(0, 0, 0);"> </span><a title="Sensação" href="http://64.233.179.104/translate_c?hl=pt-BR&sl=it&u=http://it.wikipedia.org/wiki/Sensazione&prev=/search%3Fq%3Dsindrome%2Blocked-in%26hl%3Dpt-BR%26lr%3D&usg=ALkJrhj-SlOG1sBehKWN1UBxalVjaDmOQw"><span style="color: rgb(0, 0, 0);">sensações</span></a> corpo. Uma vez que as pessoas que estão no estado locked-in não ter um grande sentido de corporalidade <a title="Propriocezione" href="http://64.233.179.104/translate_c?hl=pt-BR&sl=it&u=http://it.wikipedia.org/wiki/Propriocezione&prev=/search%3Fq%3Dsindrome%2Blocked-in%26hl%3Dpt-BR%26lr%3D&usg=ALkJrhjeqd4aZJPQA1Oi2Pi2UUz_nNqFmQ"><span style="color: rgb(0, 0, 0);">(propriocepção),</span></a> o cérebro não recebe<span style="color: rgb(0, 0, 0);"> </span><a title="Resposta" href="http://64.233.179.104/translate_c?hl=pt-BR&sl=it&u=http://it.wikipedia.org/wiki/Feedback&prev=/search%3Fq%3Dsindrome%2Blocked-in%26hl%3Dpt-BR%26lr%3D&usg=ALkJrhivsV4kOXzBfAgwxW2_OCZ5q2tHWg"><span style="color: rgb(0, 0, 0);">feedback</span></a> indicando o perigo.<br /><br />Bauby tinha sua consciência intacta, mas seu corpo estava “ausente”, como uma prisão, ou, pra usar suas palavras, preso num <strong>escafandro</strong>, imobilizado no seu self? Parte de sua mente funcionava muito bem: tinha emoções, pensamentos, compreensões, imaginações, memórias. Sua consciência central e ampliada estavam intactas, eram a sua <strong>borboleta</strong>. Contudo seu <strong>eu,</strong> sua noção de <strong>self </strong>e de pertencimento, estava danificada, pois segundo os autores que temos visto até agora, a autoconsciência depende do corpo, sua imagem corporal está alterada modificando completamente este sentimento que temos de eu. Mas o quanto isso é verdadeiro? Bauby aprendeu a se comunicar com o piscar de um olho, e assim soletrou um livro inteiro. Não podemos afirmar que sua autoconsciência estava alterada, sua mente funcionava, mas a perda do corpo faz com que ela seja a mesma de antes? Possívelmente não. “Pois o ego é antes de tudo um ego corporal” (Freud) e assim a borboleta se liberta do escafandro...</div>Formação em Informaçãohttp://www.blogger.com/profile/13926515787396088838noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3300327125555006458.post-76835770944082908292009-04-19T14:39:00.000-07:002009-04-19T14:53:37.078-07:00Comentário do filme O CARTEIRO E O POETA<table style="width: 370px; height: 307px;" align="center" background="../ficha-back.gif" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0"><tbody><tr><td valign="top" width="370" background="../ficha-hi.gif" height="44"><span style="font-family:Arial, Helvetica, sans-serif;font-size:85%;"><span style="font-weight: bold; color: rgb(51, 204, 0);">Olá biblioamigos</span> queria dizer que gostei bastante do Filme. Ele revela uma realidade pura pois fala do preconceito em relação ao analfabetismo porque os analfabetos não recebiam cartas, como fala o chefe de Mario no começo, e tmbém do preconceito ao poeta, a sua linguagem e maneira de expressar o meio ao seu redor por parte da tia da noiva do carteiro e do padre da vila.</span><span style="font-family:Arial, Helvetica, sans-serif;font-size:85%;">Este é um filme de arte, um filme de amor, um filme de luta. O cenário é maravilhoso, os atores são ótimos. Um filme para chorar e refletir por algum tempo depois que acaba.</span><span style="font-family:Arial, Helvetica, sans-serif;font-size:85%;">É uma ótima indicação de arte pois traz o brilhantismo do bravo poeta chileno Pablo Neruda, ao explorar sua invulgar concepção de amor. As metáforas empregadas por ele possuem um veio bastante contemplativo, o que dá ao filme uma leveza agradável. </span></td> </tr> <tr> <td width="370"><div style="text-align: center;"><span style="font-family:Arial, Helvetica, sans-serif;font-size:85%;"><img src="http://www.adorocinema.com/filmes/carteiro-e-poeta/carteiro-e-poeta-poster01t.jpg" vspace="0" width="110" align="left" height="165" hspace="10" /></span></div><span style="font-family:Arial, Helvetica, sans-serif;font-size:85%;"><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br />Numa remota ilha do Mediterrâneo, um carteiro recebe a ajuda do poeta Pablo Neruda a fim de conquistar o amor de sua vida. Com Massimo Troisi e Philippe Noiret. Vencedor do Oscar de Melhor Trilha Sonora - Drama.</span><div align="center"><br /></div></td> </tr> <tr> <td width="370"><span style="font-family:Arial, Helvetica, sans-serif;font-size:85%;"><br /></span></td> </tr> </tbody></table> <br /> <span style="font-family:Arial, Helvetica, sans-serif;font-size:85%;"><a name="Ficha Técnica"><span style="font-family:Arial, Helvetica, sans-serif;font-size:85%;"><img src="http://www.adorocinema.com/filmes/seta-preta.gif" alt="seta3.gif (99 bytes)" width="11" align="absmiddle" height="11" /></span><span style="font-family:Arial, Helvetica, sans-serif;font-size:85%;"> Ficha Técnica</span><br /> </a><em>Título Original:</em> Il Postino<br /> <em>Gênero:</em> Romance<br /> <em>Tempo de Duração:</em> 109 minutos <em><br /> Ano de Lançamento (Itália): </em>1994<br /> <em>Estúdio:</em> Miramax Films / Blue Dahlia Productions / Cecchi Gori Group Tiger Cinematografica / Esterno Mediterraneo Film / Penta Films, S.L.<br /> <em>Distribuição:</em> Miramax Films<br /> <em>Direção:</em> Michael Radford<br /> <em>Roteiro:</em> Anna Pavignano, Michael Radford, Furio Scarpelli, Giacomo Scarpelli e Massimo Troisi, baseado em livro de Antonio Skármeta <br /> <i>Produção:</i> Mario Cecchi Gori, Vittorio Cecchi Gori e Gaetano Daniele<br /> <em>Música:</em> Luiz Enríquez Bacalov<br /> <i>Direção de Fotografia:</i> Franco Di Giacomo<br /> <i>Desenho de Produção:</i> Lorenzo Baraldi<br /> <i>Figurino:</i> Gianna Gisi<br /> <em>Edição:</em> Roberto Perpignani</span><br /> <br /> <span style="font-family:Arial, Helvetica, sans-serif;font-size:85%;"><br /> <a name="Elenco"><span style="font-family:Arial, Helvetica, sans-serif;font-size:85%;"><img src="http://www.adorocinema.com/filmes/seta-preta.gif" alt="seta3.gif (99 bytes)" width="11" align="absmiddle" height="11" /></span><span style="font-family:Arial, Helvetica, sans-serif;font-size:85%;"> Elenco</span><br /> </a></span><span style="font-family:Arial, Helvetica, sans-serif;font-size:85%;">Massimo Troisi (Mario Ruoppolo)<br /> Philippe Noiret (Pablo Neruda)<br /> Maria Grazia Cucinotta (Beatrice Russo)<br /> Renato Scarpa (Telégrafo)<br /> Linda Moretti (Donna Rosa)<br /> Mariano Rigillo (Di Cosimo)<br /> Anna Bonaiuto (Matilde)<br /> Bruno Alessandro (Pablo Neruda - voz)</span><br /> <br /> <span style="font-family:Arial, Helvetica, sans-serif;font-size:85%;"><br /> <a name="Sinopse"><span style="font-family:Arial, Helvetica, sans-serif;font-size:85%;"><img src="http://www.adorocinema.com/filmes/seta-preta.gif" alt="seta3.gif (99 bytes)" width="11" align="absmiddle" height="11" /></span><span style="font-family:Arial, Helvetica, sans-serif;font-size:85%;"> Sinopse</span><br /> </a>Por razões políticas o poeta Pablo Neruda (Philippe Noiret) se exila em uma ilha na Itália. Lá um desempregado (Massimo Troisi) quase analfabetoé contratado como carteiro extra, encarregado de cuidar da correspondência do poeta, e gradativamente entre os dois se forma uma sólida amizade.