domingo, 3 de maio de 2009

Livro falado, uma questão de cidadania

Olá biblioamigos, falando em oralidade e defendendo-a como tecnologia sempre atual e um fator fundamental da comunicação, vemos que Pierry Levi foi muito feliz quando afirmou que o tempo da escrita e o tempo virtual vieram aprimorar e não substituí-la (a oralidade) conseguimos relacioná-la perfeitamente com a novidade abaixo:

Fonte:Prêmio Vivaleitura 2007

Fotos: Daniela Dacorso, Denis Ferreira Neto e Futura Press


A produção de livros falados envolveu 46 alunos da Escola Palmares e um conjunto de ações

Quando Vanessa Ribeiro, professora de Língua Portuguesa contou a seus alunos da 7ª série do Ensino Fundamental, da escola privada Palmares, de Curitiba, que colaborava para aumentar o acervo de livros falados da Biblioteca Pública do Paraná, logo eles se interessaram em conhecer a experiência. Foram levados à seção de audiolivros da biblioteca, criada para pessoas portadoras de eficiências visuais. Ficaram impressionados com a diferença entre as gravações feitas com voz humana e aquelas produzidas com vozes sintetizadas. Os livros digitalizados, ao contrário dos gravados com voz humana, lhes pareceram frios e distantes, sem expressar nenhuma emoção. Conheceram, assim, os aspectos técnicos que limitam a produção de livros falados e a falta de voluntários para essa tarefa. Ao perceberem a oportunidade de contribuir para o aumento desse acervo, o entusiasmo foi geral.



Adequadamente preparados, os alunos participam da gravação - na foto, Camila da 7.ª série

O projeto Livro falado, iniciado em 2006, teve a participação de 46 alunos na sua segunda edição e contabiliza muitos ganhos. Do ponto de vista da aprendizagem específica da disciplina, os alunos desenvolveram a oralidade, treinaram o ritmo de leitura, a entonação e as pausas relativas à pontuação e aos parágrafos. Foram incentivados também a ler mais e melhor, além de aprender a pesquisar e selecionar textos com a finalidade de atender a um público específico. A biblioteca pública, por sua vez, aumentou o acervo de livros falados, em especial de literatura infanto-juvenil, que representava sua maior carência.



Usuário portador de deficiência visual, confere o resultado do trabalho

Assim, todos saíram ganhando. Foram feitas gravações de livros interessantes, com leituras de qualidade. Os alunos da professora Vanessa lêem cada vez mais e os usuários da Biblioteca Municipal de Curitiba passaram a ter mais opções de livros falados.

E em Juazeiro do Norte, por que não?

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