</span><br /> <br /> <span style="font-family:Arial, Helvetica, sans-serif;font-size:85%;"><a name="Pôsters"></a></span><span style="font-family:Arial, Helvetica, sans-serif;font-size:85%;"><a linkindex="30" href="http://www.adorocinema.com/filmes/carteiro-e-poeta/carteiro-e-poeta01.jpg" target="_blank"><img src="http://www.adorocinema.com/filmes/carteiro-e-poeta/carteiro-e-poeta01t.jpg" vspace="10" width="148" border="0" height="100" hspace="10" /></a><a set="yes" linkindex="31" href="http://www.adorocinema.com/filmes/carteiro-e-poeta/carteiro-e-poeta02.jpg" target="_blank"><img src="http://www.adorocinema.com/filmes/carteiro-e-poeta/carteiro-e-poeta02t.jpg" vspace="10" width="149" border="0" height="100" hspace="10" /></a><a linkindex="32" href="http://www.adorocinema.com/filmes/carteiro-e-poeta/carteiro-e-poeta04.jpg" target="_blank"><br /> <img src="http://www.adorocinema.com/filmes/carteiro-e-poeta/carteiro-e-poeta04t.jpg" vspace="10" width="148" border="0" height="100" hspace="10" /></a><a set="yes" linkindex="33" href="http://www.adorocinema.com/filmes/carteiro-e-poeta/carteiro-e-poeta06.jpg" target="_blank"><img src="http://www.adorocinema.com/filmes/carteiro-e-poeta/carteiro-e-poeta06t.jpg" vspace="10" width="148" border="0" height="100" hspace="10" /></a><a linkindex="34" href="http://www.adorocinema.com/filmes/carteiro-e-poeta/carteiro-e-poeta03.jpg" target="_blank"><br /> </a> <a linkindex="35" href="http://www.adorocinema.com/filmes/carteiro-e-poeta/carteiro-e-poeta05.jpg" target="_blank"><img src="http://www.adorocinema.com/filmes/carteiro-e-poeta/carteiro-e-poeta05t.jpg" vspace="10" width="148" border="0" height="100" hspace="10" /></a><a set="yes" linkindex="36" href="http://www.adorocinema.com/filmes/carteiro-e-poeta/carteiro-e-poeta07.jpg" target="_blank"><img src="http://www.adorocinema.com/filmes/carteiro-e-poeta/carteiro-e-poeta07t.jpg" vspace="10" width="148" border="0" height="100" hspace="10" /></a><a linkindex="37" href="http://www.adorocinema.com/filmes/carteiro-e-poeta/carteiro-e-poeta03.jpg" target="_blank"><br /> <img src="http://www.adorocinema.com/filmes/carteiro-e-poeta/carteiro-e-poeta03t.jpg" vspace="10" width="65" border="0" height="100" hspace="10" /></a> </span><br /> <br /> <span style="font-family:Arial, Helvetica, sans-serif;font-size:85%;"><a name="Premiações"><span style="font-family:Arial, Helvetica, sans-serif;font-size:85%;"><img src="http://www.adorocinema.com/filmes/seta-preta.gif" alt="seta3.gif (99 bytes)" width="11" align="absmiddle" height="11" /></span><span style="font-family:Arial, Helvetica, sans-serif;font-size:85%;"> Premiações</span><br /> </a>- Ganhou o Oscar de Melhor Trilha Sonora - Drama, além de ter sido indicado em outras 4 categorias: Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Ator (Massimo Troisi) e Melhor Roteiro Adaptado.</span><br /> <br /> <span style="font-family:Arial, Helvetica, sans-serif;font-size:85%;">- Ganhou 3 prêmios no BAFTA, nas seguintes categorias: Melhor Diretor, Melhor Filme Estrangeiro e Melhor Trilha Sonora. Foi ainda indicado em outras duas categorias: Melhor Ator (Massimo Troisi) e Melhor Roteiro Adaptado.</span><br /> <br /> <span style="font-family:Arial, Helvetica, sans-serif;font-size:85%;">- Ganhou o Prêmio do Público na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo.</span><br /> <br /> <span style="font-family:Arial, Helvetica, sans-serif;font-size:85%;"><br /> <a name="Curiosidades"><span style="font-family:Arial, Helvetica, sans-serif;font-size:85%;"><img src="http://www.adorocinema.com/filmes/seta-preta.gif" alt="seta3.gif (99 bytes)" width="11" align="absmiddle" height="11" /></span><span style="font-family:Arial, Helvetica, sans-serif;font-size:85%;"> Curiosidades</span></a><br /> - </span><span style="font-family:Arial, Helvetica, sans-serif;font-size:85%;">O ator e roteirista Massimo Troisi morreu de ataque cardíaco apenas um dia após a conclusão das filmagens de <i>O Carteiro e o Poeta</i>.</span>Formação em Informaçãohttp://www.blogger.com/profile/13926515787396088838noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3300327125555006458.post-73611048024202925752009-04-19T13:56:00.000-07:002009-04-19T14:24:54.473-07:00Psicólogo fingi ser gari para defender Tese de MestradoTese de Mestrado de<br /><b> Fernando Braga da Costa ( Psicólogo )</b><br /><br /><div style="text-align: justify;"><b>‘Fingi ser gari por 8 anos e vivi como um ser invisível’.</b><br /> Psicólogo varreu as ruas da USP para concluir sua tese de mestrado da ‘invisibilidade pública’. Ele comprovou que, em geral, as pessoas enxergam apenas a função social do outro. Quem não está bem posicionado sob esse critério, vira mera sombra social.<br />( Plínio Delphino- Jornal O Diário de São Paulo.)<br /><br />O psicólogo social Fernando Braga da Costa, vestiu uniforme e<br />trabalhou oito anos como gari, varrendo ruas da Universidade de São Paulo. Ali, constatou que, ao olhar da maioria, os trabalhadores braçais são ’seres invisíveis, sem nome’. Em sua tese de mestrado, pela USP, conseguiu comprovar a existência da ‘invisibilidade pública’, ou seja, uma percepção humana totalmente prejudicada e condicionada à divisão social do trabalho, onde enxerga-se somente a função e não a pessoa. Braga trabalhava apenas meio período como gari, não recebia o salário de R$ 400 como os colegas de vassoura, mas garante que teve a maior lição de sua vida:<br /><br />‘Descobri que um simples bom dia, que nunca recebi como gari, pode significar um sopro de vida, um sinal da própria existência’, explica o pesquisador.<br /><br />O psicólogo sentiu na pele o que é ser tratado como um objeto e não como um ser humano.- ‘Professores que me abraçavam nos corredores da USP passavam por mim, não me reconheciam por causa do uniforme. Às vezes, esbarravam no meu ombro e, sem ao menos pedir desculpas, seguiam me ignorando, como se tivessem encostado-se a um poste, ou em um orelhão’, diz.<br />Apesar do castigo do sol forte, do trabalho pesado e das humilhações diárias, segundo o psicólogo, são acolhedores com quem os enxerga. E encontram no silêncio a defesa contra quem os ignora.<br /><br /><b>Diário </b> :Como é que você teve essa idéia?<br /><b>Fernando Braga da Costa </b>- Meu orientador desde a graduação, o professor José Moura Gonçalves Filho, sugeriu aos alunos, como uma das provas de avaliação, que a gente se engajasse numa tarefa proletária. Uma forma de atividade profissional que não exigisse qualificação técnica nem acadêmica. Então, basicamente, profissões das classes pobres.<br /><br /><b>Diário</b> - Com que objetivo?<br /><b>Fernando Braga da Costa </b>- A função do meu mestrado era compreender e analisar a condição de trabalho deles (os garis), e a maneira como eles estão inseridos na cena pública. Ou seja, estudar a condição moral e psicológica a qual eles estão sujeitos dentro da sociedade. Outro nível de investigação, que vai ser priorizado agora no doutorado, é analisar e verificar as barreiras e as aberturas que se operam no encontro do psicólogo social com os garis.<br /><br /><b>Diário </b>- Que barreiras são essas, que aberturas são essas, e como se dá a aproximação?<br /><b>Fernando Braga da Costa</b> - Quando você começou a trabalhar, os garis notaram que se tratava de um estudante fazendo pesquisa? Eu vesti um uniforme que era todo vermelho, boné, camisa e tal. Chegando lá eu tinha a expectativa de me apresentar como novo funcionário, recém-contratado pela USP pra varrer rua com eles. Mas os garis sacaram logo, entretanto nada me disseram. Existe uma coisa típica dos garis: são pessoas vindas do Nordeste, negros ou mulatos em geral. Eu sou branquelo, mas isso talvez não seja o diferencial, porque muitos garis ali são brancos também. Você tem uma série de fatores que são ainda mais determinantes, como a maneira de falarmos, o modo de a gente olhar ou de posicionar o nosso corpo, a maneira como gesticulamos.. Os garis conseguem definir essa diferenças com algumas frases que são simplesmente formidáveis.<br /><br /><b>- Dê um exemplo.</b><br /><b><b>Fernando Braga da Costa</b> - Nós estávamos varrendo e, em determinado momento, comecei a papear com um dos garis. De repente, ele viu um sujeito de 35 ou 40 anos de idade, subindo a rua a pé, muito bem arrumado com uma pastinha de couro na mão. O sujeito passou pela gente e não nos cumprimentou, o que é comum nessas situações. O gari, sem se referir claramente ao homem que acabara de passar, virou-se pra mim e começou a falar: ‘É Fernando, quando o sujeito vem andando você logo sabe se o cabra é do dinheiro ou não. Porque peão anda macio, quase não faz barulho. Já o pessoal da outra classe você só ouve o toc-toc dos passos. E quando a gente está esperando o trem logo percebe também: o peão fica todo encolhidinho olhando pra baixo. Eles não. Ficam com olhar só por cima de toda a peãozada, segurando a pastinha na mão’. </b><br /><br /><b><b>Diário </b>- Quanto tempo depois eles falaram sobre essa percepção de que você era diferente?</b><br />Fernando Braga da Costa - Isso não precisou nem ser comentado, porque os fatos no primeiro dia de trabalho já deixaram muito claro que eles sabiam que eu não era um gari. Fui tratado de uma forma completamente diferente. Os garis são carregados na caçamba da caminhonete junto com as ferramentas. É como se eles fossem ferramentas também. Eles não deixaram eu viajar na caçamba, quiseram que eu fosse na cabine. Tive de insistir muito para poder viajar com eles na caçamba. Chegando no lugar de trabalho, continuaram me tratando diferente. As vassouras eram todas muito velhas. A única vassoura nova já estava reservada para mim. Não me deixaram usar a pá e a enxada, porque era um serviço mais pesado. Eles fizeram questão de que eu trabalhasse só com a vassoura e, mesmo assim, num lugar mais limpinho, e isso tudo foi dando a dimensão de que os garis sabiam que eu não tinha a mesma origem socioeconômica deles.<br /><br /><b>Diário </b>- Quer dizer que eles se diminuíram com a sua presença?<br /><b>Fernando Braga da Costa</b> - Não foi uma questão de se menosprezar, mas sim de me proteger.<br /><br /><b>Diário </b>- Eles testaram você?<br />Fernando Braga da Costa - No primeiro dia de trabalho paramos pro café. Eles colocaram uma garrafa térmica sobre uma plataforma de concreto. Só que não tinha caneca. Havia um clima estranho no ar, eu era um sujeito vindo de outra classe, varrendo rua com eles. Os garis mal conversavam comigo, alguns se aproximavam para ensinar o serviço. Um deles foi até o latão de lixo pegou duas latinhas de refrigerante cortou as latinhas pela metade e serviu o café ali, na latinha suja e grudenta. E como a gente estava num grupo grande, esperei que eles se servissem primeiro. Eu nunca apreciei o sabor do café. Mas, intuitivamente, senti que deveria tomá-lo, e claro, não livre de sensações ruins. Afinal, o cara tirou as latinhas de refrigerante de dentro de uma lixeira, que tem sujeira, tem formiga, tem barata, tem de tudo. No momento em que empunhei a caneca improvisada, parece que todo mundo parou para assistir à cena, como se perguntasse: ‘E aí, o jovem rico vai se sujeitar a beber nessa caneca?’ E eu bebi. Imediatamente a ansiedade parece que evaporou. Eles passaram a conversar comigo, a contar piada, brincar.<br /><br /><b>Diário </b>- O que você sentiu na pele, trabalhando como gari?<br /><b>Fernando Braga da Costa </b>- Uma vez, um dos garis me convidou pra almoçar no bandejão central. Aí eu entrei no Instituto de Psicologia para pegar dinheiro, passei pelo andar térreo, subi escada, passei pelo segundo andar, passei na biblioteca, desci a escada, passei em frente ao centro acadêmico, passei em frente a lanchonete, tinha muita gente conhecida. Eu fiz todo esse trajeto e ninguém em absoluto me viu. Eu tive uma sensação muito ruim. O meu corpo tremia como se eu não o dominasse, uma angustia, e a tampa da cabeça era como se ardesse, como se eu tivesse sido sugado. Fui almoçar, não senti o gosto da comida e voltei para o trabalho atordoado.<br /><br /><b>Diário</b> - E depois de oito anos trabalhando como gari? Isso mudou?<br /><b>Fernando Braga da Costa </b>- Fui me habituando a isso, assim como eles vão se habituando também a situações pouco saudáveis. Então, quando eu via um professor se aproximando - professor meu - até parava de varrer, porque ele ia passar por mim, podia trocar uma idéia, mas o pessoal passava como se tivesse passando por um poste, uma árvore, um orelhão.<br /><br /><b>Diário </b>- E quando você volta para casa, para seu mundo real?<br /><b>Fernando Braga da Costa </b>- Eu choro. É muito triste, porque, a partir do instante em que você está inserido nessa condição psicossocial, não se esquece jamais. Acredito que essa experiência me deixou curado da minha doença burguesa. Esses homens hoje são meus amigos. Conheço a família deles, freqüento a casa deles nas periferias. Mudei. Nunca deixo de cumprimentar um trabalhador. Faço questão de o trabalhador saber que eu sei que ele existe. Eles são tratados pior do que um animal doméstico, que sempre é chamado pelo nome. São tratados como se fossem uma ‘COISA’.<br /><br /><b>Ser IGNORADO é uma das piores sensações que existem na vida!</b><br /></div>Formação em Informaçãohttp://www.blogger.com/profile/13926515787396088838noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3300327125555006458.post-71942773153670859302009-04-18T13:31:00.000-07:002009-04-25T11:15:43.787-07:00Dia Nacional do Livro Infantil<div style="text-align: justify;"><div style="text-align: center; color: rgb(255, 102, 0);font-family:arial;"><span style="font-size:130%;"><span style="color: rgb(0, 153, 0);"><br /> MONTEIRO LOBATO</span></span> <span style="font-size:130%;"><br /></span><span style="color: rgb(0, 153, 0);font-size:130%;" > " Um país se faz com homens e livros "<br /></span> <span style="font-size:130%;"><br /></span></div><span style="color: rgb(255, 102, 0);font-size:130%;" > </span><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEguJ2bLTJtIilMozUPhHLuc4eBFNywz1zGwwBsIuNLlFrytmTkSmSCbRpyjDa8JS-wEoqQAn4c9wQHtb_5S-77zRo_a8NbrN4yy_s0XpVsHaiEoWNe-xU4TNQUhXomNLee9TJqE7WHgjhN1/s1600-h/img.php.gif"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 263px; height: 285px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEguJ2bLTJtIilMozUPhHLuc4eBFNywz1zGwwBsIuNLlFrytmTkSmSCbRpyjDa8JS-wEoqQAn4c9wQHtb_5S-77zRo_a8NbrN4yy_s0XpVsHaiEoWNe-xU4TNQUhXomNLee9TJqE7WHgjhN1/s320/img.php.gif" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5326132001756788658" border="0" /></a><span style="color: rgb(0, 0, 255);font-family:arial;font-size:130%;" ><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br />(Monteiro Lobato) </span> <span style="color: rgb(0, 0, 255);font-family:arial;font-size:130%;" >José Bento Monteiro Lobato nasceu em 18 de abril de 1882, em Taubaté, no Vale do Paraíba. Estreou no mundo das letras com pequenos contos para os jornais estudantis dos colégios Kennedy e Paulista.</span><span style="color: rgb(255, 102, 0);font-size:130%;" ><span style="font-family:arial;"> </span></span><span style="color: rgb(0, 0, 255);font-family:arial;font-size:130%;" ><br /><br /><br />No curso de Direito da Faculdade do Largo São Francisco, em São Paulo, dividiu-se entre suas principais paixões: escrever e desenhar. Colaborou em publicações dos alunos, vencendo um concurso literário promovido em 1904 pelo Centro Acadêmico XI de Agosto.</span><span style="color: rgb(255, 102, 0);font-size:130%;" ><span style="font-family:arial;"><br /><br /></span></span><span style="color: rgb(0, 0, 255);font-family:arial;font-size:130%;" >Morou na república do Minarete, liderou o grupo de colegas que formou o Cenáculo e mandou artigos para um jornalzinho de Pindamonhangaba, que tinha como título o mesmo nome daquela moradia de estudantes. </span> <span style="color: rgb(0, 0, 255);font-family:arial;font-size:130%;" >Nessa fase de sua formação, Lobato realizou as leituras básicas e entrou em contato com a obra do filósofo alemão Nietzsche, cujo pensamento o guiaria vida afora.</span><span style="color: rgb(255, 102, 0);font-size:130%;" > </span><span style="color: rgb(0, 0, 255);font-family:arial;font-size:130%;" >Viveu um tempo como fazendeiro, foi editor de sucesso, mas foi como escritor infantil que Lobato despertou para o mundo em 1917.</span><span style="color: rgb(255, 102, 0);font-size:130%;" ><span style="font-family:arial;"><br /><br /></span></span><span style="color: rgb(0, 0, 255);font-family:arial;font-size:130%;" >Escreveu, nesse período, sua primeira história infantil, "A menina do narizinho arrebitado". Com capa e desenhos de Voltolino, famoso ilustrador da época, o livrinho, lançado no natal de 1920, fez o maior sucesso. Dali nasceram outros episódios, tendo sempre como personagens Dona Benta, Pedrinho, Narizinho, Tia Anastácia e, é claro, Emília, a boneca mais esperta do planeta. </span> <span style="color: rgb(0, 0, 255);font-family:arial;font-size:130%;" >Insatisfeito com as traduções de livros europeus para crianças, ele criou aventuras com figuras bem brasileiras, recuperando costumes da roça e lendas</span><span style="color: rgb(255, 102, 0);font-size:130%;" ><span style="font-family:arial;"> </span></span><span style="color: rgb(0, 0, 255);font-family:arial;font-size:130%;" >Do folclore nacional.<br /><br />E fez mais: misturou eles todos com elementos da literatura universal, da mitologia grega, dos quadrinhos e do cinema.</span><span style="color: rgb(255, 102, 0);font-size:130%;" ><span style="font-family:arial;"> </span></span><span style="color: rgb(0, 0, 255);font-family:arial;font-size:130%;" >No Sítio do Picapau Amarelo, Peter Pan brinca com o Gato Félix, enquanto o saci ensina truques a Chapeuzinho Vermelho no país das maravilhas de Alice. Mas Monteiro Lobato também fez questão de transmitir conhecimento e idéias em livros que falam de história, geografia e matemática, tornando-se pioneiro na literatura paradidática - aquela em que se aprende brincando.</span><span style="color: rgb(255, 102, 0);font-size:130%;" ><span style="font-family:arial;"> </span></span><span style="color: rgb(0, 0, 255);font-family:arial;font-size:130%;" >Trabalhando a todo vapor, Lobato teve que enfrentar uma série de obstáculos. Primeiro, foi a revolução dos Tenentes que, em julho de 1924, paralisou as atividades da sua empresa durante dois meses, causando grande prejuízo.<br /><br />Seguiu-se uma inesperada seca, obrigando a um corte no fornecimento de energia. </span> <span style="color: rgb(0, 0, 255);font-family:arial;font-size:130%;" >O maquinário gráfico só podia funcionar dois dias por semana. </span> <span style="color: rgb(0, 0, 255);font-family:arial;font-size:130%;" >E numa brusca mudança na política econômica, Arthur Bernardes desvalorizou a moeda e suspendeu o redesconto de títulos pelo Banco do Brasil. A conseqüência foi um enorme rombo financeiro e muitas dívidas. Só restou uma alternativa a Lobato: pedir a autofalência, apresentada em julho de 1925. O que não significou o fim de seu ambicioso projeto editorial, pois ele já se preparava para criar outra empresa.<br /><br /></span><span style="color: rgb(0, 0, 255);font-family:arial;font-size:130%;" >Assim surgiu a Companhia Editora Nacional. Sua produção incluía livros de todos os gêneros, entre eles traduções de Hans Staden e Jean de Léry, viajantes europeus que andaram pelo Brasil no século XVI.<br /><br />Lobato recobrou o antigo prestígio, reimprimindo nela sua marca inconfundível: fazer livros bem impressos, com projetos gráficos apurados e enorme sucesso de público.</span><span style="color: rgb(255, 102, 0);font-size:130%;" ><span style="font-family:arial;"> </span></span><span style="color: rgb(0, 0, 255);font-family:arial;font-size:130%;" >Sofreu perseguições políticas na época da ditadura, porém conseguiu exílio político em Buenos Aires. Lobato estava em liberdade, mas enfrentava uma das fases mais difíceis da sua vida. Perdeu Edgar, o filho mais velho, e presenciou o processo de liquidação das companhias que fundou e, o que foi pior, sofreu com a censura e atmosfera asfixiante da ditadura de Getúlio Vargas.<br /><br /></span><span style="color: rgb(0, 0, 255);font-family:arial;font-size:130%;" >Partiu para a Argentina, após associar-se à Brasiliense e editar suas Obras Completas, com mais de dez mil páginas em trinta volumes das séries adulta e infantil. Regressa de Buenos Aires, em maio de 1947, para encontrar o país às voltas com situações conflituosas do governo Dutra.<br /><br />Indignado, escreveu "Zé Brasil". </span> <span style="color: rgb(0, 0, 255);font-family:arial;font-size:130%;" >Nele, o velho Jeca Tatu, preguiçoso incorrigível, que Lobato depois descobriu vítima da miséria, vira um trabalhador rural sem terra.<br /><br />Se antes o caipira lobatiano lutava contra doenças endêmicas, agora tinha no latifúndio e na distribuição injusta da propriedade rural seu pior inimigo.</span><span style="color: rgb(255, 102, 0);font-size:130%;" ><span style="font-family:arial;"> </span></span><span style="color: rgb(0, 0, 255);font-family:arial;font-size:130%;" >Os personagens prosseguiam na luta, mas seu criador já estava cansado de tantas batalhas.<br /><br />Monteiro Lobato sofreu dois espasmos cerebrais e, no dia 4 de julho de 1948, virou "gás inteligente" - o modo como costumava definir a morte. </span> <span style="color: rgb(0, 0, 255);font-family:arial;font-size:130%;" >Foi-se aos 66 anos de idade,</span><span style="color: rgb(255, 102, 0);font-size:130%;" ><span style="font-family:arial;"> </span></span><span style="color: rgb(0, 0, 255);font-family:arial;font-size:130%;" >Deixando uma imensa obra para crianças,</span><span style="color: rgb(255, 102, 0);font-size:130%;" ><span style="font-family:arial;"> </span></span><span style="color: rgb(0, 0, 255);font-family:arial;font-size:130%;" >Jovens e adultos,</span><span style="color: rgb(255, 102, 0);font-size:130%;" ><span style="font-family:arial;"> </span></span><span style="color: rgb(0, 0, 255);font-family:arial;font-size:130%;" >E o exemplo de quem passou </span> <span style="color: rgb(0, 0, 255);font-family:arial;font-size:130%;" >A existência sob a marca do inconformismo. </span><span style="color: rgb(255, 102, 0);font-size:130%;" > </span></div><span style="color: rgb(0, 0, 255);font-family:arial;font-size:130%;" ><br /><br /><br /><br />Pesquisa no site www.lobato.com.br<br /></span><p style="text-align: justify; color: rgb(255, 102, 0);font-family:arial;"><span style="font-size:130%;">O desenvolvimento de atividades relacionadas ao dia do escritor e ao dia do livro reside, sem dúvida, na importância das informações e no prazer que a leitura proporciona a todos. Relacionar essas duas datas é bastante adequado, uma vez que o livro não existe sem o escritor.</span></p><p style="text-align: justify; color: rgb(255, 102, 0);font-family:arial;"><span style="font-size:130%;">O Dia Nacional do Livro é comemorado em 29 de outubro. Essa data foi escolhida para a comemoração, considerando-se a data da fundação da Biblioteca Nacional (29/10/1810), por D. João VI. O grande acontecimento permitiu a popularização do livro, tornando mais fácil o acesso à leitura.</span></p><p style="text-align: justify; color: rgb(255, 102, 0);font-family:arial;"><span style="font-size:130%;">Além das datas já citadas, é fundamental lembrar que o dia 18 de abril foi escolhido para comemorar o Dia do Livro Infantil, por ser esse o dia do nascimento de Monteiro Lobato, um dos precursores da obra literária infantil no Brasil.</span><br /></p><div style="text-align: center;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgm8RWSWYKd52-a1Ro62OI6wb-ahCsluomEfg22ciCLbDozgYwUMQR-8_HKEI7zZcodufeRr8nwG9Y429rwLcDK2svzjphQW7Tl6tQUYHEen5JDb8TCcCZr4R1ViMItTUz410WUuqlFCN9E/s1600-h/21.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 281px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgm8RWSWYKd52-a1Ro62OI6wb-ahCsluomEfg22ciCLbDozgYwUMQR-8_HKEI7zZcodufeRr8nwG9Y429rwLcDK2svzjphQW7Tl6tQUYHEen5JDb8TCcCZr4R1ViMItTUz410WUuqlFCN9E/s320/21.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5326134684602794322" border="0" /></a><span style="font-weight: bold;"><br />NESSA DATA TÃO IMPORTANTE, NÃO DEVEMOS DIEXAR DE FAZER NOSSOS COMENTÁRIOS,</span><br /><span style="font-weight: bold;">O LIVRO É ALÉM DE VEICULO DO CONHECIMENTO É AMIGO, IRMÃO,PAI (CONSELHEIRO), ELEMENTO FUNDAMENTAL DO APRENDIZADO.</span><br /><br />Leia mais,ler também é ume exercício,BIBLIOAMIGOS incentivem a leitura;<br /></div>Formação em Informaçãohttp://www.blogger.com/profile/13926515787396088838noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3300327125555006458.post-54396981629772479422009-04-18T13:11:00.000-07:002009-04-18T13:27:41.755-07:00O Fim do Vestibular... THE END<div style="text-align: justify;" id="c"> <h3>Os equívocos por resolver</h3> </div><div> </div><div style="text-align: justify;" class="grupoC2"> <p class="fonte">João Batista Araujo e Oliveira</p> <p class="tmTexto" id="ctrl_texto"><br /><span style="color: rgb(21, 94, 145);" id="tm04" onclick="sizeFonts(14),selectedFonts('tm04'); return false"></span></p> <script>Componentes.montarControleTexto("ctrl_texto")</script> </div><div style="text-align: justify;"> </div><div id="corpoNoticia"><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;" class="ImagemMateria"> </div><div style="text-align: justify;"> A proposta para mudar o vestibular está na mesa. As discussões na imprensa revelam duas tendências. De um lado, os que sugerem abortar o debate, em nome da autonomia universitária. De outro, os que já celebram, por antecipação, o fim do vestibular, como se isso fosse possível.<br /><br />Há dois aspectos a considerar. O primeiro deles se refere à unificação do vestibular: o aluno prestará um único exame, num único local, e esse exame servirá para concorrer a vagas em qualquer universidade federal ou, quem sabe, pública. Seja de forma compulsória ou por consenso, esse é o modelo predominante em todos os países desenvolvidos. Apesar dos pruridos relativos ao conceito de autonomia universitária, não deverá haver dificuldades intransponíveis nessa área. A experiência do exame unificado dos mestrados em economia já abriu a picada. Se só isso vingar da proposta apresentada, esse avanço na dimensão da equidade já terá sido um grande passo. Isso também significará maior competitividade para entrar nas melhores escolas, o que contribui para a qualidade.<br /><br />O segundo aspecto é mais complexo: avaliar o impacto das mudanças no ensino médio. Ao contrário do que está explícito na maioria dos comentários surgidos - as propostas apresentadas em nada mudarão o ensino médio. Vejamos a razão. A proposta veiculada pelo Ministério da Educação (MEC) sugere quatro provas. Duas serão de Português e Matemática. Até aí, tudo bem. As outras duas provas são mais problemáticas, pois se baseiam no ambíguo Enem: uma prova de ciências naturais e outra de ciências humanas. Aqui mora o perigo. Se alguém ainda tiver dúvidas: se o Enem - que chegou até a substituir o vestibular em algumas escolas - não mudou o ensino médio, por que as duas novas provas, que nele se baseiam, mudariam algo?<br /><br />O Enem repousa na ideia de que conteúdos não são relevantes. Relevante seriam "competências gerais" para resolver problemas. Nada de novo, trata-se de uma ideia velha e equivocada. Até o século 18, acreditava-se que quem sabia latim e grego estava preparado para o resto. No século 19, a crença era a de que aprender xadrez desenvolvia a inteligência. E no século 21 ainda há quem acredite nessas tais habilidades gerais de resolução de problemas, independentemente do conhecimento profundo das disciplinas. Em caso de dúvida, o leitor poderá consultar qualquer manual elementar de psicologia cognitiva ou de psicometria.<br /><br />As pesquisas recentes da neurociência aplicada ao estudo da aprendizagem mostram que os especialistas - ao contrário dos aprendizes - são capazes de adquirir e articular novos conhecimentos com base em extensas redes de informações montadas ao longo de anos de estudo e da lida com um determinado conjunto de conhecimentos. Prova disso é que, em todos os países desenvolvidos, o fim do ensino médio e a entrada nas universidades se dá com base em exames voltados para disciplinas. A única exceção ocorre nos Estados Unidos. Mas, mesmo lá, onde se usa o SAT - um teste de competências linguísticas fortemente relacionado com o Q.I. -, este exame evoluiu e passou a oferecer, desde 2005, testes para avaliar competências nas disciplinas específicas. Nenhum país da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) usa aferições do tipo do Enem para avaliar competências no ensino médio nem para regular a entrada no ensino superior. Em matéria de educação, mais uma vez, estamos na contramão da história.<br /><br />Para quem não gosta de discussões conceituais e teóricas, há outra forma mais fácil e objetiva de avaliar se a proposta do MEC provocará alteração no ensino médio. Basta pesquisar o que pensam e como agem os representantes de boas escolas e os bons professores de ensino médio, que preparam alunos para vestibulares competitivos. Eles irão confirmar que nada mudará, da mesma forma que o Enem nada mudou. A razão é simples: para solucionar problemas é preciso conhecer a disciplina na qual vamos resolver as questões.<br /><br />O Brasil teria muito a ganhar se, em vez de plantar mais jabuticabeiras, copiasse e adaptasse o que há de melhor na experiência internacional. Há lições particularmente importantes a extrair dessa experiência.<br /><br />Devemos manter o exame com foco em disciplinas, e não em conceitos etéreos como os do Enem. Para avaliar competências intelectuais correlacionadas com desempenho acadêmico, melhor seria aplicar o SAT - como faz o Chile. Para avaliar competências mais amplas, inclusive a capacidade de usar conhecimento científico de forma interdisciplinar, teríamos muito a aprender com os programas de ensino médio da Inglaterra.<br /><br />Outra lição consiste em limitar o número de disciplinas obrigatórias para cada aluno - tipicamente se requer no máximo de 3 a 4 exames. O máximo são 7 exames (como no International Baccalauréat), mas, nestes casos, os alunos escolhem três disciplinas principais. Nas outras fazem o teste mais fácil. Esses são os critérios adotados pelos países mais avançados, e que alimentam as melhores universidades do mundo. E nesses países, com raras exceções, o aluno cursa entre 5 e 7 disciplinas no ensino médio.<br /><br />Usar este tipo de normas tornaria o ensino médio acadêmico mais desafiante, estimulante e relevante para os alunos. As escolas poderiam oferecer várias disciplinas, mas os estudantes só teriam de cursar algumas delas, o que permitiria ter foco e profundidade. É fato que tais decisões só se aplicariam ao ensino médio acadêmico, voltado para o vestibular. E, principalmente, não resolveriam todas as questões do ensino médio, que ainda está à espera de reformas mais profundas. Mas já seria um passo muito importante.<br /><br /><b>João Batista Araujo e Oliveira é presidente do Instituto Alfa e Beto</b><br /><br /><b></b><h4 class="tituloPost"> <a set="yes" linkindex="248" href="http://oglobo.globo.com/blogs/educacao/posts/2009/04/15/mec-comeca-pre-testar-novo-enem-177645.asp">MEC começa a pré-testar novo Enem</a> </h4> <p>O Ministério da Educação (MEC) deu início à preparação das provas do novo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que deverá substituir o vestibular em universidades federais. Até junho, terá início o chamado pré-teste de 1.500 questões, com a participação de estudantes da rede pública e privada de ensino médio e superior.<br /><br />O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) quer aplicar provas diferentes para reduzir o risco de fraudes. O pré-teste, que já é realizado em outras avaliações como a Prova Brasil, serve justamente para medir a complexidade das questões e permitir a comparação de testes distintos.<br /><br />— Provas diferentes aumentam a segurança — disse ontem o presidente do Inep, Reynaldo Fernandes.<br /><br />O instituto já dispõe de um banco de dados com 3.500 questões para aplicação imediata. São perguntas formuladas para o atual Enem e o Enceja (exame para quem fez supletivos), entre outros exames. Elas poderão ser aproveitadas, mas o novo Enem exigirá perguntas mais difíceis.<br /><br />O ministro Fernando Haddad anunciou a intenção de realizar o novo Enem em 3 e 4 de outubro. Ele evita, contudo, bater o martelo porque ainda negocia a adesão das universidades federais. Na sexta-feira, Haddad terá novo encontro com reitores.<br /><br />— É uma atividade rotineira. Nós precisamos do banco (de questões), independentemente disso (a adesão das universidades) — minimizou o ministro.<br /><br />Segundo Reynaldo Fernandes, o pré-teste será feito com alunos do 2.º ano do ensino médio e calouros em universidades.<br /><br /><em>(Matéria publicada hoje no jornal "O Globo")</em></p> <div class="corpoPost"> <div class="permalink"> </div><a set="yes" linkindex="255" href="http://oglobo.globo.com/blogs/educacao/posts/2009/04/14/universitario-custa-6-vezes-mais-que-aluno-da-rede-basica-177344.asp">Universitário custa 6 vezes mais que aluno da rede básica</a><h4 class="tituloPost"> </h4> <p>O MEC divulgou hoje novos números sobre investimento público em educação no Brasil.<br /><br />Em 2007, ano mais recente com dados disponíveis, o Brasil gastou 4,6% do PIB com ensino em todos os níveis.<br /><br />Isso representa um acréscimo de 0,2 ponto percentual em relação a 2006, quando a educação ficou com 4,4% do PIB.<br /><br />No mundo desenvolvido, o patamar é de 5%. Mas o Brasil precisa mais, disse o ministro Fernando Haddad. Pelo menos 6% do PIB.<br /><br />Afinal, aqui a dívida é grande: baixa qualidade do ensino, alunos defasados, professores despreparados.<br /><br />O cálculo considera os investimentos das prefeituras, dos governos estaduais e da União.<br /><br />Um universitário custa 6,1 vezes mais do que um aluno da escola básica.<br /><br />Em 2006, a diferença era maior: 6,7 vezes. Em 2000, maior ainda: 11,1.<br /><br />Em valores absolutos, um universitário custava aos cofres públicos R$ 12.322, ante R$ 2.005 na rede básica.<br /><br />No ensino médio, a despesa por aluno ficava em R$ 1.572 ao ano - ou R$ 131 por mês.<br /><br />Pergunto: qual escola de ensino médio do país cobra R$ 131 de mensalidade?<br /><br />E depois tem gente que diz que o país já gasta o bastante com educação.<br /><br />Ao anunciar os dados, o ministro Fernando Haddad disse que a desproporção entre gastos no ensino superior e básico ainda precisa diminuir, mas já está próxima do padrão dos países desenvolvidos, onde gira em torno de 5,7 vezes pró-universitários.<br /><br />- Estamos nos aproximando do padrão de financiamento do mundo desenvolvido - declarou Haddad.<br /><br />Por ora, só o padrão de financiamento mesmo. Porque a diferença de gasto por aluno continua enorme. E o aprendizado, então, nem se fala.<br /><br />Se o Plano de Desenvolvimento da Educação der certo, os alunos de 4.ª série do ensino fundamental atingirão em 2021 o nível que seus colegas do mundo desenvolvimento alcançaram em 2003. </p><div class="separador"><hr /></div> </div> <div class="corpoPost"> <a name="176662"></a> <h4 class="tituloPost"> <a set="yes" linkindex="262" href="http://oglobo.globo.com/blogs/educacao/posts/2009/04/13/passo-passo-da-proposta-de-vestibular-unificado-do-mec-176662.asp">Passo-a-passo da proposta de vestibular unificado do MEC</a> </h4> <p>A proposta do MEC para o novo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem):</p><p>- Data: <strong>3 e 4 de outubro</strong> (sábado e domingo).<br /><br />- Como será o exame: redação e quatro provas de múltipla escolha, com 50 questões cada: linguagens (língua portuguesa e estrangeira); matemática; ciências naturais; e ciências humanas.<br /><br />- Divulgação de resultados: 4 de dezembro de 2009 (4 provas objetivas) e 8 de janeiro de 2010 (redação e nota final).<br /><br />- O novo Enem, assim como o atual, poderá ser feito por estudantes do ensino médio e por quem já concluiu esse nível de ensino em anos anteriores.<br /><br />As instituições de ensino poderão adotar o novo Enem de duas formas:<br /><br /><strong>1) Uso da nota: não requer adesão das instituições</strong><br /><br />- Os resultados individuais no Enem contarão pontos no vestibular de cada instituição, podendo até mesmo substituí-lo, conforme regras no edital de cada universidade.<br /><br />- Os candidatos deverão inscrever-se no novo Enem pela internet, como já ocorre atualmente, e nos vestibulares que desejar fazer.<br /><br /><strong>2) Sistema de Seleção Unificada: requer adesão das instituições</strong><br /><br />- O novo Enem substituirá o vestibular, como fase única, para ingresso em todas as instituições que aderirem.<br /><br />- Instituições que quiserem usar o novo Enem somente como primeira fase do vestibular não poderão aderir. Só serão permitidos, como segunda fase, exames específicos de aptidão, como em cursos de música e arquitetura.<br /><br />- Instituições que desejarem realizar simultaneamente outras formas de seleção, como programas seriados em que os alunos fazem prova nos três anos do ensino médio, poderão reservar um percentual de vagas para o sistema alternativo e destinar o restante à seleção pelo novo Enem.<br /><br />- Os candidados deverão inscrever-se no novo Enem pela internet.<br /><br />- Após a divulgação dos resultados do novo Enem, os candidatos terão que se inscrever no Sistema de Seleção Unificada, também pela internet. Será necessário informar o CPF.<br /><br />- Os candidatos farão cinco opções de curso (podem ser cinco cursos da mesma instituição ou um de cada universidade) e indicarão se desejam concorrer por sistema de ação afirmativa (cota, bônus), no caso de universidades que ofereçam essa possibilidade.<br /><br />- Pela internet, o candidato poderá acompanhar o número de inscritos por curso, assim como a nota de todos. Desse modo, saberá qual a nota de corte para ingresso no respectivo curso.<br /><br />- Ao constatar que não tem nota suficiente para ficar com a vaga, o candidato poderá inscrever-se em outro curso - da mesma ou de outra instituição. As trocas serão livres até o encerramento do período de inscrições, que deve durar cerca de duas semanas.<br /><br />- Em caso de empate, ficará com a vaga: quem tiver nota mais alta na prova de linguagens, na de matemática e for mais velho.<br /><br />- O sistema gerará uma lista de aprovados. Candidatos reprovados para ingresso no curso da primeira opção ficarão com a vaga da segunda opção, caso tenham nota para isso. Da mesma forma, candidatos reprovados para os cursos da primeira e segunda opção, ficarão com a vaga da terceira opção, desde que tenham nota para isso. E assim sucessivamente até a quinta opção.<br /><br />- Os candidatos deverão matricular-se diretamente nas universidades.<br /><br />- As vagas que sobrarem serão preenchidas em segunda chamada.<br /><br /><em>Fonte: Ministério da Educação.<br /></em></p> <div class="separador"><hr /><a name="176657"></a> </div> </div><h4 class="tituloPost"> <a set="yes" linkindex="269" href="http://oglobo.globo.com/blogs/educacao/posts/2009/04/12/integra-da-entrevista-com-ministro-fernando-haddad-176657.asp">Íntegra da entrevista com o ministro Fernando Haddad</a> </h4> <p>Após sacudir o país com a proposta de substituir os vestibulares das universidades federais por um novo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o ministro Fernando Haddad corre para concretizar a ideia este ano.</p><p>A ideia é aplicar a prova nos dias 3 e 4 de outubro, mas o alcance da medida dependerá do grau de adesão das instituições. Nas últimas semanas, Haddad reuniu-se diversas vezes com reitores, o que voltará a fazer nos próximos dias. Para ele, o vestibular é uma "anomalia brasileira" e o novo Enem ajudará a melhorar o currículo do ensino médio.</p><p>Lembrado no PT para disputar as eleições de 2010 — fala-se até no governo de São Paulo —, o ministro desconversa: "Não acho que nada em educação sirva de slogan para campanha, porque são processos muito lentos."</p><p>A seguir, a íntegra da entrevista concedida por Haddad a mim e ao jornalista <strong>Francisco Leali</strong>, coordenador da editoria de Nacional na sucursal do GLOBO em Brasília, na última sexta-feira:</p><p><strong>GLOBO: O novo Enem vai ser aplicado este ano?<br />FERNANDO HADDAD: </strong>O ministério está se preparando para aplicar o Enem nos dias 3 e 4 de outubro, já no novo formato. Estamos fazendo neste momento uma discussão com as universidades federais, não apenas do ponto de vista do formato do Enem, mas do seu cronograma de implantação. A decisão definitiva depende um pouco da reação dos reitores a esse segundo documento, que foi encaminhado esta semana, que estabelece normas operacionais de adesão e de utilização do Enem. Mas quero crer que a reação das instituições, até aqui, é favorável à mudança.</p><p><strong>— Dá tempo de aplicar o novo Enem este ano e já adotar o novo sistema de seleção unificada?<br />HADDAD:</strong> O novo Enem, este ano, dá tempo. Já temos um banco de itens que, com pequenos ajustes, pode servir de base para a elaboração da prova nos novos moldes. Como não foi feita a licitação ainda para a aplicação, bastaria um pequeno ajuste no edital, um reforço no orçamento, para que a prova fosse aplicada nos novos moldes.</p><p><strong>— Quando o sr. lançou a proposta, disse que um dos grandes benefícios seria garantir mobilidade: um estudante do Acre poder estudar no Rio. Mas a estrutura das federais para receber alunos de fora é bastante sucateada. O MEC tem dinheiro para bancar a mobilidade?<br />HADDAD:</strong> Nós recriamos a rubrica de assistência estudantil, que havia dez anos não existia mais. A rubrica de assistência estudantil foi recuperada, era uma das principais reivindicações da UNE. Este ano, conta com R$ 200 milhões no orçamento. E nós temos plena consciência de que esse novo formato de seleção exigirá, talvez, até dobrar a verba de assistência.</p><p><strong>— Essa despesa não foi afetada pelos cortes orçamentários?<br />HADDAD:</strong> Nem as que foram afetadas pelos cortes vão permanecer como estão. Há uma emenda ao orçamento que permite a recomposição das rubricas do MEC. Estamos inclusive com o aval do presidente para que a execução do Plano de Desenvolvimento da Educação siga o regime do PAC. </p><p><strong>— Como fica o estudante que se preparou para fazer vestibular e agora vai ter um Enem pela frente?<br />HADDAD:</strong> O que eu posso garantir é que o aluno que se preparou bem para o Enem, para o vestibular ou para os dois terá um excelente desempenho no novo formato. Não haverá nenhum tipo de prejuízo, isso é líquido e certo. Há inúmeros estudos que mostram que o desempenho dos estudantes é basicamente o mesmo em qualquer prova. A correlação de desempenho no Enem, no Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica) e no vestibular chega a 0,8, 0,9, próxima a 1. É muito forte. O grande mérito dessa proposta é facilitar a vida do estudante e auxiliar a reorganizar o ensino médio.</p><p><strong>— O que vai acontecer com os cursinhos pré-vestibulares?<br />HADDAD:</strong> Hoje há muitos tipos de cursinhos pré-vestibulares. Já há cursinhos voltados para o atual Enem. Da mesma maneira que se criaram essas entidades voltadas para o Enem, o novo Enem ensejará esse tipo de movimento. Agora, quero crer que haverá um enfraquecimento desse tipo de proposta. O mundo não trabalha com o conceito de cursinho pré-vestibular. É uma anomalia brasileira em virtude de nós não termos alterado a tempo o formato atual de vestibular. Ele é próprio dessa anomalia. Com o novo formato, eu penso que alguns vão se adequar e haverá espaço ainda para isso, mas eu penso que o ensino médio é que será o grande beneficiado desse processo, porque vai poder se reestruturar de uma maneira muito mais adequada.</p><p><strong>— Tem reitor com medo de que estudantes das capitais peguem as vagas do interior. Isso pode acontecer?<br />HADDAD:</strong> O número de alunos do Ceará que estuda no ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), por exemplo, já foi matéria de jornal várias vezes, como boa notícia. A experiência internacional saúda a mobilidade, porque todos ganham. Não creio que isso vá acontecer. Entendo que o principal beneficiário dessa medida é o aluno de baixa renda, que não tem condição de prestar mais de um vestibular, pagar taxa de inscrição e se deslocar pelo país. Porque os vestibulares não são feitos nacionalmente, como o Enem. Ainda assim, eu creio, pela experiência do ProUni, que a mobilidade não será muito grande, infelizmente. Nos Estados Unidos, em que as condições de mobilidade são ótimas, ela atingiu 20%. As condições de mobilidade lá são ótimas: todas as universidades têm condições de receber alunos que vêm de fora. Não só estão preparadas, como estimulam essa mobilidade, porque estão à espera dos melhores alunos do país e, algumas, do mundo. Aqui nós podemos esperar um número muito menor, a julgar pela experiência do ProUni. Mas ainda que eu considere legítima a preocupação de reitores, sobretudo de regiões que estão a exigir um plano de desenvolvimento local, há outras formas de atender a essa preocupação. Se verificarmos o PAS (Programa de Avaliação Seriada) da UnB (Universidade de Brasília), ele em geral contempla os alunos que podem se submeter a três exames durante o ensino médio, que são os alunos das escolas públicas (das privadas também) do Distrito Federal ou muito próximas.</p><p><strong>— Os educadores sempre satanizaram o vestibular como um péssimo instrumento para selecionar os alunos que realmente sabem. Agora, os reitores das federais e os dirigentes das particulares parecem ter gostado da sua proposta. Por que ela nunca veio antes?<br />HADDAD: </strong>São muitos fatores. Em primeiro lugar, o acúmulo de experiência do nosso instituto de pesquisas. O Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) mudou radicalmente. O Inep, só para citar um exemplo, este ano, independemente desta decisão, aplicará 10 milhões de exames no país: 5 milhões no âmbito da Prova Brasil; 3 milhões no Enem (número aplicado no ano passado); 1 milhão do Enceja (teste de certificação do ensino médio, na modalidade de jovens e adultos) e 1 milhão no Enade (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes). Não só do ponto de vista do banco de itens que precisou formar, mas sobretudo do ponto de vista da segurança logística desses produtos, O Inep é outro instituto. O Enem era aplicado a 300 mil alunos.</p><p><strong>— Quem teve a ideia do novo Enem?<br />HADDAD:</strong> A ideia vem sendo amadurecida ao longo dos últimos dois anos. Ela é óbvia, né? A partir do momento em que você tem os vestibulares tradicionais, o Enem, o Enade de ingressante e o Enceja, quatro provas voltadas praticamente para o mesmo pública, que é o concluinte do ensino médio, estava dada a solução de que essas provas poderiam ser combinadas numa única prova que servisse a muitos propósitos: de certificação de conclusão do ensino, de "baseline" para cálculo de valor agregado no ensino superior, de orientador da reestruturação curricular do ensino médio e de ingresso na educação superior.</p><p><strong>— O sr. ousa dizer que 2010 será o ano do enterro do vestibular?<br />HADDAD:</strong> Não posso prever o ritmo, até porque ele está me surpreendendo positivamente. Mas eu entendo que essa agenda veio para ficar. Se será 2010, 2009, eu não sei dizer hoje. Mas, pela reação positiva, pelo amadurecimento da proposta, pelo acúmulo desses anos, eu entendo que o Brasil vai dar finalmente um passo para o qual se preparou. Não estamos fazendo isso de maneira irresponsável. Uma proposta dessas quatro anos atrás talvez não fosse factível.</p><p><strong>— Para quem fala que o sr. está na lista dos candidatos nas eleições de 2010, o sr. diria que o slogan "o homem que acabou com o vestibular" pode ser usado na campanha?<br />GLOBO: </strong>Sinceramente, não acho que nada em educação sirva de slogan para campanha, porque são processos muito lentos, de uma geração. São resultados que se colhem com muita parcimônia, infelizmente. E em nenhum momento em pauto o meu dia por nenhuma consideração dessa ordem.<br /><br /><strong>— É uma marca que vem para ficar...<br />HADDAD:</strong> Penso que é mais uma das marcas do governo Lula. O governo Lula tem grandes realizações na área da educação. Eu poderia citar dezenas, algumas muito estruturantes. Basta pensar no Fundeb, na reforma do Sistema S, no Reuni, no ProUni, na Universidade Aberta, na expansão das escolas técnicas, nos institutos federais, no ensino fundamental de nove anos, na Prova Brasil, no Ideb. São marcas do governo Lula inseridas no âmbito de um plano que teve grande aceitação não apenas por governadores, prefeitos, reitores, mas a própria academia e a opinião pública.</p><p><strong>— O sr. convidou também o setor privado a aderir ao novo Enem. Qual foi a receptividade?<br />HADDAD:</strong> Não foi propriamente um convite. Foi quase uma satisfação, em virtude do fato de que algumas instituições de ensino superior sérias investem muito na formação do aluno durante o primeiro ano e se viam prejudicadas pelo fato de o Enade ser aplicado somente ao final do primeiro ano. Com este novo formato do Enem, vai ser possível medir todo o valor agregado durante a formação na graduação e não apenas do final do primeiro até o último ano. Essa proposta vem ao encontro de uma das críticas legítimas que era feita ao conceito de valor agregado. Eu entendo que o novo Enem vai ser muito bem assimilado pelas particulares em virtude desse aspecto específico, porque elas, em geral, estão muito preocupadas com a sua própria avaliação, que será beneficiada por esse procedimento.</p><h4 class="tituloPost"> <a set="yes" linkindex="332" href="http://oglobo.globo.com/blogs/educacao/posts/2009/04/01/integra-da-nota-do-mec-sobre-novo-vestibular-173930.asp">Íntegra da nota do MEC sobre o novo vestibular</a> </h4> <p>Segue a íntegra da nota técnica enviada pelo MEC aos reitores das universidades federais com a proposta de substituição do vestibular.</p><p>O texto é assinado pelo presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Reynaldo Fernandes.</p><em>"Proposta: unificação dos processos seletivos das Instituições Federais de Ensino Superior a partir da reestruturação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem)<br /><br />1. A razão da proposta: cenário atual<br /><br />Os exames de seleção para ingresso no ensino superior no Brasil (os vestibulares) são um instrumento de estabelecimento de mérito, para definição daqueles que terão direito a um recurso não disponível para todos (uma vaga específica em determinado curso superior). O reconhecimento, por parte da sociedade, de que os vestibulares são necessários, honestos, justos, imparciais e que diferenciam estudantes que apresentam conhecimentos, saberes, competências e habilidades consideradas importantes é a fonte de sua legitimidade.<br /><br />Parte-se aqui, portanto, do reconhecimento da necessidade, importância e legitimidade do vestibular. O que se quer discutir são os potenciais ganhos de um processo unificado de seleção, e a possibilidade concreta de que essa nova prova única acene para a reestruturação de currículos no ensino médio.<br /><br />Ainda que o vestibular tradicional cumpra satisfatoriamente o papel de selecionar os melhores candidatos para cada um dos cursos, dentre os inscritos, ele traz implícitos inconvenientes. Um deles é a descentralização dos processos seletivos, que, por um lado, limita o pleito e favorece candidatos com maior poder aquisitivo, capazes de diversificar suas opções na disputa por uma das vagas oferecidas. Por outro lado, restringe a capacidade de recrutamento pelas IFES, desfavorecendo aquelas localizadas em centros menores.<br /><br />Outra característica do vestibular tradicional, ainda que involuntária, é a maneira como ele acaba por orientar o currículo do ensino médio.<br /><br />A alternativa à descentralização dos processos seria, então, a unificação da seleção às vagas das IFES por meio de uma única prova. A racionalização da disputa por essas vagas, de forma a democratizar a participação nos processos de seleção para vagas em diferentes regiões do país, é uma responsabilidade social tanto do Ministério da Educação quanto das instituições de ensino superior, em especial as IFES. Da mesma forma, a influência dos vestibulares tradicionais nos conteúdos ministrados no ensino médio também deve ser objeto de reflexão.<br /><br />1.1 Democratização das oportunidades de concorrência às vagas federais de ensino superior<br /><br />Exames descentralizados favorecem aqueles estudantes com mais condições de se deslocar pelo país, a fim de diversificar as oportunidades de acesso às vagas em instituições federais nas diferentes regiões. A centralização do processo seletivo nas IFES pode torná-lo mais isonômico em relação ao mérito dos participantes.<br /><br />Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2007 (Pnad/IBGE) mostram que, de todos os estudantes matriculados no primeiro ano do ensino superior, apenas 0,04% residem no estado onde estudam há menos de um ano. Isso significa que é muito baixa a mobilidade entre estudantes nas diferentes unidades da Federação. Ainda que o Brasil seja um país com altas taxas de migração interna, isso não se verifica na educação superior.<br /><br />Para efeito de comparação, nos Estados Unidos aproximadamente 20% dos estudantes cruzam as fronteiras estaduais para ingressar nas instituições de sua escolha. As estatísticas do National Center for Education Statistics apontam que, em 1998, 19,2% dos estudantes ingressaram em colleges ou universidades americanas fora de seu estado de origem.<br /><br />Reestruturar o Enem para utilizá-lo como prova unificada evidencia o papel que o exame já cumpre. Afinal, ao longo de onze edições, a procura pelo Enem subiu de 150 mil para mais de 4 milhões de inscritos, sendo que mais de 70% dos participantes afirmam que fazem a prova com o objetivo maior de chegar à faculdade.<br /><br />1.2 Novo Enem como instrumento de indução da reestruturação dos currículos do ensino médio<br /><br />A nova prova do Enem traria a possibilidade concreta do estabelecimento de uma relação positiva entre o ensino médio e o ensino superior, por meio de um debate focado nas diretrizes da prova. Nesse contexto, a proposta do Ministério da Educação é um chamamento. Um chamamento às IFES para que assumam necessário papel, como entidades autônomas, de protagonistas no processo de repensar o ensino médio, discutindo a relação entre conteúdos exigidos para ingresso na educação superior e habilidades que seriam fundamentais, tanto para o desempenho acadêmico futuro, quanto para a formação humana.<br /><br />Um exame nacional unificado, desenvolvido com base numa concepção de prova focada em habilidades e conteúdos mais relevantes, passaria a ser importante instrumento de política educacional, na medida em que sinalizaria concretamente para o ensino médio orientações curriculares expressas de modo claro, intencional e articulado para cada área de conhecimento.<br /><br /><br />2. Requisitos da proposta<br /><br />A proposta é que o Exame Nacional do Ensino Médio – Enem seja utilizado pelas instituições de ensino superior para subsidiar seus processos seletivos. No intuito de viabilizar a utilização de seus resultados para tal finalidade, o Inep/MEC propõe uma reestruturação metodológica do exame, que seria aplicado no mês de outubro e cujos resultados consolidados seriam entregues no início do mês de janeiro.<br /><br />A nova prova seria estruturada a partir de uma matriz de habilidades e um conjunto de conteúdos associados a elas. A proposta inicial para a matriz de habilidades seria similar às diretrizes que hoje compõem o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos, o Encceja. Assim, o novo exame seria composto por quatro testes, um por cada área do conhecimento, a saber: (i) Linguagens, Códigos e suas Tecnologias (incluindo redação); (ii) Ciências Humanas e suas Tecnologias; (iii) Ciências da Natureza e suas Tecnologias; e (iv) Matemática e suas Tecnologias. Esta estrutura aproximaria o exame das Diretrizes Curriculares Nacionais e dos currículos praticados nas escolas, mas sem abandonar o modelo de avaliação centrado nas competências e habilidades. Em relação ao conjunto de conteúdos, este seria construído em parceria com a comunidade acadêmica, neste caso específico, as IFES.<br /><br />Cada um dos quatro testes seria composto por aproximadamente 50 itens de múltipla escolha, totalizando 200. Metade deles seria administrada em um primeiro dia de aplicação e a outra metade em um segundo, além de uma redação. Essa configuração permitiria ao Enem ter boa precisão na aferição das proficiências.<br /><br />Um cuidado especial deverá ser tomado quanto à complexidade dos itens que comporão os testes. Tendo por base a finalidade de seleção que o Enem assumirá e uma expectativa de candidatos extremamente preparados, é fundamental que o delineamento dos testes comporte um número razoável de itens de alta complexidade, capaz de discriminar alunos de altíssima proficiência daqueles de alta proficiência. Isso significa que os testes devem ser muito informativos também para a faixa superior da escala.<br /><br />O cuidado especial com a elaboração de itens e a composição dos testes remete a um planejamento estruturado: (i) itens pautados pela matriz de habilidades e conjunto de conteúdos a elas associados; (ii) itens elaborados e revisados a partir de critérios técnicos e pedagógicos estabelecidos com base empírica e na literatura; e (iii) itens pré-testados, identificando parâmetros estatísticos de discriminação, de dificuldade e de probabilidade de acerto ao acaso.<br /><br />Quanto à escala, será utilizada a Teoria de Resposta ao Item, sob o modelo logístico de três parâmetros, que permite a comparação de resultados entre diversos ciclos de avaliação. Propõe-se a construção de quatro escalas distintas, uma para cada área do conhecimento. Cada escala será capaz de ordenar os estudantes conforme seu nível de proficiência, sendo possível às IFES estabelecer distintas ponderações ou pontos de corte para seleção de seus candidatos.<br /><br />Espera-se, assim, que a reestruturação do Enem atenda plenamente à demanda das IFES por um instrumento de alto poder preditivo de desempenho futuro, capaz de diferenciar estudantes em diferentes níveis de proficiência.<br /><br />O Inep domina a tecnologia de desenvolvimento de testes pela metodologia da TRI, que se caracteriza por medir habilidades de cada indivíduo e pela utilização de itens de prova com diferentes níveis de dificuldade, que permitem identificar o nível de habilidade do alunos a partir do conjunto de itens que ele acerta.<br /><br />O Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica – Saeb / Prova Brasil, conduzido pelo Inep, já é desenvolvido a partir da metodologia da Teoria de Resposta ao Item – TRI há mais de dez anos. Na aplicação da prova para o ensino médio, ainda que hoje o Saeb foque as disciplinas de língua portuguesa e matemática, em 1997 a prova já avaliou conteúdos de física, química, biologia, história e geografia. Portanto, a tecnologia em avaliação permite que se construa exame que atenda à demanda das IFES, e o Inep possui absoluto know how para conduzir com sucesso esse processo.<br /><br />Aliar a capacidade técnica do Inep, no que diz respeito à tecnologia educacional para desenvolvimento de exames, à excelência acadêmico-científica das IFES, é de suma importância nesse momento. Trata-se não apenas de agregar funcionalidade a um exame que já se consolidou no País, mas da oportunidade histórica para exercer um protagonismo na busca pela re-significação do ensino médio.<br /><br />Reynaldo Fernandes<br />Presidente Inep/MEC"</em><br /><br /><span style="font-weight: bold;">E você é a favor ou contra?</span><br /><b><br /><br /><br /><br /></b></div> </div>Formação em Informaçãohttp://www.blogger.com/profile/13926515787396088838noreply@blogger.com0